FATORES RELACIONADOS A CANDIDÍASE VULVOVAGINAL NAS MULHERES EM SEU CICLO VITAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47820/recima21.v3i10.2021

Palavras-chave:

Candidíase, Fatores de risco, Vulvovaginites, Infecção

Resumo

A candidíase vulvovaginal (CVV) é ocasionada pelo crescimento anormal de fungos leveduriformes na mucosa do trato genital feminino como consequência de uma série de alterações endócrinas e imunológicas e uso indiscriminado e prolongado de antibióticos. Nesta perspectiva, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma busca nas bases de dados a fim de encontrar evidências cientificas que apontem os fatores relacionados a candidíase vulvovaginal nas mulheres em seu ciclo vital. A busca foi realizada nas bases de dados Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (lilacs); Scientific Electronic Library Online (SciELO); Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline/Pubmed) e na Base de Dados de Enfermagem (BDENF), utilizando-se os respectivos Decs/MeSh, bem como os conectores booleanos AND e OR. A partir da busca primária, foram encontradas 403 produções científicas e, após análise dos critérios de exclusão referentes ao ano de publicação e temática, obteve-se 12 artigos elegíveis para esta revisão integrativa. As pesquisas selecionadas envolveram mulheres em idade fértil e gestantes. A maior parte das publicações foram realizadas em 2019 e 2020. Nota-se que o desequilíbrio hormonal foi o fator de risco associado mais prevalente. Dentre os agentes da microbiota identificados a Candida albanis foi o microrganismo mais prevalente em todos os estudos. O corrimento vaginal foi o sintoma mais frequente em todos os estudos. Além disso, nove pesquisas relataram irritação da vulva e vagina, eritema vulvar e prurido vaginal no período fértil, dentre outros sintomas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raquel Vilanova Araújo

Centro Universitário Santo Agostinho - UNIFSA

Antonio Adelson Beserra Soares

Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA

Andreynna Karine Araújo de Oliveira

Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA

Referências

ANG, X. Y. et al. Lactobacilli reduce recurrences of vaginal candidiasis in pregnant women: a randomized, double-blind, placebo-controlled study. Journal of Applied Microbiology, v. 132, n. 4, 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34022103/ Acesso em: 24 set. 2022.

AHANGARI, F. et al. Comparing the effectiveness of Salvia officinalis, clotrimazole and their combination on vulvovaginal candidiasis: A randomized, controlled clinical trial. J Obstet Gynaecol Res, v. 45, n. 4, p. 897-907, 2019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30663184/ Acesso em: 24 set. 2022.

ARAÚJO, I. M. et al. Caracterização sistemática da resposta imune à infecção por Candida. Braz. J. Hea. Rev. v. 3, n. 2, p. 3788-803, set. 2020. Disponível em: https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/9325 Acesso em: 24 set. 2022.

BANAEIAN, S. et al. Comparison of vaginal ointment of honey and clotrimazole for treatment of vulvovaginal candidiasis: A random clinical trial. J Mycol Med, v. 27, n. 4, p. 494-500, 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28760590/ Acesso em: 24 set. 2022.

BATISTA, J. E. et al. Fatores associados à presença de Candida spp. em amostras de fluido vaginal de mulheres residentes em comunidades quilombolas. Medicina, v. 53, n. 2, 2020. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/166251#:~:text=Conclus%C3%A3o%3A%20Os%20achados%20sugerem%20uma,candid%C3%ADase%20vulvovaginal%20neste%20grupo%20populacional. Acesso em: 24 set. 2022.

CARVALHO, N. S. et al. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: infecções que causam corrimento vaginal. Epidemiol. Serv. Saúde. v. 30, sp. 15, mar. 2021.Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1679-49742021000500007&lng=pt&nrm=iso Acesso em: 24 set. 2022.

DUARTE, S. M. S.; FARIA F. V.; MARTINS, M. O. Métodos diagnósticos para a caracterização de candidíase e papilomavírus humano. Journal of Development, v.5, n.10, p. 18083-18091, 2019. Disponível em: https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/view/3647#:~:text=O%20diagn%C3%B3stico%20da%20instala%C3%A7%C3%A3o%20e,regi%C3%A3o%20vaginal%20e%20do%20%C3%BAtero. Acesso em: 24 set. 2022.

