IMPACTO DA DOENÇA RENAL CRÓNICA EM ADOLESCENTE SUBMETIDA AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE NO HOSPITAL DR. WALTER STRANGWAY
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i6.3229Palavras-chave:
adolescente, Doença renal, insuficiencia renal cronicaResumo
Com o objectivo de avaliar o impacto do tratamento por hemodiálise a uma adolescente, foi realizado um estudo no Hospital DR. Walter Strangway na província do Bié, Angola, em que foi avaliado o impacto do tratamento por meio de uma entrevista semi extruturada dirigida à adolescente e seus familiares e o processo de internamento, diagnosticada com Insuficiência Renal Crónica (IRC). O estudo teve um carácter exploratório descritivo, com uma abordagem qualitativa. A adolescente de 14 anos de idade, do sexo feminino, raça negra, foi encaminhada ao Hospital Provincial, com um estado aparentemente sã há um ano, data em que teve início de um quadro clínico caracterizado por diminuição do débito urinário, dispneia, astenia geral, anorexia, fadiga, cefaleia intensa. Após uma avaliação médica, decidiu-se a realização de exames complementares como ureia, creatinina, ecocardiograma e ecografia, foi diagnosticada com IRC. O estudo evidenciou que a Insuficiência Renal Crónica (IRC) afectou a sua rotina alimentar, assim como hídrica, e foi preciso ser readequada após o início do tratamento; a produtividade também diminuiu, pois, ela não pode mais realizar o trabalho que desenvolvia por não poder esforçar-se, devido à necessidade de cuidados com o cateter de longa duração, além de sentir cansaço e fraqueza após as sessões de hemodiálise. Conclui-se que as modificações que ocorrem na vida da adolescente em tratamento hemodialítico vão além das alterações físicas, ela apresenta prejuízo emocional e psicossocial que interfere directamente na sua qualidade de vida, facto este que pode comprometer a continuidade do tratamento.
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