IDENTIDADE COM O SENTIMENTO DE GOSTAR: VERIFICAÇÃO DOCENTE DO ENSINAR A MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i4.2974Palavras-chave:
Matemática, Ensino, DocenteResumo
O presente artigo, resultante de dados finalizados de uma investigação a nível de doutorado, teve como objetivo analisar a identidade docente ao ensinar nos anos iniciais do ensino fundamental, onde buscou-se verificar a identidade docente com a matemática associado ao sentimento de gostar e, portanto, os desafios enfrentados com o lecionar a matemática sem ter afinidade em seu ofício. Por meio de um desenvolvimento descritivo na forma de uma pesquisa de levantamento do tipo não experimental e um enfoque quantitativo com corte transversal, foi utilizado como procedimento de coleta de dados o questionário fechado. A análise dos dados foi desenvolvida com aporte teórico de cinco eixos investigativos, tais como: Saber docente; Competências docentes; Aprendizagem significativa; Conflitos cognitivos e Identidade profissional docente. Os resultados revelaram que dentre os percentuais encontrados nosso público-alvo possui uma falta de identidade e gostar em seu fazer docente e práxis pedagógica e, assim, pensar na construção de uma educação mais identitária é refletir sobre sentimentos que fazem a diferença no motivar uma dinâmica de um ensinar mais significativo, prazeroso e com menos conflitos cognitivos, ponto fundamental para que o enlace entre seus saberes prévios e seus processos de formação fomentem numa caminhada para um ensinar da matemática com mais dedicação, sentimento e amor. Ao mesmo tempo, a pesquisa traz contribuições valiosas para pensarmos no ensino da matemática sem um processo de identidade ou gostar da área, suscitando uma reflexão do pensar o processo de ensino e de aprendizagem da matemática no lado discente.
Downloads
Referências
AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982.
BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Censo da educação básica | 2020 resumo técnico. Disponível em: https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/estatisticas_e_indicadores/resumo_tecnico_censo_escolar_2020.pdf. Acesso em: 27 jan. 2023.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: matemática. Brasília, DF: Secretaria de Educação Fundamental. 148 p, 1997. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/matematica.pdf. Acesso em: 27 out. 2022.
_______. Base Nacional Comum Curricular (BNCC), 2018. Brasília: MEC. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 8 fev. 2023.
CARMEN, M. Seis principais habilidades de ensino para o século 21. Universidade de Lisboa, Portugal. Revista de Didáctica Español Lengua Extranjera, núm. 29, 2019, JulioMarcoELE, España. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=92159587007. Acesso em: 8 fev. 2023.
CAMPOS, M. M. A formação de professores para crianças de 0 a 10 anos: modelos em debate. Educação e Sociedade, Campinas, v. 20, n. 68, p. 126-142, Dez, 1999.
CARVALHO, A. M. P.; GIL, P. D. Formação de professores de Ciências. São Paulo: Cortez, 1993.
CENCI, D.; Becker, M. L. R.; MACKEDANZ, L. F. Produções Acadêmicas sobre o ensino do sistema de numeração decimal: O Estado da Arte. Revista de Divulgação. Científica em Ciências Exatas e Tecnológicas - PORANDU. Rio Grande do Sul, Vol.1, n. 1, p.29-41, 2015.
D´AMBROSIO, U. Etnomatemática. 5. ed. São Paulo: Ática, 1998.
DAVYDOV, V. La enseñanza escolar y el desarrollo psíquico. Moscu: Editorial Progreso, 1998.
_______. Fundação Lemann (2021). QEDu é atualizado com dados do Saeb 2019. Disponível em: https://fundacaolemann.org.br/noticias/qedu-e-atualizado-com-dados-do-saeb-2019. Acesso em: 26 jan. 2023.
DUBAR, C. Formação, trabalho e identidade profissionais. In: Canário, R. (org.). Formação e situações de trabalho. Porto/Portugal: Porto Editora, p. 43-52, 2003.
FARIA, E.; y SOUZA, V. T. S. Sobre o conceito de identidade: apropriações em estudos sobre formação de professores. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 15, Número 1, Janeiro/Junho de 2011: 35-42, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pee/a/DTxHk78xxwXWq6gcH7RKjQG/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 2720 fev. 2023.
FÁVERO, M. H. Regulações cognitivas e metacognitivas do professor de primeiro grau: Uma questão para a articulação entre a psicologia do desenvolvimento e a psicologia da educação matemática [Resumo]. Em Sociedade Brasileira de Psicologia (Org.), Resumos de comunicações científicas, XXX Reunião da Sociedade Brasileira de Psicologia (pp. 11-12), Brasília-DF, 2000.
