A PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO EM MULHERES COM TRAUMA MAMILAR
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v3i12.2296Palavras-chave:
Aleitamento Materno, Pesquisa Qualitativa, Desmame, Bancos de LeiteResumo
O trauma mamilar é a ruptura do tecido epitelial que cobre o mamilo e geralmente surge nos primeiros dias de amamentação. Por causar dor de intensidades variadas, pode ocasionar o desmame precoce. Este estudo objetivou compreender a influência do trauma mamilar, na percepção das nutrizes, sobre a prática da amamentação. Foi realizada uma pesquisa qualitativa com 12 nutrizes que apresentavam fissura mamilar e estavam amamentando exclusivamente. A coleta ocorreu por meio de entrevistas utilizando um questionário semiestruturado e o tamanho da amostra foi determinado pelo critério da saturação dos dados. Os dados foram analisados e discutidos, por meio da técnica de Análise de Conteúdo de Bardin, o que permitiu divisão dos resultados em três categorias. Na primeira categoria, as mulheres atribuíram o ato de amamentar apresentando fissura mamilar como algo que trouxe dor, medo e choro, causado pela inexperiência e pela amamentação não corresponder às suas expectativas culminando com a vontade de introduzir outros alimentos na dieta da criança. De acordo com a segunda categoria, a manutenção do aleitamento deveu-se a estas mulheres priorizarem o cuidado com a criança em detrimento da própria dor, reconhecerem a importância do leite materno e seu valor nutricional e apresentarem leite suficiente para suprir as demandas do neonato. A terceira categoria versa sobre o apoio do Banco de Leite Humano para continuidade do aleitamento. Faz-se necessário que os profissionais de saúde atuem não apenas no biológico, mas considerem a amamentação como algo social onde o protagonismo é da lactante.
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