ESGOTAMENTO PSÍQUICO DECORRENTE DO TRABALHO EM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47820/recima21.v4i7.3693

Palavras-chave:

Esgotamento Psíquico; Trabalho; Agentes de Saúde

Resumo

O artigo tem como tema o esgotamento psíquico decorrente do trabalho de agentes comunitários de saúde, e para nortear as análises, definiu-se como problema o levantamento das relações que se pode estabelecer entre o trabalho desenvolvido por agentes de saúde e o esgotamento psíquico. A partir daí objetivou-se contextualizar o tema esgotamento psíquico no âmbito dos estudos da psicopatologia; refletir sobre as condições de trabalho e seus estressores e analisar a atuação dos agentes de saúde. A escolha do tema foi motivada pelo exercício profissional de uma das autoras, que trabalha em uma Unidade Básica de Saúde no município de Areal/RJ e convive com agentes comunitários de saúde onde pode perceber as tarefas desenvolvidas, as ansiedades, as realizações e as dificuldades dos agentes no ambiente de trabalho. O texto fundamenta-se nos estudos da Psicologia Organizacional, da Psicopatologia para consolidar o tema esgotamento psíquico e textos disponibilizados pelo SUS sobre o agente de saúde.  Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa teórica, de base bibliográfica com consultas a artigos científicos, bem como, capítulos de livros sobre o tema. Considerou-se como resultado, que o esgotamento psíquico dos agentes comunitários de saúde, decorrente do trabalho que executam relacionam-se, em boa parte, com as condições de trabalho que envolvem:  a exaustão emocional, fruto das relações interpessoais que vivenciam; a falta de equipamentos adequados no ambiente de trabalho; o cansaço gerado pelas visitas domiciliares a lugares distantes de difícil acesso, dentre outros.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Amanda Martins de Souza

Universidade Católica de Petrópolis.

Cleia Zanatta

Universidade Católica de Petrópolis.

Nubia Gracieli Gomes

Universidade Católica de Petrópolis.

Catarina de Mello Rattes Cierco Lopes

Universidade Católica de Petrópolis.

Geovane Ferreira Silva

Universidade Católica de Petrópolis.

Referências

BASQUEROTE, A. M.; KANAN, L. A. Estresse e Síndrome de Burnout em agentes comunitários de saúde. 2014. Disponível em: <http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2014/04/Aline-machado-Basquerote.pdf>.

BELO HORIZONTE, Prefeitura municipal de. Secretaria Municipal de Saúde. Manual do

Agente Comunitário de Saúde da Atenção Primária à Saúde de Belo Horizonte: Diretrizes

técnicas para o trabalho. Belo Horizonte, 2019. Disponível em:

<https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/saude/manual-acs-3-9-2019.pdf>.

BENEVIDES-PEREIRA, A. M. T. Burnout: quando o trabalho ameaça o bem estar do trabalhador. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.

Blog unimed rio preto. O QUE É SAÚDE MENTAL? - janeiro 05, 2021. Disponível em: https://www.unimedriopreto.com.br/blog/o-que-e-saude-mental/

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. O trabalho do agente

comunitário de saúde. Brasília – DF/Ministério da Saúde, 2000. Disponível em:

<http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_acs.pdf>.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Lei n. 10.507 de 10 de julho de 2002. Cria a profissão de Agente Comunitário de Saúde e dá outras providências. Brasília, 2002.

CAMELO, S.H.H.; GALON, T.; MARZIALE, M.H.P. Formas de Adoecimento pelo trabalho dos agentes comunitários de saúde e estratégias de gerenciamento. Revista de

Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v.20, n. esp 1, p. 661-667, dez 2012.

CENN. Agente Comunitário de Saúde: quais as atribuições do ACS? Em: CEEN, Centro de

estudos; 2020. Disponível em: <https://www.ceen.com.br/agente-comunitario-de-

saude/#:~:text=Todos%20os%20ACSs%20trabalham%20dentro,ou%20est%C3%A3o%20e

m%20%C3%A1reas%20remotas.>.

DA SILVA, A. T. C.; MENEZES, P. R. Esgotamento profissional e transtornos mentais comuns em agentes comunitários de saúde. Revista de Saúde Pública, v. 42, n. 5, p. 921 – 929, 2008. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000500019>.