FÁVERO, A. A. Educar o educador: reflexões sobre a formação docente. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 33. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
GRUTZMANN, T. P. Saberes docentes: um estudo a partir de Tardif e Borges. Revista Temas em Educação (RTI). Vol. 28 N.3, 2019. doi: 10.22478/ufpb.2359-7003.2019v28n3.46972
GUDMUNDSSON, E. Guidelines for translating and adapting psychological instruments. Nordic Psychology, 61(2), 29-45, 2009. http://dx.doi:10.1027/1901-2276.61.2.29
GUIMARÃES, N.; BEHAR, P. A.; NOTARE, M. Competências docentes em matemática por meio do ensino híbrido: um olhar para a recomendação pedagógica. Anais dos Workshops do Congresso Brasileiro de Informática na Educação, Brasília – DF, 2019.
doi: http://dx.doi.org/10.5753/cbie.wcbie.2019.1487
JACOBIK, G. S.; ANDRADE, A. M. V. L. A formação do professor polivalente e o medo de ensinar matemática. Instituto Singularidades, São Paulo/SP, 2018. Disponível em:
https://institutosingularidades.edu.br/formacao-do-professor-polivalente-e-o-medo-de-ensinar-matematica/. Acesso em: 21 fev. 2023.
LASKY, S. A sociocultural approach to understanding teacher identity, agency and professional vulnerability in a context of secondary school reform. Teaching and Teacher Education, 21, 899-916, 2015.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), 2020. IDEB/2020 – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Disponível em:https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/ideb/resultados. Acesso em: 27 nov. 2022.
NÓVOA, A. Profissão professor. Porto: Porto Editora, 1995.
PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática. 3ª ed. São Paulo: Cortez, p. 21 – 80, 1997.
PISA. Programme for International Student Assessment da OCDE (2018). Resultados do PISA. Disponível em: https://www.oecd.org/pisa/publications/. Acesso em: 27 jul. 2022.
RIBEIRO, M. L. S. O jogo na organização curricular para deficientes mentais. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 9. ed. São Paulo: Cortez. Cap. 7, 133-141, 2006.
SAEB. Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), 2019. Resultados do SAEB. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/saeb. Acesso em: 20 jul. 2022.
SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; y LUCIO, M. P. B. Metodologia de pesquisa. 5. Ed., Porto Alegre/RS: Penso, 2013.
SANTOS, A. G. A falta de empatia no ensino de matemática: um estudo da prática docente e sua afinidade com a área de formação. Diversitas-journal: Volume1, Número1(jan./abr.2016), Maceió/AL, 2016. https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v1i1.240
SANTOS, A. G. Analisar a identificação docente com a matemática no ensinar nos anos iniciais do ensino fundamental (1º a 5ºano). GT13/Trabalho completo: VIII CONEDU, 2022. Disponível em:
https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/88157. Acesso em: 01 mar. 2023.
SANTOS, A. M.; SILVA, R. S. O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE NO BRASIL. XV Seminário Internacional da Educação. Universidade Feevale, Novo Hamburgo/RS, 2016. Disponível em: http://www.feevale.br/hotsites/seminario-internacional-de-educacao/edicao-atual. Acesso em: 01 out. 2022.
SHULMAN, L. Conocimiento y Enseñanza: fundamentos de la nueva reforma. Profesorado. Revista de Currículum y Formación del Profesorado, Granada, v. 9, n. 2, p.1-30, 2005. Disponível em: https://www.ugr.es/~recfpro/rev92ART1.pdf. Acesso em: 15 jun. 2022.
SHULMAN, L. Those Who Understand:Knowledge Growth in Teaching. Educational Researcher, v. 15, p. 4-14, 1986.
SILVA, A. G. Concepção de lúdico dos professores de Educação Física infantil. Universidade estadual de londrina. Londrina: SC, 2011.
SHULMAN, L. Conhecimento e ensino: fundamentos para a nova reforma. Caderno CENPEC, n.2, v. 4, p. 196-229, 2014
SILVEIRA, E.; MIOLA, R. J. Metodologia do Ensino de Matemática e Física. 1ª ed., Curitiba/PR: Editora Intersaberes, 2013.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 17 ed., Petrópolis/RJ: Vozes, 2014.
TARDIF, M. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humana. 6. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fonte, 1984.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2023 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.
