AUTOMEDICAÇÃO COM PSICOTRÓPICOS EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO CEARENSE
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v5i4.5040Palavras-chave:
Automedicação. Pessoal de saúde. Psicotrópicos.Resumo
A automedicação consiste no uso de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas. Os psicotrópicos são substâncias que atuam sobre o Sistema Nervoso Central e provocam alterações no comportamento. Teve como objetivo analisar os aspectos relacionados à automedicação com psicotrópicos entre profissionais de saúde de um município do Ceará. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, analítico, transversal. Foi realizada no município de Tauá – Ceará, tendo como população de estudo os profissionais de saúde das Unidades de Atenção Primária à Saúde e Centros de Atenção Psicossocial, totalizando 119 profissionais. A coleta de dados aconteceu por meio de questionário eletrônico, cujo link para acesso foi disponibilizado aos profissionais através do aplicativo de mensagem WhatsApp, no período de abril a julho de 2023. Tivemos maior prevalência de mulheres dentre os profissionais, com idade média de 27 anos, sendo a maioria das profissões fisioterapeutas e enfermeiros. Em relação ao uso de psicotrópicos, 21,8% (n=12) fazia uso, dentre esses, 58,7% (n=7) por automedicação. A ansiedade foi o sintoma mais prevalente apresentado, e como motivo, relataram o fácil acesso ao medicamento. Conclui-se que o uso dos medicamentos que necessitam de prescrição como exigência legal é pouco presente nos profissionais da atenção primária do município em questão, mas ainda assim acontece esse consumo, e uma parte sendo por conta própria, caracterizando a automedicação. Fica como alerta para investimento em saúde mental na saúde do trabalhador.
Downloads
Referências
ANDRADE, Graziel Sardou Pereira; PINTO, Kauanny da Silva; BARRETO, Carla Alessandra. Uso de substâncias psicoativas por profissionais da saúde – enfermeiros. Revista Saúde em foco, Amparo, v. 11, p. 588-598, 2019.
ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Uso racional de medicamentos: um alerta à população. Brasilia: Anvisa, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2020/uso-racional-de-medicamentos-um-alerta-a-populacao. Acesso em: 21 set. 2022.
ARAUJO, Aida Felisbela Leite Lessa; RIBEIRO, Mara Cristina; VANDERLEI, Aleska Dias. Automedicação de psicofármacos entre estudantes universitários de odontologia e medicina. Revista Internacional de Educação Superior, Campinas, v. 7, p. 1-19, 2021. DOI: https://doi.org/10.20396/riesup.v7i0.8659934
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016. Diretrizes e normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
BRASIL. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Brasilia: Ministério da Saúde, 1998.
CAIXETA, Aldinei Cotrim; SILVA, Raiane da Costa; ABREU, Clézio Rodrigues de Carvalho. Uso abusivo de psicotrópicos por profissionais da saúde. Revista JEG de Estudos Acadêmicos, Brasília, v. 6, n. 8, p. 188-200, 2021.
CAMARGO, Camila Ribeiro; OLIVEIRA, Tiago Magno de. Revisão bibliográfica: risco do uso inadequado e indevido do psicotrópicos no brasil. 2013. 30 f. TCC (Graduação) - Curso de Farmácia, Faculdade de Pindamonhangaba, São Paulo, 2013.
DANTAS, Eder Samuel Oliveira. Saúde mental dos profissionais de saúde no Brasil no contexto da pandemia por Covid-19. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 25, p. 1-9, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/interface.200203
GRUBER, Jacqueline; MAZON, Luciana Maria. A prevalência na utilização de medicamentos psicotrópicos no município de Mafra: um estudo retrospectivo. Saúde e Meio Ambiente: Revista Interdisciplinar, Mafra, v. 3, n. 1, p. 44-50, 2014.
