AVALIAÇÃO DO TEOR DE IODO PRESENTE NO SAL DE COZINHA COMERCIALIZADO NA CIDADE DE NAMPULA – 2023
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v5i2.4776Palavras-chave:
Deficiência de iodo; Iodo; Sal iodado.Resumo
A deficiência de iodo pode afetar vários aspectos do desenvolvimento humano, crescimento linear, e funcionamento fisiológico de órgãos. Felizmente, a deficiência de iodo pode ser prevenida através da iodização universal do sal. Este estudo objetivou avaliar o teor de iodo presente no sal de cozinha comercializado na Cidade de Nampula, em Moçambique. Trata-se de um estudo laboratorial, transversal com uma abordagem quantitativa. Foram coletadas um total de 33 amostras de sal de cozinha comercializado na Cidade de Nampula de diferentes tipos e marcas. A quantificação do teor de iodo no sal foi baseada no Manual do Instituto Adolfo Lutz (2008). A amostra foi constituída por 39,4% de sal do tipo fino, 30,3% do tipo grosso e 30,3% sal marinho. A adequação do teor de iodo nas amostras mostrou adequação de 42,4 % e inadequação de 57,6 %. O teor de iodo no sal foi diferente entre o teor de iodo do sal marinho com sal refinado e, o sal grosso. Os resultados observados neste estudo mostram que a maior parte dos tipos de sais comercializados na Cidade de Nampula, estão inadequados em iodo, segundo legislação vigente, pelo que se recomenda por parte das autoridades reguladoras a intensificação de suas atividades regulatórias para mitigar esta situação.
Downloads
Referências
Silva LM, Muniz RFS, Dantas AGB, Alves ATV, Bandeira AAS. Análise de iodo na forma de iodato em amostras de sais para consumo humano comercializados no Município de Campina Grande – PB. Anais III CONBRACIS. Campina Grande: Realize Editora; 2018.
Mahan LK, Raymond J. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 14 ed. Rio Janeiro: Elsevier; 2018.
Cominetti C, Cozzolino SMF (org). Bases bioquímicas e fisiológicas da nutrição: nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença. 2. ed. Barueri: Manole; 2020.
Machamba AAL. Fatores associados a concentração de iodo urinário em gestantes e nutrizes – um recorte do EMDI-Brasil [tese de doutorado]. Viçosa – Minas Gerais: Universidade Federal de Viçosa; 2021.
Jayatissa R, Gorstein J, Okosieme OE, Lazarus JH, Premawardhana LD. Stable Iodine Nutrition During Two Decades of Continuous Universal Salt Iodisation in Sri Lanka. Nutrients. 2020;12:1-9. DOI: doi:10.3390/nu12041109 DOI: https://doi.org/10.3390/nu12041109
Monie A. Determination of Iodine Content in Salt Samples Commercially Available in Debre Tabor Town, South Gondar, Ethiopia. [Dissertation]. Addis Ababa, Ethiopia: Addis Ababa University, School of Medicine; 2020.
Emelike NJT, Achinewhu SC, Ebere CO. Effect of storage on the iodine content of some table salts sold at a local and a super market in Port Harcourt, Nigeria. Sky Jour of Food Scie. 2017;6(1):001-006.
WHO/UNICEF/ICCDD. Assessment of iodine deficiency disorders and monitoring their elimination: a guide for programme managers. 3rd ed. Geneva, Switzerland: WHO Press; 2007.
John Sutton. Mapa empresarial de Moçambique. 2014. International Growth Centre. [Tradução do inglês feita pela Ana Gracias Duarte]
Mocambique. Decreto n.º 9/2016: Aprova o Regulamento de Fortificação de Alimentos com Micronutrientes Industrialmente Processados. Boletim da República, n° 46, (18 de Abril de 2016).
Zimmermann MB, Andersson M. Global perspectives in endocrinology: coverage of iodized salt programs and iodine status in 2020. Europ Journ of Endocrin. 2021;185:13-21. DOI: https://doi.org/10.1530/EJE-21-0171 DOI: https://doi.org/10.1530/EJE-21-0171
Gulamussen NJ, Chibute SP. Mozambique struggles to improve iodized salt quality. In: Iodine Global Network. Salt iodization stalls in Mozambique. Zurique: IGN. 2021;49(3):3-4.
Instituto Adolfo Lutz (BR). Métodos físico-químicos para análise de alimentos. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz; 2008.
Andrade JC. Determinações iodométricas. Chemkeys. 2001.
