MAVACAMTEN NO TRATAMENTO DA CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i9.4044Palavras-chave:
Ventrículo esquerdo, Hipertrofia, MedicamentoResumo
Introdução: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma das doenças cardíacas genéticas mais comuns, afetando entre 0,16% e 0,29% da população adulta geral. É uma doença genética do miocárdio e caracteriza-se por acentuada hipertrofia miocárdica que não pode ser explicada pela carga pressórica ou pela presença de desarranjo miocitário. Objetivos: analisar a eficácia do mavacamten no tratamento da CMH de acordo com estudos de alta qualidade já disponíveis na literatura. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, em que a questão norteadora foi “O mavacamten é um medicamento eficaz no tratamento de cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva?”. A busca pelos artigos ocorreu na base de dados PubMed a partir dos termos “mavacamten” e “hypertrophic obstructive cardiomyopathy”, combinados entre si por operadores booleanos. Resultados e discussão: O tratamento com mavacamten melhorou a capacidade de exercício, a obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo, a classe funcional da New York Heart Association e o estado de saúde em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva. O mavacamten foi associado a mudanças favoráveis na estrutura e função cardíaca ao longo de 30 semanas de terapia, incluindo melhora nos marcadores ecocardiográficos das pressões de enchimento do ventrículo esquerdo, gradientes via de saída do ventrículo esquerdo e movimento anterior sistólico. Conclusão: Mavacamten melhorou significativamente as medidas da função diastólica do ventrículo esquerdo e do movimento sistólico anterior, além disso, mavacamten melhorou significativamente a qualidade de vida entre pacientes com cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva sintomática.
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