TEORES DOS RADIOELEMENTOS DE POTÁSSIO, URÂNIO, TÓRIO E A AVALIAÇÃO DA DOSE ANUAL DA RADIAÇÃO DO CARBONATITO DE LONGONJO – HUAMBO - SW DE ANGOLA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47820/recima21.v4i9.3954

Palavras-chave:

Radiatividade, Carbonatito, Longonjo

Resumo

As medições da radioatividade gama espectrométrica no carbonatito de Longonjo foram feitas a pé e visaram a obtenção dos teores de concentrações dos radioelementos de K, eU e eTh, a partir de afloramento e solos. Com objetivo de avaliar a distribuição espacial de três radioelementos naturais e calcular a dose anual da radiação no ambiente envolvente a área de estudo que atravessa a interface carbonatito / solo – ar. Os mapas gerados de K (%), eTh (ppm), eU (ppm) e, o modelo de elevação de terreno possibilitaram a entender o comportamento e as direções de mobilidade dos radioelementos. As concentrações do 40K atingiram o valor máximo de 12,40%, média de 3,27 % e apresenta elevado coeficiente de dispersão (Cd = 76,69 %). Para o eU (ppm) os valores de teores variam entre 34,12 ppm a 88, 31 ppm, média de 18, 48 ppm, seis vezes superior à abundância média da crosta terrestre que oscila entre 2 e 3 ppm. A distribuição é irregular, cuja o coeficiente de dispersão (Cd = 96,35%). O eTh é o radioelemento mais abundante, com o valor máximo de 4170,00 ppm, média 626,37 ppm, apresenta valores bastante elevados em relação a abundância de tório na crosta terrestre que varia entre 8 ppm a 12 ppm, apresenta a distribuição muito irregular (Cd = 122,41%). 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Domingos Cordeiro

Doutorando do curso de Geologia, na especialidade de Recursos Minerais Sólidos, Universidade Agostinho Neto. Investigador do Instituto Geológico de Angola.

 

José Manuel Muambongue

Doutor em Ciências Geológicas. Professor Associado da faculdade de Ciências da terra, Universidade Agostinho Neto.

Hector Manuel Fernández Núñez

Doutor em Ciências Técnicas. Professor titular de la Universidad Tecnológica de la Habana – José Antonio Echeverria, CUJAE.   

Pedro Claude Nsungani

Doutor em Geologia. Professor Associado da faculdade de Ciências da terra, Universidade Agostinho Neto. 

Referências

Andreucci R. (2001). Curso básico de proteção radiológica - aspectos industriais. Andeucci, Assessoria e Serviços Técnicos Ltda .

BARMP. (1997 ). Brazil Airborne Radiometric Mapping Project. Paterson, Grant & Watson Limited (PGW), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) and Geological Survey of Canada (GSC).

Bonotton DM. (2004). Radioatividade nas águas: da Inglaterra ao Guarani. São Paulo.

CNEN. (2005). Comissão Nacional de Energia Nuclear. 2005. Diretrizes básicas de proteção radiológica. Resolução n. 27. .

Cordeiro D. (2021). Determinação de domínios gammaradiométricos como ajuda ao levantamento litológico e na selecção de zonas de concentração de elementos radioactivos, leste de Benguela e oeste do Huambo -sw da Angola.

Dickson BL & Scott KM. (1999). . Interpretation of aerial gamma-ray surveys - adding the geochemical factors. AGSO Journal of Australian Geology & Geophysics.

Grasty RL, Carson JM, Charbonneau BW & Holman PB. (1984). Natural background radiation in Canada. Geological Survey of Canada Bulletin.

Gunn PJ, Minty BRS & Milligan PR. 1997. (1997 ). The Airborne Gamma-Ray Spectrometric Response Over Arid Australian Terranes. In: GUBINS AG (Ed.). Proceedings of Exploration 97: Fourth Decennial International Conference on Mineral Exploration. Australia.

IAEA. (2003). International Atomic Energy Agency. 2003. Guidelines for radioelement mapping using gamma ray spectrometry data. Vienna.

IRCP. (2005). International Commission on Radiological Protection. 2005. Recommendations of the International Commission on Radiological Protection.

Le Maitre, R.W. (2002). Igneous rocks a Classification and Glossary of Terms Recommendations of the International Union of Geological Sciences, Sub-Commission on the Systematics of Igneous Rocks, Cambridge University Press.

LNMRI. (2002). Laboratório Nacional de Metrologia das Radiações Ionizantes. 2002. Grandezas e Unidades para Radiação Ionizante (Recomendações e definições).

Loureiro F.E.V.L. (1995). A mega-província carbonatítica Brasil-Angola e seus recursos minerais; geologia, petrografia, geoquímica, geologia económica.

Loureiro F.E.V.L. (1973). Carbonatitos de Angola. Inst. Inv, Científica Angola.

Marques. (1977). Noticia Explicativa da folha geológica de Angola á escala 1:100.000 da folha nº 378 - Chibemba.

Minty BRS. (1997 ). Fundamentals of airborne gamma-ray spectrometry. AGSO Journal of Australian Geology & Geophysics.

NCRP . (2009 ). Ionizing Radiation Exposure of the population of the United States, Medical Exposure – Are We Doing Less with more, and Is There a Role for Health Physicists?

Queiroz FCP. (1975). Distribuição da radioatividade natural no perfil de um podzol tropical e suas implicações genéticas. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal da Bahia.

Scott, B. D. (1999). Interpretation of aerial gamma-ray surveys - adding the geochemical factors. AGSO Journal of Australian Geology & Geophysics.

Tauhata L, Salati IPA, Di Prinzio & Di Prinzio Ar. (2003 ). Radioproteção e dosimetria: fundamentos.

UNSCEAR. (2000). United Nations Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation. 2000. Sources and effects of ionizing radiation. United Nations, New York, UNSCEAR Report.

Publicado

08/09/2023

Como Citar

Cordeiro, D., Manuel Muambongue, J., Fernández Núñez, H. M., & Nsungani , P. C. (2023). TEORES DOS RADIOELEMENTOS DE POTÁSSIO, URÂNIO, TÓRIO E A AVALIAÇÃO DA DOSE ANUAL DA RADIAÇÃO DO CARBONATITO DE LONGONJO – HUAMBO - SW DE ANGOLA. RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218, 4(9), e493954. https://doi.org/10.47820/recima21.v4i9.3954