FREITAS, L. F. Q.; MAIA, L. R. S.; DEUS, M. R. A. R. Prevalência de microrganismos em secreção vaginal de gestantes de alto risco de uma maternidade em Caruaru, pernambuco, Brasil. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Lboratoral, n. 56, p. 1-6, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpml/a/kkY6g3H9FQrcZYbthNDn7cC/abstract/?lang=pt Acesso em: 24 set. 2022.

FURTADO, H. L. A. et al. Fatores predisponentes na prevalência da candidíase vulvovaginal. Rev. Investig, Bioméd. São Paulo, v. 10, n. 2, p. 190-97, mai. 2018. Disponível em: http://www.ceuma.br/portalderevistas/index.php/RIB/article/view/225#:~:text=As%20esp%C3%A9cies%20mais%20predominantes%20na,%2C%20h%C3%A1bitos%20culturais%2C%20entre%20outros. Acesso em: 24 set. 2022.

GOW, N. A. R.; YADAV, B. Microbe Profile: Candida albicans: a shape-changing, opportunistic pathogenic fungus of humans. Microbiology, v. 163, n. 8, p. 1145-147, set. 2017. Disponível em: https://www.microbiologyresearch.org/content/journal/micro/10.1099/mic.0.000499?crawler=true#:~:text=References-,Microbe%20Profile%3A%20Candida%20albicans%3A%20a%20shape%2Dchanging%2C,opportunistic%20pathogenic%20fungus%20of%20humans&text=Candida%20albicans%20is%20normally%20a,of%20the%20skin%20or%20nails. Acesso em: 24 set. 2022.

JALDANI, S.; FATAHINIA, M.; MARAGHI, E. et al. Comparison of the effectiveness of Satureja khuzestanica and clotrimazole vaginal creams for the treatment of vulvovaginal candidiasis. J Med Life, v. 14, n. 1, p. 111–117, 2021. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7982263/#:~:text=The%20results%20of%20this%20study,statistically%20significant%20difference%20between%20them. Acesso em: 24 set. 2022.

JÚNIOR, J. E. E. et al. A Fungal Immunotherapeutic Vaccine (NDV-3A) for Treatment of Recurrent Vulvovaginal Candidiasis—A Phase 2 Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Trial. Clin Infect Dis, v. 66, n. 12, p. 1928–1936, 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29697768/ Acesso em: 24 set. 2022.

KHALILZADEH, S. et al. Efficacy of a vaginal tablet as a Persian medicine product on vulvovaginal candidiasis: a double-blind, randomised, placebo-controlled trial. Pharm Biol, v. 58, n. 1, p. 574-580, 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32615837/ Acesso em: 24 set. 2022.

LARA, J. Cepas de Candida albicans en pacientes con diabetes mellitus. Rev Cien Mund Inv. RECIMUNDO [Internet], v. 3, n. 1, p. 1306-1339, 2019. Disponível em: https://recimundo.com/index.php/es/article/view/418 Acesso em: 24 set. 2022.

LÍRIO, J. Antifungal (oral and vaginal) therapy for recurrent vulvovaginal candidiasis: a systematic review and meta-analysis. Rev. Assoc. Med. Bras. v. 68, n. 2, fev. 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/nfQn5KXcbHcHYc9RghjChgH/ Acesso em: 24 set. 2022.

MAKANJUOLA, O.; BONGOMIN, F.; FAYEMIWO, S. A. An update on the doles of non-albicans Candida species in vulvovaginitis. J Fungi, v. 4, n. 121, 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30384449/ Acesso em: 24 set. 2022.

MUNIZ, S. D. B. Prevalência de candidíase vulvovaginal em mulher de 18 a 30 anos. Journal of biology, v.15, n. 1, p. 9-17, 2019.

MUSHI, M. F.; MMOLE, A.; MSHANA, S. E. Candida vaginitis among symptomatic pregnant women attending antenatal clinics in Mwanza, Tanzania. BMC research notes, v. 2, n. 1, p. 1-5, 2019. Disponível em: https://bmcresnotes.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13104-019-4793-z Acesso em: 24 set. 2022.

