EFEITO DO DESCONTO SOCIAL E PREÇO NO CONSUMO SUSTENTÁVEL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47820/recima21.v4i3.2838

Palavras-chave:

Sustentabilidade, Desconto social, Consumo sustentável, Análise do comportamento

Resumo

O presente artigo tem como objetivo verificar o efeito do desconto social sob o consumo de produtos sustentáveis e não sustentáveis.  Participaram deste estudo 40 universitários do curso de psicologia, e a coleta de dados foi realizada em três etapas com um intervalo de 20 dias entre elas. A atividade consistia em: 1) dividir uma quantia de R$1000,00 (mil reais) entre 8 pessoas de uma lista de 50 pessoas que criaram mentalmente. Essas pessoas eram de número 1, 3, 5, 9, 23, e 50; 2) os participantes tinham que escolher um presente entre um produto sustentável e outro não sustentável, era apresentada uma instrução sinalizando que o presente sustentável agride menos o meio ambiente. Foram utilizados perfume, vinho, celular, livro e camiseta como produtos; e 3) no terceiro questionário foi acrescentado o valor nos produtos, sendo o valor do produto sustentável 30% mais caro do que seu substituto não sustentável para os mesmos produtos e instrução do questionário 2. Os resultados demonstraram que à medida que pessoas se distanciam, menor será o valor dividido com ela, enquanto para a escolha dos produtos, a variável preço teve mais efeito sobre a escolha do que a característica sustentável. Pode-se concluir que, do ponto de vista da análise do comportamento, é necessária uma mudança nas práticas culturais e que produtos sustentáveis tenham preços semelhantes aos seus substitutos não sustentáveis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Amanda dos Santos Batista

FIMCA - Faculdades Integradas Aparício Carvalho.

Kézia Raiane Ribeiro Pimenta

Graduada em psicologia, psicóloga clínica - FACULDADES INTEGRADAS APARÍCIO CARVALHO - FIMCA.

Cristiano de Almeida Fernandes

Graduado em psicologia, mestrando no PPG/UNIR, Professor nas faculdades FIMCA e Centro Universitário São Lucas.

Reginaldo Pedroso

Pós-doutorado em psicologia, professor adjunto / UNIR - Universidade Federal de Rondônia.

Referências

Almeida, W. S. et. al. (2020) Mudanças nas condições socioeconômicas e de saúde dos brasileiros durante a pandemia de COVID-19. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 23. Doi.org/10.1590/1980-549720200105.

Baum, W. M. (1974). On two types of deviation from the matching law: bias and undermatching. Journal of the experimental analysis of behavior, 22, 231-242. Doi: 10.1901/jeab.1974.22-231.

Bauman, Z. (2001). Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999.

Brundtland, G. H. (Org.). Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: FGV, 1987.

Carson, R. T., & Tran, R. B. (2009). Discounting behavior and environmental decision. Journal of Neuroscience, Psychology, and Economics, 2(2), 112-130. Doi:10.1037/a0017685.

Coelho, C. Hanna, E. S., & Todorov, C. J. (2003). Magnitude, Atraso e Probabilidade de Reforço em Situações Hipotéticas de Risco. Psicologia: teoria e pesquisa: Brasília, 2003. Vol. 19 n. 3, pp. 269-278. Doi.org/10.1590/S0102-37722003000300009.

Foxall, G. (1990). Consumer psychology in behavioral perspective. Washington, DC: Beard Books, 244p.

Gelino, B. W., Erath, T. G., & Reed, D. D. (2021). Going green: A systematic review of proenvironmental empirical research in behavior analysis. Behavior and Social Issues, 1-25. Doi:10.1007/s42822-020-00043-x.

Glenn, S. S. (2004). Individual behavior, culture, and social change. The Behavior analyst, 27(2), 133-155. Doi: 10.1007/BF03393175.

Grandisoli, E., Jacobi, P. R., & Souza, D. T. P. (2020). Educar para a sustentabilidade: visões de presente e futuro. IEA-IEE-USP, 2020.

Groom, B., Drupp, M. A., Freeman, M. C., & Nesje, F. (2022). The Future, Now: A Review of Social Discounting. Annual Review of Resource Economics, 14. Doi:10.1146/annurev-resource-111920-020721.

Herrnstein, R. J. (1970). On the Law of Effect. Journal of Experimental Analysis of Behavior, 13, 243-266. Doi: 10.1901/jeab.1970.13-243.

Herrnstein, R.J. (1961). Relative and absolute strength of response as a function of frequency of reinforcement. Journal of the experimental analysis of behavior, 4, 267-272. Doi.org/10.1901/jeab.1961.4-267.

