TOMADA DE DECISÃO FINANCEIRA DO POLICIAL MILITAR: UMA ANÁLISE NEUROCOMPORTAMENTAL
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v6i7.6659Palavras-chave:
Neurociência. Dopamina. Neuroeconomia. Endividamento. Segurança Pública.Resumo
Este artigo explora a tomada de decisão sob a ótica da neurociência, economia e comportamento humano. Decisões impulsivas ativam áreas cerebrais primitivas ligadas à recompensa imediata, enquanto decisões ponderadas envolvem o córtex pré-frontal, responsável pelo raciocínio e planejamento. O sistema de recompensa cerebral, mediado pela dopamina e vias mesocorticolímbicas, influencia fortemente a repetição de comportamentos motivados por estímulos prazerosos. Coadunando com a neurociência, a economia comportamental destaca a influência de dois sistemas de pensamento: o Sistema 1, rápido e emocional, e o Sistema 2, lento e analítico. O estresse e a fadiga favorecem o Sistema 1, gerando decisões impulsivas que aumentam o risco de endividamento. No Brasil, de acordo com a Serasa Experian (2025), mais de 77 milhões de pessoas estão endividadas, com servidores públicos e militares apresentando índices preocupantes, o que compromete seu desempenho profissional e saúde mental. Atividades estressantes, como o da segurança pública, elevam transtornos como ansiedade e depressão, impactando a capacidade decisória e levando a comportamentos financeiros prejudiciais. Diante disso, a neurociência evidencia a interligação entre emoções, hormônios e ambiente na decisão financeira. Programas institucionais de educação financeira baseados em neurocomportamento são essenciais para fortalecer o autocontrole, melhorar o planejamento e promover estabilidade emocional, contribuindo para a qualidade de vida e eficácia profissional dos policiais militares.
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