PAPPAS, P. G. et al. Invasive candidiasis. Nature Reviews Disease Primers. v. 4, n. 18026. p. 1-20, 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29749387/ Acesso em: 24 set. 2022.

QUITO, J. M. O.; CÁRDENAS, P. K. E. Identificación y susceptibilidad de Candida spp. en el área ginecológica. Vive (El Alto), v. 4, n. 11, 2021. Disponível em: http://www.scielo.org.bo/scielo.php?pid=S2664-32432021000200223&script=sci_arttext Acesso em: 24 set. 2022.

RAIMUNDO, J. S. et al. Plantas com atividade antifúngica no tratamento da candidíase: uma revisão bibliográfica. Revista Uningá Review. São Paulo, v. 29, n. 2, p. 75-80, fev. 2017. Disponível em: https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/1953 Acesso em: 24 set. 2022.

REIS, M. G. Candidíase vaginal: características, causas e tratamento. Revista Multidisciplinar em Saúde. Rio de Janeiro, v. 2, n. 4, p. 73-87, maio. 2021. Disponível em: https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/2217#:~:text=Tal%20patologia%20afeta%20frequentemente%20o,pelo%20menos%20uma%20vez%20em Acesso em: 24 set. 2022.

RIBEIRO, S. M. et al. Antimicrobial and antibiofilm activities of Casearia sylvestris extracts from distinct Brazilian biomes against Streptococcus mutans and Candida albicans. BMC complementary and alternative medicine. v. 19, n. 1, p. 308, 2019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31718633/ Acesso em: 24 set. 2022.

ROCHA, W. R. V. et al. Gênero Candida - Fatores de virulência, Epidemiologia, Candidíase e Mecanismos de resistência. Research, Society and Development. v. 10, n. 4, p. 391-423, maio. 2021. Disponível em: https://redib.org/Record/oai_articulo3174815-g%C3%AAnero-candida--fatores-de-virul%C3%AAncia-epidemiologia-candid%C3%ADase-e-mecanismos-de-resist%C3%AAncia Acesso em: 24 set. 2022.

RUSSO, R. et al. Randomised clinical trial in women with Recurrent Vulvovaginal Candidiasis: Efficacy of probiotics and lactoferrin as maintenance treatment. Mycoses, v. 62, n. 4, p. 328-335, 2019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30565745/ Acesso em: 24 set. 2022.

SILVA, H. S. F. et al. Principais aspectos referentes à candidíase vulvovaginal. Revista científica integrada. v. 4, n. 4, p. 23-33, out. 2020. Disponível em: https://www.unaerp.br/revista-cientifica-integrada/edicoes-anteriores/volume-4-edicao-4/3686-rci-candidiasevulvovaginal-072020/file#:~:text=Clinicamente%2C%20a%20CVV%20%C3%A9%20caracterizada,em%20vulvovaginites%20de%20outras%20etiologias. Acesso em: 24 set. 2022.

TAKIMURA, M.; OLIVEIRA, G. R.; GAVIOLI, L. C. Recurrent vaginal discharge: a myth or a fact? / Corrimento vaginal recorrente: mito ou fato? DST j. bras. doenças sex. transm, v. 30, n. 3, p. 90-95, 2018. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1121509 Acesso em: 24 set. 2022.

YANO, J. et al. Current patient perspectives of vulvovaginal candidiasis: incidence, symptoms, management and posttreatment outcomes. BMC Women's Health. v.19, n. 48, p. 1-21, set. 2019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30925872/ Acesso em: 24 set. 2022.

ZAKERIA, S. et al. The effect of Achillea Millefolium L. on vulvovaginal candidiasis compared with clotrimazole: A randomized controlled trial. Complement Ther Med, v. 52, p. 102483, 2020. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0965229919320394 Acesso em: 24 set. 2022.

Downloads

Publicado

17/10/2022

Como Citar

Vilanova Araújo, R., Beserra Soares, A. A., & Araújo de Oliveira, A. K. (2022). FATORES RELACIONADOS A CANDIDÍASE VULVOVAGINAL NAS MULHERES EM SEU CICLO VITAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218, 3(10), e3102021. https://doi.org/10.47820/recima21.v3i10.2021