AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE COLONIZAÇÃO E INFECÇÃO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i2.2675Palavras-chave:
Infecção Hospitalar, Unidade de Terapia Intensiva, Klebsiella pneumoniaeResumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar a relação entre a ocorrência de colonização por microrganismos e infecção em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI-PED), identificando os principais agentes presentes na colonização e nas infecções. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, analítico e prospectivo realizado na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA) - Unidade Materno Infantil, com análise dos resultados microbiológicos de 119 pacientes admitidos no período de fevereiro de 2019 a setembro de 2019. Dos 119 pacientes estudados, 52,1% eram do sexo masculino, com faixa etária mais frequente de 1 mês até 1 ano de idade (32,8%) e o tempo médio de permanência na UTI-PED foi de 14 dias. O estudo evidenciou que há relação estatística significante entre os casos de pacientes colonizados com casos de infecção com p < 0,001. Foram identificados 152 microrganismos, com destaque para Pseudomonas aeruginosa (13,8%), Klebsiella pneumoniae (9,2%) e Candida spp. (23%). Houve 42 pacientes (33,9%) colonizados por pelo menos um microrganismo, sendo os mais frequentes Klebsiella pneumoniae (30,5%) e Escherichia coli (23,6%), sendo estes, também, microrganismos com maior frequência de mecanismos de resistência com destaque para produção de β-lactamase de Espectro Estendido (ESBL) como principal mecanismo. Os resultados apresentados são úteis para monitorizar a qualidade da assistência à saúde prestada, bem como para embasar outros trabalhos sobre controle de infecções, reafirmando a importância de educar os profissionais de saúde em ações que visem deter a expansão de infecção hospitalar.
Downloads
Referências
ALVES, Maria Virginia Martins Faria Faddul et al. Perfil dos pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital escola do interior de São Paulo. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 13, n. 2, p. 294-301, 2014.
BASSO, Maria Emilhaet al et al. Prevalência de infecções bacterianas em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva (UTI). RBAC, v. 48, n. 4, p. 383-8, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Pediatria: prevenção e controle de infecção hospitalar/ Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
CARVALHO, Cid E. et al. Monitoramento microbiológico sequencial da secreção traqueal em pacientes intubados internados em unidade de terapia intensiva pediátrica. Jornal de Pediatria, v. 81, p. 29-33, 2005.
DALLACORTE, Teline Scheffer et al. Prevalência e perfil de sensibilidade antimicrobiana de bactérias isoladas de hemoculturas realizadas em hospitais particulares. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v. 75, p. 01-11, 2016.
DA SILVA GRILLO, Vinicius Tadeu Ramos et al. Incidência bacteriana e perfil de resistência a antimicrobianos em pacientes pediátricos de um hospital público de Rondônia, Brasil. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, v. 34, n. 1, 2013.
DELIBERALI, Bruno et al. Prevalência de bacilos Gram-negativos não fermentadores de pacientes internados em Porto Alegre-RS. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 47, p. 529-534, 2011.
FERRACINI, Fábio Teixeira et al. Implantação e evolução da farmácia clínica no uso racional de medicamentos em hospital terciário de grande porte. Einstein (São Paulo), v. 9, p. 456-460, 2011.
FERREIRA, Tálison Taylon Diniz et al. Cuidados farmacêuticos em uma unidade de terapia intensiva pediátrica: uma revisão integrativa. Revista Científica da Saúde, v. 3, n. 1, p. 9-22, 2021.
FREIRE, Izaura Luzia Silvério et al. Epidemiologia das infecções relacionadas à assistência à saúde em unidade de terapia intensiva pediátrica. Revista de Atenção à Saúde, v. 11, n. 35, 2013.
GUSMÃO, Maria Enoy Neves; DOURADO, Inês; FIACCONE, Rosimeire Leovigildo. Nosocomial pneumonia in the intensive care unit of a Brazilian university hospital: an analysis of the time span from admission to disease onset. American Journal of Infection Control, v. 32, n. 4, p. 209-214, 2004.