GUALANO, Maria R. et al. Use of self-medication among adolescents: a systematic review and meta-analysis. The European Journal Of Public Health, Oxford, v. 25, n. 3, p. 444-450, 2014. DOI: https://doi.org/10.1093/eurpub/cku207
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Brasileiro de 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/. Acesso em: 12 jan. 2024.
MACHADO, Jackcelly, SILVA; Claudinei Mesquita da; PEDER, Leyde Daiane de. Concepções sobre automedicação entre profissionais de enfermagem. Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde, Brasília, v. 7, n. 13, p. 10-15, 2020.
MACIEL, Maria da Piedade Gomes de Souza et al. Uso de medicamentos psicoativos entre profissionais da saúde. Revista de Enfermagem UFPE online, Recife, v.11, n. 7, p. 2881-2887. 2017.
MATOS, Januário Fonseca et al. Prevalência, perfil e fatores associados à automedicação em adolescentes e servidores de uma escola pública profissionalizante. Cadernos Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 26, n. 1, p. 76-83, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1414-462x201800010351
NUNES, Bianca Silva; BASTOS, Fernando Medeiros. Efeitos colaterais atribuídos ao uso indevido e prolongado de benzodiazepínicos. Saúde & Ciência em Ação: Revista Acadêmica do Instituto de Ciências da Saúde, v. 3, n. 1, p. 71-82, 2016.
OLIVEIRA, Eliane Lucimar Silva et al. Perfil dos profissionais de enfermagem de um hospital da região da Zona da Mata Mineira: características sociodemográficas, ocupacionais e relacionadas à saúde. Contribuciones a las Ciencias Sociales, v. 17, n. 1, p. 4244-4261, 2024. DOI: https://doi.org/10.55905/revconv.17n.1-251
PEREIRA, Wellison Amorim et al. Prevalência de automedicação em profissionais de saúde de um hospital privado de São Luís - MA. Revista de Investigação Biomédica, São Luís, v. 10, n. 2, p. 142-154, 2018. DOI: https://doi.org/10.24863/rib.v10i2.216
PROETTI, Sidney. As pesquisas qualitativas e quantitativas como métodos de investigação científica: um estudo comparativo e objetivo. Revista Lumen, São Paulo, v. 1, p. 24-44, 2018. DOI: https://doi.org/10.32459/revistalumen.v2i4.60
RIBEIRO, Ítalo Arão Pereira et al. Consumo de substâncias psicoativas por trabalhadores de enfermagem: revisão integrativa. Texto & Contexto - Enfermagem, Florianópolis, v. 29, p. 1-15, 2020.
RIVERA, Juan Gonzalo Bardález et al. Impacto da automedicação de fármacos benzodiazepínicos. Applied Science Review, Brasília, v. 5, n. 4, p. 1767-1780, 2021. DOI: https://doi.org/10.34115/basrv5n4-003
SALEHI, Hugh et al. Examining health care personal protective equipment use through a human factors engineering and product design lens. American Journal Of Infection Control, v. 47, n. 5, p. 595-598, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ajic.2018.10.008
SANTOS, Maria Paula Bernardo dos et al. Uso de medicamentos psicotrópicos por profissionais de enfermagem atuantes em uma unidade de urgência e emergência. CIS - Conjecturas Inter Studies, v. 23, n. 1, p.194–208, 2023. DOI: https://doi.org/10.53660/CONJ-2354-23B17
SECOLI, Silvia Regina et al. Tendência da prática de automedicação entre idosos brasileiros entre 2006 e 2010: Estudo SABE. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 21, n. 2, p. 1-14, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-549720180007.supl.2
SIEBRA, Sabrina Mércia dos Santos et al. Prevalência do consumo de substâncias psicoativas entre estudantes de medicina no interior do Nordeste brasileiro. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio Grande do Norte, v. 45, n. 4, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.4-20210362
XAVIER, Mateus Silva et al. Automedicação e o risco à saúde: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 4, n. 1, p. 225-240, 2021. DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv4n1-020
Downloads
Publicado
Como Citar
Licença
Copyright (c) 2024 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.
Clique para ver detalhes 