Hirsh, J. L.; Costello, M. S. & Fuqua, R. W. (2015). Analysis of Delay Discounting as a Psychological Measure of Sfustainable Behavior. Behavior and Social Issues, 24, 187-202. doi:10.5210/bsi.v.24i0.5906.

Jacobi, P. R. (1999). Meio ambiente e sustentabilidade. In O município no século XXI: cenários e perspectivas. São Paulo: CEPAM.

Jacobi, P. R. (2005). Educação ambiental o desafio da construção de um pensamento crítico, complexo e reflexivo. Educação e Pesquisa (USP), São Paulo, 31, 234-250. Doi.org/10.1590/S1517-97022005000200007.

Jones B., & Rachlin, H. (2006). Social Discounting. Psychological Science, 17(4),283-286. Doi: 10.1111/j.1467-9280.2006.01699.x.

Katz, A. (2019). Social Discounting of Clean Water and Environmental Sustainability. Theses, Southern Illinois University Carbondale.

Lehman, P. K., & Geller, E. S. (2004). Behavior analysis and environmental protection: Accomplishments and potential for more. Behavior and Social Issues, 13(1), 13–32. Doi.org/10.5210/bsi.v13i1.33.

Mazur, J. E. (1984). Tests of an equivalence rule for fixed and variable reinforcer delays. Jounal of Experimental Psichology: Animal Beahvior Processes, 10, 426-436. Doi.org/10.1037/0097-7403.10.4.426.

Mazur, J. E. (1986). Choice between single and multiple delayed reinforcers. Jornal of the Experimental Analysis of Behavior, 46, 67-77. Doi: 10.1901/jeab.1986.46-67.

Mazur, J. E. (1987). An adjusting procedure for studying delayed reinforcement. In. Commons, M. L., Mazur, J. E., Nevin, J. A., & Rachlin, H (Eds.), Quantitative Analysis of Behavior: Vol 5. The Effect of Delay and Intervening Events on Reinforcement Value (pp. 55–73). Hillsdale, NJ: Erlbaum.

Mazur, J. E. (1997). Choice, delay, probability, and conditioned reinforcement. Animal Learning & Behavior, 25 (2) 131-147.

Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. (2012). Princípios básicos de análise do comportamento. 2. ed. Porto Alegre; Artmed, 2007.

Odum, A. L. (2011). Delay discounting: I’m a k, you’re a k. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 96, 427-439. Doi:10.1901/jeab.2011.96-423.

Oliveira-Castro, J. M., & Foxall, G. (2005). Análise do comportamento do consumidor. Em Abreu-Rodrigues, J. & Ribeiro, M. R (Org.), Análise do comportamento: Pesquisa, Teoria e Pratica. (pp. 283-304). Porto Alegre: ArtMéd, 304p.

Oliveira-Castro, J. M., Foxall, G. R., & Schrezenmaier, T. C. S. (2006). Consumer brand choice: individual and group analyses of demand elasticity. Journal of the Experimental Analysis of behvior, 85, 147–166. Doi: 10.1901/jeab.2006.51-04.

Ostaszewski, P., & Karzel, K. (2002). Discounting of delayed and probabilistic losses of different amounts. European Psychologist, 7, 295–301. Doi: 10.1002/jeab.56.

Paulista, G., Varvakis, G., & Filho, M. G (2008). Espaço emocional e indicadores de sustentabilidade. Ambiente & sociedade, Campinas. 2008, v. XI, n. 1, p. 185-200. Doi.org/10.1590/S1414-753X2008000100013.

Pedroso, R. & Winder, L. A. (2009). Lei da igualação: do laboratório para o estudo do comportamento de escolha em ambiente natural. Psicologia IESB, 1 (2), 46-57.

Pedroso, R. Coelho, C. (2020). Análise do comportamental do desenvolvimento sustentável: uma contradição com a cultura vigente. Imagine publicações, Fortaleza. 2020, v. 2, p. 155-175.

Pedroso, R. (2016). Valor subjetivo do consumo sustentável. Tese (doutorado em psicologia) - pontifícia, Universidade Católica de Goiás, 2016.

Pereira, A. G., & Afonso, L. E. (2022). Desconto hiperbólico e efeito magnitude nas decisões intertemporais? Evidências de uma survey com escolhas monetárias. Innovar, 32(84). Doi.org/10.15446/innovar.v32n84.99678.

Pol, E. (2003). A gestão ambiental, novo desafio para a psicologia do desenvolvimento sustentável. Estudos de psicologia, Universidade de Barcelona. 2003, v. 8, n. 2, pp. 235-243. Doi.org/10.1590/S1413-294X2003000200005.