DEJOURS, C. Uma nova visão do sofrimento humano nas organizações. O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. São Paulo: Atlas, 1993.

DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez, 1998.

DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 5 ed. São

Paulo: Oboré, 1992.

DEJOURS, C. Conferências brasileiras – identidade, reconhecimento e transgressão no trabalho. São Paulo: Eaesp/FGV, 1999.

DEJOURS, C. et al. (Org.) Psicodinâmica do trabalho: contribuições da escola dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas, 1994.

FIGUEIREDO, E. N. A Estratégia de Saúde da Família na Atenção Básica no SUS. UNA-

SUS, UNIFESP. s.d. Disponível em:

<https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade05/unidade05.pdf>.

FRANÇA, A.C.L.; RODRIGUES, A.L. Stress e trabalho: guia básico com abordagem psicossomática. São Paulo: Ed. Atlas; 1996.

JARDIM, T. A.; LANCMAN, S. Aspectos subjetivos do morar e trabalhar na mesma comunidade: a realidade vivenciada pelo agente comunitário de saúde. Interface -Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, SP, v. 13, n. 28, p. 123-135, mar. 2009.

LAZARUS, R.; FOLKMAN, S. Stress appraisal and coping. N.T.: Spring Publishing Company, 1984.

LIMONGI FRANÇA, Ana Cristina; RODRIGUES, Avelino Luiz. Stress e trabalho: guia básico com abordagem psicossomática. São Paulo: Atlas S.A., 1997.

MARTINES, W. V. R.; CHAVES, E. C. Vulnerabilidade e sofrimento no trabalho do Agente

Comunitário de Saúde no Programa de Saúde da Família. Revista da Escola de

Enfermagem USP, São Paulo, v. 41, n. 3, p. 426-33, set. 2007.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. ESTRESSE. Universidade Estadual de Campinas. Cérebro e Mente: Revista Eletrônica de Divulgação Científica em Neurociência. 2012. disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/estresse/

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria Executiva. Programa agentes comunitários de saúde (PACS). Brasília – DF/Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pacs01.pdf>.

MOROSINI, M. V.; FONSECA, A. F. Os agentes comunitários na Atenção Primária à Saúde no Brasil: inventário de conquistas e desafios. Saúde Debate, Rio de Janeiro, v. 42, n. esp., p. 261 – 274, 2018. Disponível em:

<https://www.scielo.br/j/sdeb/a/CtVJJm7MRgkGKjTRnSd9mxG/?format=pdf&lang=pt>.

OLIVEIRA, Roberto Carlos. História do trabalho. São Paulo: Ática, 1987.

PUPIN, V. M. Agentes comunitários de saúde: concepções de saúde e do seu trabalho. 2008. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.

RIBEIRO, S. F. R.; AMARAL, P. J. V. do; STALIANO, P. Sofrimento Psíquico do Agente Comunitário de Saúde: revisão bibliográfica. R. Laborativa, v. 4, n. 1, abr. 2015, p. 79-96. Disponível em: http://ojs.unesp.br/index. php/rlaborativa

ROSA, A.J.; BONFANTI, A.L.; CARVALHO, C.S.; O Sofrimento Psíquico de Agentes Comunitários de Saúde e Suas Relações com o Trabalho. Saúde Soc. São Paulo, v.21, n.1, p.141-152, 2012.

SILVA, R.C. Metodologias participativas para trabalhos de promoção de saúde e cidadania. São Paulo: Ed. Vetor, 2002.

WAI, M. F. P. O trabalho do agente comunitário de saúde na Estratégia da Saúde da Família: fatores de sobrecarga e mecanismos de enfrentamento. 2007. Dissertação (Mestrado em Enfermagem Psiquiátrica) - Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.

Downloads

Publicado

13/07/2023

Como Citar

Martins de Souza, A., Zanatta, C., Gomes, N. G., de Mello Rattes Cierco Lopes, C., & Ferreira Silva , G. (2023). ESGOTAMENTO PSÍQUICO DECORRENTE DO TRABALHO EM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE . RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218, 4(7), e473693. https://doi.org/10.47820/recima21.v4i7.3693