Doku GN, Bortey EA. Iodine levels in brands of salt on the markets of Accra, Ghana. Ghana Med J. 2018;52(3):163-167. DOI: http://dx.doi.org/10.4314/gmj.v52i3.10 DOI: https://doi.org/10.4314/gmj.v52i3.10
Goris JM, Temple VJ, Zomerdijk N, Codling K. Iodine status of children and knowledge, attitude, practice of iodised salt use in a remote community in Kerema district, Gulf province, Papua New Guinea. PLoS ONE. 2018;13(11):e0197647. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0197647 DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0197647
HettiarachchiIodine HHK, Premachandre GMG, Jayasundera ACA, Satharasinghe DA, Wanigasekera WMA. Nutrition: Iodine content in iodized salt in Sri Lanka and the effect of temperature and storage conditions on the stability. Research Square. 2023; DOI: https://doi.org/10.21203/rs.3.rs-2760760/v1 DOI: https://doi.org/10.21203/rs.3.rs-2760760/v1
Fallah SH, Khalilpour A, Amouei A, Rezapour M, Tabarinia H. Stability of Iodine in Iodized Salt Against Heat, Light and Humidity. Int J Health Life Sci. 2020;6(1):e100098. DOI: 10.5812/ijhls.100098. DOI: https://doi.org/10.5812/ijhls.100098
Alam MR, Dey M, Islam K, Reza S, Mamun S, Zaher A. Determination of Iodine Content of Commercially Available Table Salts at the Retailer Level in Selected Areas of Bangladesh. EJNFS. 2019;11(4):284-288. DOI: 10.9734/EJNFS/2019/v11i430177 DOI: https://doi.org/10.9734/ejnfs/2019/v11i430177
Da Costa OS, Abraao J, Assey V. Angola’s final sprint to universal salt iodization. In Iodine Global Network. Angola’s final sprint to universal salt iodization. Zurique: IGN. 2022;50(1):2-4
Machai JB, Magaia T, Gulamussem N, Chibute S. Avaliação do teor de iodo presente no sal de cozinha comercializado na cidade de Maputo. Rev Moçamb de Ciênc de Saúde. 2021.
Global Alliance for Improved Nutrition. Market Survey in Burkina Faso using the Fortification Assessment Coverage Toolkit (FACT), 2017.Geneva, Switzerland: Global Alliance for Improved Nutrition; 2018.
Ramugondo M, Mushaphi LF, Mabapa NS. Salt Used for the National School Nutrition Program (NSNP) in Rural Schools of Limpopo Province, South Africa, has Adequate Levels of Iodine. Biochem Resear Internat. 2021;1-9. DOI: https://doi.org/10.1155/2021/5522575 DOI: https://doi.org/10.1155/2021/5522575
Venance MS, Martin HD, Kimiywe J. Iodine Status and Discretionary Choices Consumption Among Primary School Children, Kinondoni Tanzania. Pediatric Health, Medicine and Therapeutics. 2020:11:359–368 DOI: https://doi.org/10.2147/PHMT.S265117
Appiah PK, Fenu GA, YankeyIodine FWM. Content of Salt in Retail Shops and Retailers’ Knowledge on Iodized Salt in Wa East District, Upper West Region, Ghana. Journal of Food Quality. 2020. DOI: https://doi.org/10.1155/2020/6053863 DOI: https://doi.org/10.1155/2020/6053863
Lucena KCL, De Leão NA, Eduardo N, De Mendonça EG. Avaliação do Teor de Iodo em Diferentes Sais de Cozinha no Distrito Federal (DF). Rev Inic Cient e Ext. 2019;2(Esp.1):40
Mayer EM, Lopes SO, Oliveira SS, Bittencourt JM, Fontes EAF, Priore SE, et al. Teor de iodo no sal de consumo de agricultores familiares da Região Geográfica Imediata de Viçosa – MG associado às suas procedências. In: Mayer EM. Teor de iodo na água, sal e temperos consumidos por agricultores familiares da região geográfica imediata de Viçosa – MG associados às suas procedências [dissertação]. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa; 2022
Lage NN, Nimer M, Pereira RA, Silva ME, Silva CAM. Avaliação da adequação do teor de iodo em amostras de sal refinado e de sal grosso comercializado em Ouro Preto-MG, Brasil. Demetra. 2015;10(1);99-108. DOI: http://dx.doi.org/10.12957/demetra.2015.13481 DOI: https://doi.org/10.12957/demetra.2015.13481
Habib MA, Chowdhury AI, Alam MR, Rahman T. Commercially available iodized salts in Noakhali, Bangladesh: Estimation of iodine content, stability, and consumer satisfaction level. Food Chemistry Advances 2. 2023;100294. DOI: https://doi.org/10.1016/j.focha.2023.100294 DOI: https://doi.org/10.1016/j.focha.2023.100294
Downloads
Publicado
Licença
Copyright (c) 2024 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.