TRABALHADORES NA CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU (1974-1985): A FRONTEIRA ENTRE O TRABALHO E OS MECANISMOS SIMBÓLICOS DE CONTROLE

Autores

  • Valdir Sessi UNIOESTE

DOI:

https://doi.org/10.47820/recima21.v2i3.145

Palavras-chave:

Itaipu, Baixa produção, Redução de quadros

Resumo

Este estudo analisou dois mecanismos simbólicos de controle exercido sobre os trabalhadores no decorrer da edificação da hidrelétrica de Itaipu na primeira fase da construção (1974-1985). Nesse sentido, a pesquisa centrou as análises nos fenômenos da “baixa produção” e da “redução de quadros” como elementos importantes e elo dos trabalhadores com as mais diversas empresas. Nesses procedimentos administrativos pelo lado das empreiteiras estava, essencialmente, o medo das demissões, numa relação contraditória levando em conta as vantagens oferecidas aos trabalhadores. Este era o controle simbólico que regulava as possíveis resistência dos operários contra os efeitos traumáticos das jornadas de trabalho. Para se chegar aos resultados desse estudo, foram feitas aproximações entre os aspectos do poder simbólico e os excessos de regras que orbitavam o campo das obras, os quais geravam os medos das demissões. Foram também analisadas as fontes produzidas pelos próprios órgãos de repressão da estatal, o jornal corporativo dos empreiteiros, bem como pelas narrativas de grupos de trabalhadores que participaram da construção dentro do recorte temporal proposto por este estudo. Foram observados que muitos operários se mantinham passivos diante do assédio moral comum que recebiam nas turmas de trabalho, pois sabiam dos argumentos que poderiam ser utilizados para demiti-los, dentre estes, a baixa produção, entendida como a falta de vontade em realizar uma tarefa repassada pelos feitores de turmas.

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Publicado

29/04/2021

Como Citar

Sessi, V. (2021). TRABALHADORES NA CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU (1974-1985): A FRONTEIRA ENTRE O TRABALHO E OS MECANISMOS SIMBÓLICOS DE CONTROLE. RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218, 2(3), 96–104. https://doi.org/10.47820/recima21.v2i3.145