PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ESTADO DO ACRE – AMAZÔNIA OCIDENTAL, BRASIL – NO PERÍODO DE 2018 A 2022
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i8.3817Palavras-chave:
Hanseníase, Criança, Adolescente, Perfil epidemiológicoResumo
Objetivo: demostrar o perfil epidemiológico da hanseníase em crianças e adolescentes no período de 2018 a 2022 no estado do Acre. Métodos: Trata-se um estudo transversal, retrospectivo, exploratório, de abordagem quantitativa, com coleta de dados secundários, extraídos no site do Departamento de Informática do SUS – DATASUS, tabulados a partir do TABNET. Resultados: Foram registrados 61 casos durante o período estudado, com uma média de 12,2 casos novos por ano e uma taxa de incidência anual de 6,8 casos por 100.000 habitantes. Não foram notificados casos em crianças de 0 a 4 anos. Observou-se uma predominância do sexo masculino, com 31 casos (50,9%), e a maioria em indivíduos pardos, com 54 casos (88,5%). A forma clínica mais comum foi a dimorfa multibacilar, com 32 casos (52,4%), e 20 pacientes (32,7%) apresentaram lesão única. A terapia mais utilizada foi a Poliquimioterapia multibacilar com 12 doses, realizada por 43 indivíduos (70,4%). Houve uma grande falta de registros de episódios reacionais, com 42 casos (68,8%) não preenchidos e 19 casos (31,1%) sem relato de reação. A maioria dos indivíduos não apresentaram grau de incapacidade, sendo 45 casos (73,7%) com grau zero, 8 casos (13,1%) com incapacidade grau I e 5 casos (8,1%) com incapacidade grau II. Conclusão: A hanseníase tem uma incidência relativamente baixa em crianças e adolescentes no estado do Acre. Embora a maioria dos indivíduos não tenha apresentado incapacidade física, a presença de casos com algum grau de incapacidade ressalta a importância do diagnóstico precoce e do tratamento para prevenir sequelas.
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