DINÂMICA ESPACIAL E TEMPORAL DA COBERTURA DO SOLO NA MICROBACIA E ZONA RIPÁRIA DO RIO MUTUM, AMAZÔNIA OCIDENTAL, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i1.2606Palavras-chave:
Geotecnologias, Análise da paisagem, Impacto antrópico, Planejamento e gestão ambientalResumo
A cobertura do solo influencia a qualidade e a disponibilidade de recursos hídricos da microbacia, afetando de maneira significativa o desenvolvimento sustentável dos estabelecimentos agropecuários nela inseridos. Assim, objetivou-se com o presente trabalho disponibilizar informações sobre a dinâmica da cobertura do solo na microbacia e zona ripária do rio Mutum, com o intuito de auxiliar no planejamento e gestão ambiental da região. A análise da dinâmica da cobertura do solo foi realizada no período de 1984 a 2022, por meio de imagens de satélites. Em 1984, a microbacia (área de 8,64 km2) apresentava 60,19% de sua área coberta com floresta nativa e 39,81% de agropecuária. No período de 1984 a 2022, ocorreu o crescimento constante da área de agropecuária e a redução da área de floresta nativa, de modo que no último ano suas respectivas áreas abrangiam 93,87% e 5,9% da área total da microbacia. Na zona ripária (área de 1,13 km2) havia o predomínio da área de floresta nativa (67,26% da área total) sobre a área de agropecuária (32,74% da área total) no ano de 1984. Já no ano de 2022, a área de agropecuária predominou na zona ripária, chegando a ocupar 78,76% de sua área total. Conclui-se que a redução da área de floresta nativa na microbacia e sua zona ripária em 2022 tende a diminuir a qualidade e a disponibilidade de recursos hídricos. Recomenda-se a recuperação da floresta nativa na zona ripária, inserção do componente florestal nos sistemas produtivos e adoção de práticas conservacionistas.
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