ADUCANUMAB NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i9.4023Palavras-chave:
tratamento, cérebro, cogniçãoResumo
Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia crônica, caracterizada por comprometimento cognitivo progressivo e alterações neurocomportamentais. Os tratamentos comuns contra a doença de Alzheimer possuem foco sintomático e apresentam benefícios modestos. Em 7 de junho de 2021, a agência reguladora norte-americana Food And Drug Administration (FDA) aprovou o uso do medicamento Aducanumab. Objetivos: analisar a eficácia do medicamento Aducanumab no tratamento do Alzheimer. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, a questão norteadora foi “Qual a eficácia do Aducanumab no tratamento de Alzheimer?”. A busca pelos artigos ocorreu nas principais bases de dados a partir dos termos “Aducanumab”, “treatment” e “Alzheimer”, combinados entre si por operadores booleanos. Resultados e discussão: Nos últimos 25 anos, vários medicamentos direcionados ao Aβ não demonstraram eficácia clínica em ensaios, incluindo cinco anticorpos anti-Aβ: bapineuzumabe, solanezumabe, crenezumabe, ponezumabe e gantenerumabe. O aducanumab faz parte de uma nova geração de anticorpos monoclonais anti-Aβ que visam especificamente os agregados Aβ. Os anticorpos monoclonais contra Aβ como uma classe melhoraram estatisticamente a cognição por um tamanho de efeito pequeno e diminuíram fortemente a carga amiloide cerebral e p181-tau no líquido cefalorraquidiano sugerindo algum grau de modificação da doença, às custas de aumentar o risco de anormalidades de imagem relacionadas à amiloide. O Aducanumab produziu os resultados clínicos e biomarcadores promissores. Conclusão: Apesar da controvérsia, está claro que o Aducanumab reduz significativamente a Aβ no cérebro, uma das características da DA. Além disso, os resultados também mostraram que o Aducanumab diminui os níveis cerebrais de tau.
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