ANÁLISE CROMATOGRÁFICA DO ÓLEO ESSENCIAL EXTRAÍDO DA CANELA COMERCIAL

Resumo

A canela é um produto bastante versátil. Pode ser usada na culinária como tempero e ou na área medicinal devido às suas propriedades antimicrobianas e antifúngicas, conferidas pelo seu composto ativo, o cinamaldeído. O óleo essencial da canela reflete as mesmas propriedades organolépticas e medicinais da planta. O presente trabalho aborda a análise por cromatografia em camada delgada (CCD) do óleo essencial extraído da canela comercial. Para o procedimento, foram utilizadas as canelas em pau e em pó. O método escolhido para extração foi a destilação por arraste à vapor, seguida de uma extração líquido-líquido. Na cromatografia em camada delgada, foram utilizadas placas de alumina como fase estacionária e três solventes de polaridades distintas como fases móveis: hexano, clorofórmio e etanol. A distância percorrida pela amostra foi maior com o etanol, seguido do clorofórmio. Com o hexano, o óleo essencial não saiu do ponto de aplicação. Isso se deve ao composto majoritário da canela comercial, cinamaldeído, que possui uma parte polar e, por isso, interage mais fortemente com solventes polares, clorofórmio e etanol. Quando utilizado um solvente pouco polar como o hexano, as interações são muito fracas, pois ocorrem por meio de ligações dipolo permanente-dipolo induzido. Por isso, a amostra permanece adsorvida na fase estacionária, que é polar. Dessa forma, é possível perceber que o óleo essencial da canela comercial apresenta polaridade expressiva, o que se deve ao cinamaldeído, que reflete as suas características químicas no óleo.