CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE INTERNAÇÃO EM MENORES DE UM ANO POR SEPSE NO ACRE ENTRE 2018 E 2022
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i3.2965Palavras-chave:
Internações em menores, Exames, SaúdeResumo
A sepse é uma síndrome clínica resultante de uma resposta inflamatória descontrolada do organismo a uma infecção. Sua frequência sofre influência de peculiaridades intrínsecas ao próprio indivíduo, ao agente infeccioso e também ao meio ambiente. Objetivou-se caracterizar os casos de internações por sepse em menores de um ano no estado do Acre, entre 2018 e 2022. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, exploratório, de abordagem quantitativa, com coleta de dados secundários, extraídos no site do Departamento de Informática do SUS – DATASUS. Os achados evidenciaram 161 casos de sepse em menores de um ano internados em hospitais no estado do Acre, desses, a maioria ocorreu na capital Rio Branco 96 (59,6%). O número de internações por ano de ocorrência apresentou variações de inconstância, sendo observado um importante declínio do número de casos em 2020, com uma súbita elevação no ano de 2021 e novamente um declínio em 2022. Observou-se maior ocorrência em indivíduos do sexo masculino 88 (54,7%). Frente ao caráter de atendimento, a maioria ocorreu por urgência 92 (57,1%) e quanto ao desfecho, a maioria dos casos evolui para alta por cura 140 (87%). Conclui-se que a internação de menores de um ano é um problema em evidência no estado do Acre e se faz necessário a implementação de medidas eficazes para a prevenção, um melhor controle e condução dos casos, a fim de evitar a mortalidade por essa causa.
Downloads
Referências
GUL, Ali; TAKCI, Sahin. Analysis of late-onset neonatal sepsis cases in a level three neonatal intensive care unit. Northern Clinics of İstanbul, v. 7, n. 4, p. 354, 2020.
DE OLIVEIRA, Cecília Olívia Paraguai et al. Fatores de risco para sepse neonatal em unidade de terapia: estudo de evidência. Cogitare Enfermagem, v. 21, n. 2, 2016.
DHUDASIA, Miren B.; MUKHOPADHYAY, Sagori; PUOPOLO, Karen M. Implementation of the sepsis risk calculator at an academic birth hospital. Hospital pediatrics, v. 8, n. 5, p. 243-250, 2018.
CASTRO, Renata Sayuri Ansai Pereira de. Análise da sepse neonatal tardia em prematuros de muito baixo peso após a implantação do protocolo de sepse na unidade [Dissertação]. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 2017.
HAMMAD, E.; ZAINAB, M. Meta-analysis on factors influencing early onset neonatal sepsis. Scholar Journal of Applied Sciences and Research, v. 1, n. 8, p. 20-22, 2018.
DORTAS, Ana Rosa Felizola et al. Fatores de risco associados a sepse neonatal: artigo de revisão. Revista Eletrônica Acervo Científico, v. 7, p. e1861-e1861, 2019.
DOS SANTOS, Zandonaidy Matheus Alves; DE OLIVEIRA, Ana Paula Fernandes; SALES, Tallisson Matheus Oliveira. Sepse neonatal, avaliação do impacto: uma revisão integrativa. Bionorte, v. 9, n. 1, p. 47-58, 2020.
SHANE, Andi L.; SÁNCHEZ, Pablo J.; STOLL, Barbara J. Neonatal sepsis. The lancet, v. 390, n. 10104, p. 1770-1780, 2017.
SILVA, Samara Maria Messias da et al. Perinatal morbidity and mortality in pregnancies that progressed with ruptured membranes at a public hospital in Northern Brazil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 36, p. 442-448, 2014.
PATRIOTA, Adriane Farias; GUERRA, Gláucia Virgínia de Queiroz Lins; SOUZA, Alex Sandro Rolland. Premature rupture of the membranes before the 35th week: perinatal outcomes. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 36, p. 296-302, 2014.
MANUCK, Tracy Ann; VARNER, Michael Walter. Neonatal and early childhood outcomes following early vs later preterm premature rupture of membranes. American journal of obstetrics and gynecology, v. 211, n. 3, p. 308. e1-308. e6, 2014.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. Acesso em 27 de outubro de 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br.
