UM PANORAMA SOBRE OS MECANISMOS DE RESISTÊNCIA DA CÂNDIDA ALBICANS E O TRATAMENTO DA CANDIDÍASE RECORRENTE
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i3.2867Palavras-chave:
candidíase vulvovaginal recorrente, tratamento, candidíase, vaginose.Resumo
A candidíase recorrente, ou candidíase vulvovaginal recorrente (CVR), é uma patologia que afeta milhares de mulheres em todo o mundo, todos os anos. Sabe-se que os sintomas mais característicos são prurido, dor vulvar, disúria e leucorreia, e que a recorrência é determinada quando ocorrem pelo menos quatro episódios diferentes de candidíase vulvovaginal num período de 12 meses. Vários fatores podem influenciar a sua recorrência, incluindo causas genéticas, biológicas ou comportamentais. Embora a CVR seja uma doença muito comum na população, também é conhecida pelas suas complicações deletérias se não for tratada adequadamente, incluindo infertilidade, parto prematuro, aborto espontâneo e outras doenças infecciosas. O tratamento clássico recomendado para a CVR é o uso de antifúngicos, no entanto, nos últimos anos tem-se observado aumento na resistência a estes medicamentos. Em resposta, novas abordagens terapêuticas têm sido testadas, com vacinas contra a Cândida ssp., medicamentos baseados na erradicação do biofilme, nanotecnologia e peptídeos, lactobacilos e imunoterapia, como alternativas possíveis à dependência exclusiva de antifúngicos. Este estudo tem como objetivo analisar os métodos terapêuticos disponíveis para a CVR, através de uma revisão de literaturas existentes, com a finalidade de elaborar um panorama do manejo atual e das novidades a respeito do tratamento da candidíase vulvovaginal recorrente, para elucidação da prática médica diante desta queixa frequente dos consultórios médicos, tanto clínicos quanto ginecológicos.
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