Polasky, S., & Dampha, N. K. (2021). Discounting and Global Environmental Change. Annu. Rev. Environ. Resour. 46:691–717. Doi.org/10.1146/annurev-environ-020420-042100.

Rachlin, H. (1970). Introduction to modern behaviorism. San Francisco: W. H. Freeman and Co.

Rachlin, H. (1990). Why do people gamble and keep gambling despite heavy losses? Psychological Science, 1, 294-297. Doi.org/10.1111/j.1467-9280.1990.tb00220.x.

Rachlin, H. (2006). Notes on discounting. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 85, 425-435. Doi: 10.1901/jeab.2006.85-05.

Rachlin, H. Raineri, A. Cross, D. (1991). Subjective probability and delay. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 55, 233 – 244. Doi: 10.1901/jeab.1991.55-233.

Rachlin, H., & Jones, B. (2007). Social discounting and delay discounting. Journal of Behavioral Decision Making, 21, 29-43. Doi.org/10.1002/bdm.567.

Rachlin, H., Brown, J., & Cross, J. (2000). Discounting in judgments of delay and probability. Journal of Behavioral Decision Making, 13, 145-159. Doi:10.1002/(SICI)1099-0771(200004/06)13:23.0.CO;2-4.

Rachlin, H., Logue, A. W., Gibbon, J., & Frankel, M. (1986). Cognition and behavior in studies of choice. Psychological Review, 93, 33-45. Doi:10.1037/0033-295X.93.1.33.

Rachlin, H., Raineri, A., & Cross, D. (1991). Subjective probability and delay. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 55, 233–244. Doi: 10.1901/jeab.1991.55-233.

Romeiro, A. R. (2012). Desenvolvimento sustentável: uma perspectiva econômico-ecológica. Estudos Avançados [online], v. 26, n. 74 , pp. 65-92.

Sampaio, A. A. S., & Andery, M. A. P. A. (2010). Comportamento Social, Produção Agregada e Prática Cultural: Uma Análise Comportamental de Fenômenos Sociais. Psicologia: Teoria e Pesquisa, vol. 26 n. 1, pp. 183-192. Doi.org/10.1590/S0102-37722010000100020.

Simon, C. J., Warner, J. T., & Pleeter, S. (2015). Discounting, cognition, and financial awareness: New evidence from a change in the military retirement system. Economic Inquiry, 53(1), 318-334. https://doi.org/10.1111/ecin.12146.

Skinner, B. F. (1950). Are theories of learning necessary? Psychological Review, 57, 193-216. Doi: 10.1037/h0054367.

Skinner, B. F. (1957). Verbal behavior Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall.

Skinner, B. F. (1982). Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix.

Todorov, J. C., & Hanna, E. (2005). Quantificação de escolhas e preferencias. In, Abreu-Rodrigues, J. & M. Ribeiro. Análise do comportamento: Pesquisa, teoria e aplicação. São Paulo, Artmed.

Todorov, J. C. (1982). Matching and bias in concurrent performances: effects of asymmetrical changeover delays. Revista Mexicana de Análisis de La Conducta, 8, 39-45.

Todorov, J. C. (2012a). Contingências de Seleção Cultural. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, vol. 8, n. 2,95-105. Doi:10.18542/rebac.v8i2.1315.

Veblen, T. (1965). A teoria da classe ociosa. São Paulo: Pioneira.

Wille, F., & Lange, F. (2022). Potential Contributions of Behavior Analysis to Research on Pro-environmental Behavior. Frontiers in Psychology, 13. Doi: 10.3389/fpsyg.2022.685621.

Zanitrato, H. S., & Rotondaro, T. (2016). Consumo, um dos dilemas da sustentabilidade. Estudos Avançados [online]. 2016, v. 30, n. 88, pp. 77-92. Doi.org/10.1590/S0103-40142016.30880007.

Zhu, X., & Weikard, H. P. (2003). Discounting and environmental quality. In 12th annual EAERE conference, Spain Environmental Economics & Management Memorandum Chair Lhoist Berghmans in Environmental Economics and Management Center for Operations Research & Econometrics (CORE) Université catholique de Louvain (UCL) Voie du Roman Pays (Vol. 34).

Downloads

Publicado

13/03/2023

Como Citar

dos Santos Batista, A., Ribeiro Pimenta, K. R., de Almeida Fernandes, C., & Pedroso, R. (2023). EFEITO DO DESCONTO SOCIAL E PREÇO NO CONSUMO SUSTENTÁVEL. RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218, 4(3), e432838. https://doi.org/10.47820/recima21.v4i3.2838