FATORES DE RISCO PARA NATIMORTO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE ESTUDOS DE CASO-CONTROLE
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v3i6.1595Palavras-chave:
Fatores de risco, Natimorto, Morte fetal, Estudos de casos e controlesResumo
Os óbitos fetais, em sua maioria, são considerados evitáveis e reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação, mas ainda são pouco discutidos em políticas mundiais que visam a melhoria da assistência materno-fetal. Diante disso, objetivou-se identificar os fatores de risco para a ocorrência de natimorto como resultado da gravidez. Este estudo consiste em uma revisão sistemática de estudos de caso-controle, realizada em setembro de 2020, em cinco bases de dados: LILACS, MEDLINE, CINAHL, WoS e EMBASE. Utilizaram-se os descritores Stillbirth, Risk Factors e Case-Control Studies e seus equivalentes nas referidas bases, cruzados entre si com o operador booleano and. Uma matriz de síntese foi elaborada e aplicada para a extração dos dados, e a qualidade metodológica dos estudos foi avaliada com base nas recomendações da Iniciativa STROBE. Os achados foram submetidos à análise narrativa crítica. Foram encontrados 273 artigos. Após aplicação dos critérios de elegibilidade, 12 artigos foram selecionados para síntese. Foram identificados fatores de risco para natimorto relacionados a características e comportamento materno e aspectos socioeconômicos; histórico reprodutivo, morbidade materna e intercorrências na gestação; fatores relacionados à assistência de saúde e ao período intraparto; e características do recém-nascido. Concluiu-se que um sistema de saúde eficaz, com investimento em planejamento familiar, controle de hábitos e comorbidades maternas, boa cobertura pré-natal, detecção e tratamento precoce de morbidades maternas, agilidade da assistência em emergência obstétrica e profissionais com boa adesão aos protocolos de cuidados no período intraparto pode diminuir significativamente a proporção de natimortos.
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