PARADIGMAS E DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA NEOPLASIA DE TESTÍCULO
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v5i5.5251Palavras-chave:
Câncer de testículo, Tumores testiculares, Diagnóstico, TratamentoResumo
O câncer de testículo é uma doença maligna com alta incidência em homens jovens, entre 15 e 45 anos, sendo considerado a neoplasia maligna mais comum nessa faixa etária. Apesar de ser uma condição rara, afeta cerca de 1% a 1,5% da população masculina. No entanto, é também uma das neoplasias malignas com maior índice de cura, se diagnosticada e tratada precocemente. Este trabalho discute os desafios e paradigmas no diagnóstico e tratamento do câncer de testículo, com base na experiência de 15 casos assistidos na Santa Casa de Misericórdia Dona Carolina Malheiros, no período de 2017 a 2022. A metodologia utilizada foi descritiva, incluindo a análise dos resultados histopatológicos. Os pacientes foram diagnosticados por meio de exame físico, ultrassom de bolsa escrotal e marcadores tumorais, e posteriormente estadiados com tomografia abdominal e torácica. Constatou-se que a maioria dos casos apresentava tumores de células germinativas, incluindo seminomas clássicos, tumores de células germinativas mistos e carcinoma embrionário puro. Os seminomas clássicos foram tratados por observação pós-operatória, enquanto os casos de tumores de células germinativas mistos e carcinoma embrionário foram encaminhados para oncologia para quimioterapia ou seguimento. Alguns casos com lesões extratesticulares e tumores iniciais maiores foram encaminhados para cirurgia oncológica. Foi observado que o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso terapêutico, uma vez que os casos com massas maiores apresentaram metástases. Portanto, o diagnóstico de neoplasia testicular continua sendo um desafio médico devido ao impacto social e psicológico que causa nos pacientes jovens.
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