KHOURI, Sonia et al. Evaluation of infections by Candida at a university hospital of Vale do Paraíba region, São Paulo State, Brazil: species distribution, colonization, risk factors and antifungal susceptibility. Revista Pan-Amazônica de Saúde, v. 7, n. 2, p. 7-7, 2016.
KUSAHARA, Denise Miyuki; PETERLINI, Maria Angélica Sorgini; PEDREIRA, Mavilde da Luz Gonçalves. Colonização orofaríngea de crianças à admissão em uma unidade de cuidados intensivos. Acta Paulista de Enfermagem, v. 20, p. 421-427, 2007.
LAGO, Auiny Duarte et al. Avaliação das Intervenções Farmacêuticas: estudo realizado em uma UTI Pediátrica do Hospital Universitário Materno Infantil em São Luís–MA. Research, Society and Development, v. 11, n. 7, p. e36311729839-e36311729839, 2022.
LIMA, Mery Ellen; ANDRADE, Denise de; HAAS, Vanderlei José. Avaliação prospectiva da ocorrência de infecção em pacientes críticos de unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 19, p. 342-347, 2007.
MARRAS, Maria Aparecida; LAPENA, Simone Aparecida Biazzi. Atuação da equipe multidisciplinar no combate às infecções hospitalares. J Health Sci Inst.[Internet], v. 33, n. 1, p. 37-44, 2015.
MENDONÇA, Juliana Guimarães de et al. Perfil das internações em unidades de terapia intensiva pediátrica do sistema único de saúde no estado de Pernambuco, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, p. 907-916, 2019.
MORAES, Graciana Maria de et al. Infecção ou colonização por micro-organismos resistentes: identificação de preditores. Acta paulista de Enfermagem, v. 26, p. 185-191, 2013.
NOGUEIRA, Paula Sacha Frota et al. Perfil da infecção hospitalar em um hospital universitário. Rev enferm UERJ, v. 17, n. 1, p. 96-101, 2009.
OLIVEIRA, Adriana Cristina de et al. Bacterial Resistance and Mortality in an Intensive Care Unit. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 18, n. Rev. Latino-Am. Enfermagem, 2010 18(6), nov. 2010.
OLIVEIRA, A. C.; KOVNER, C. T.; SILVA, R. S. Nosocomial Infection in an Intensive Care Unit in a Brazilian University Hospital. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 18, n. Rev. Latino-Am. Enfermagem, 2010 18(2), mar. 2010.
OLIVEIRA, Adriana Cristina de et al. Colonização por micro-organismo resistente e infecção relacionada ao cuidar em saúde. Acta Paulista de Enfermagem, v. 25, p. 183-189, 2012.
OLIVEIRA, Adriana Cristina et al. Infecções relacionadas à assistência em saúde e gravidade clínica em uma unidade de terapia intensiva. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 33, p. 89-96, 2012.
OLIVEIRA, Adriana Cristina et al. Perfil dos microrganismos associados à colonização e infecção em Terapia Intensiva. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, v. 7, n. 2, p. 101-106, 2017.
RIBAS, Rosineide Marques et al. Fatores de risco para colonização por bactérias hospitalares multiresistentes em pacientes críticos, cirúrgicos e clínicos em um hospital universitário brasileiro. Rev Med Minas Gerais, v. 19, n. 3, p. 193-7, 2009.
RODRIGUES, Luiza Souza; GIOIA, Thais Sabato Romano Di; ROSSI, Flávia. Stenotrophomonas maltophilia: resistência emergente ao SMX-TMP em isolados brasileiros. uma realidade?. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 47, p. 511-517, 2011.
SANTOS, Anna Karoeny da Silva et al. Perfil microbiológico das infecções hospitalares nas unidades de terapia intensiva. Rev. enferm. UFPE on line, p. 1432-1440, 2016.
SOUZA, Ester Sena et al. Mortalidade e riscos associados a infecção relacionada à assistência à saúde. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 24, p. 220-228, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2023 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.