MADRID, Lola et al. Infant group B streptococcal disease incidence and serotypes worldwide: systematic review and meta-analyses. Clinical infectious diseases, v. 65, n. suppl_2, p. S160-S172, 2017.
MELO, Lorena Rodrigues. Morbimortalidade por sepse neonatal em Minas Gerais. In: Anais do i simpósio de otorrinopediatria do norte de Minas e III Congresso Norte Mineiro de Saúde da Criança. P. 46. Acesso em 27 de outubro de 2022. Disponível em: file:///C:/Users/user/Downloads/3092-Anais%20de%20Evento-30232-1-10-20200417.pdf.
ZAMUDIO, Rosalinda Pérez; TERRONES, Carlos Rafael López; BARBOZA, Arturo Rodríguez. Morbilidad y mortalidad del recién nacido prematuro en el Hospital General de Irapuato. Boletin medico del Hospital infantil de Mexico, v. 70, n. 4, p. 299-303, 2013.
DE OLIVEIRA, João Victor Farias et al. Sepse como motivo de morbidade hospitalar: análise histórica no Pará de 2015-2019. Revista Saúde-UNG-Ser, v. 14, n. 3/4, p. 25-29, 2020.
LIANG, Lan; MOORE, Brian; SONI, Anita. National inpatient hospital costs: The most expensive conditions by payer, 2017: Statistical brief# 261. 2020.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de Amostra por Domicilio (PNAD). Rio de Janeiro: IBGE, 2016.
MAHALLEI, Majid et al. Clinical symptoms, laboratory, and microbial patterns of suspected neonatal sepsis cases in a children's referral hospital in northwestern Iran. Medicine, v. 97, n. 25, 2018.
GÓMEZ, Jaime Lorduy; GONZÁLEZ, Stephanye Carrillo. Asociación de factores obstétricos y neonatales con casos de sepsis neonatal temprana. Cartagena, Colombia. Revista Habanera de Ciencias Médicas, v. 17, n. 5, p. 750-763, 2018.
ROSTAMI-FAR, Z. et al. Glucose-6-phosphate dehydrogenase deficiency (G6PD) as a risk factor of male neonatal sepsis. Journal of medicine and life, v. 9, n. 1, p. 34, 2016.
SAMUDIO, Gloria Celeste et al. Sepsis neonatal tardía nosocomial en una unidad de terapia intensiva: agentes etiológicos y localización más frecuente. Revista chilena de infectología, v. 35, n. 5, p. 547-552, 2018.
FEIL, Angélica Cristine et al. Sepse tardia em Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, v. 8, n. 4, p. 450-456, 2018.
ALVES, Jakeline Barbara et al. Sepse neonatal: mortalidade em município do sul do Brasil, 2000 A 2013. Revista Paulista de Pediatria, v. 36, p. 132-140, 2018.
TEWABE, Tilahun et al. Clinical outcome and risk factors of neonatal sepsis among neonates in Felege Hiwot referral Hospital, Bahir Dar, Amhara Regional State, North West Ethiopia 2016: a retrospective chart review. BMC research notes, v. 10, n. 1, p. 1-7, 2017.
WU, Jun-Ho et al. Neonatal sepsis: a 6-year analysis in a neonatal care unit in Taiwan. Pediatrics & neonatology, v. 50, n. 3, p. 88-95, 2009.
GEBREMEDHIN, Destaalem; BERHE, Haftu; GEBREKIRSTOS, Kahsu. Risk factors for neonatal sepsis in public hospitals of Mekelle City, North Ethiopia, 2015: unmatched case control study. PloS one, v. 11, n. 5, p. e0154798, 2016.
SINDHURA, Y. S.; REDDY, K. R. A study of neonatal thrombocytopenia in neonatal sepsis. Int J Contemp Med Res, v. 4, n. 11, p. 2250-2252, 2017.
HUYNH, Bich-Tram et al. Bacterial neonatal sepsis and antibiotic resistance in low-income countries. The Lancet, v. 387, n. 10018, p. 533-534, 2016.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2023 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.
