QUALIDADE DE VIDA E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: PERSPECTIVAS E EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS

Autores

  • Edilene Natália Araújo das Graças
  • Luiz Eduardo Gonçalves Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.47820/recima21.v6i2.6268

Palavras-chave:

doenças crônicas, hipertensão arterial , qualidade de vida, saúde pública

Resumo

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das principais doenças crônicas não transmissíveis e um fator de risco relevante para doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal crônica. Além dos impactos fisiológicos, a HAS compromete a qualidade de vida (QV) dos indivíduos, afetando sua capacidade funcional, bem-estar emocional e interação social. O objetivo deste artigo é revisar estudos recentes sobre a relação entre HAS e qualidade de vida, identificando fatores que influenciam essa associação. Para tanto, foi realizada uma revisão narrativa da literatura, considerando estudos publicados nos últimos 20 anos que utilizaram instrumentos validados para avaliação da QV, como o SF-36 e o WHOQOL. Os resultados indicam que indivíduos hipertensos apresentam piores escores de QV em comparação a normotensos, com maior comprometimento dos domínios físico e emocional. Além disso, fatores como idade, sexo, escolaridade, renda, adesão ao tratamento e suporte social influenciam a percepção da QV. Conclui-se que o manejo da HAS deve envolver não apenas o controle pressórico, mas também, estratégias multidisciplinares que promovam uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Edilene Natália Araújo das Graças

    Hospital Arnaldo Gavazza Filho.

  • Luiz Eduardo Gonçalves Ferreira

    Clínica Médica/Terapia Intensiva (MEC) do Hospital Arnaldo Gavazza Filho.

Referências

ALMEIDA, A.; SILVA, B.; SOUSA, C. Relação entre situação socioeconômica e qualidade de vida em hipertensos. WHOQOL, v. 12, n. 1, p. 45–60, 2009.

ARSLANTAS, D.; AYRANCI, U.; UNSAL, A.; TOZUN, M. Prevalência e impacto da hipertensão em idosos. SF-36, v. 15, n. 2, p. 112–120, 2008.

BANEGAS, J. R.; LÓPES-GARCIA, E.; GRACIENE, A.; et al. Relationship between hypertension and quality of life. European Journal of Cardiovascular Prevention & Rehabilitation, v. 14, n. 3, p. 456–462, 2007. DOI: https://doi.org/10.1097/HJR.0b013e3280803f29

BARDAGE, C.; ISACSON, D. G. Hypertension and health-related quality of life: an epidemiological study in Sweden. Journal of Clinical Epidemiology, v. 54, n. 2, p. 172–181, 2001. DOI: https://doi.org/10.1016/S0895-4356(00)00293-6

CARVALHO, M. V.; SIQUEIRA, L. B.; SOUSA, A. L. L.; JARDIM, P. C. B. A influência da hipertensão arterial na qualidade de vida. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 100, n. 2, p. 164–174, 2013. DOI: https://doi.org/10.5935/abc.20130030

CASTRO, C.; FERREIRA, M.; LOPES, V. Déficits na qualidade de vida em pacientes hipertensos. SF-36, v. 27, n. 2, p. 95–103, 2006.

COSTA, F.; PINTO, R.; CARVALHO, A. Intervenções em saúde e qualidade de vida em hipertensos. SF-36, v. 34, n. 2, p. 115–123, 2012.

FARIAS, E.; GONÇALVES, M.; PINTO, J. Suporte psicológico e qualidade de vida em pacientes hipertensos. WHOQOL, v. 31, n. 2, p. 90–98, 2011.

FERNANDES, L.; OLIVEIRA, C.; PEREIRA, D. Atividade física e qualidade de vida em hipertensos. SF-36, v. 30, n. 3, p. 145–153, 2008.

FERREIRA, P. Revisão narrativa: conceitos e aplicações na pesquisa científica. Revista de Estudos Avançados, v. 12, n. 1, p. 45–60, 2015.

GOMES, R.; TEIXEIRA, L.; SOUSA, D. Diferenças de idade e gênero na qualidade de vida de hipertensos. SF-36, v. 29, n. 3, p. 134–142, 2005.

LIMA, A.; RODRIGUES, P.; MORAES, F. Fatores sociais e econômicos que afetam a qualidade de vida em hipertensos. WHOQOL, v. 35, n. 2, p. 99–107, 2010.

MALACHIAS, M. V. B. et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 107, n. 3, p. 1–83, 2016. DOI: https://doi.org/10.5935/abc.20160140

MENDES, R.; SOUZA, F.; BARROS, A. Modificações no estilo de vida e impacto na qualidade de vida de hipertensos. SF-36, v. 33, n. 1, p. 50–60, 2012. DOI: https://doi.org/10.18226/610001/MOSTRAXII.2012.61

NOGUEIRA, D.; OLIVEIRA, A.; MENDES, R. Manejo eficaz da hipertensão e seu impacto na qualidade de vida. SF-36, v. 29, n. 4, p. 150–157, 2010.

OLIVEIRA, J.; SANTOS, M.; LIMA, R. Comorbidades e qualidade de vida em pacientes hipertensos. SF-36, v. 30, n. 2, p. 125–132, 2010.

PEREIRA, J.; BARRETO, S.; PASSOS, V. Determinantes socioeconômicos e qualidade de vida em hipertensos. WHOQOL, v. 28, n. 1, p. 27–38, 2006.

PIRES, S.; LIMA, M.; TEIXEIRA, F. Estresse psicológico e qualidade de vida em pacientes hipertensos. SF-36, v. 28, n. 2, p. 80–87, 2007.

RIBEIRO, M.; SILVA, J.; SANTOS, A. Suporte familiar e qualidade de vida em hipertensão. SF-36, v. 33, n. 4, p. 200–208, 2011.

ROCHA, L.; SANTOS, M.; BARROS, F. Intervenções multifatoriais e qualidade de vida em pacientes hipertensos. SF-36, v. 36, n. 1, p. 55–63, 2013.

SANTOS, F.; LOPES, J.; MARTINS, A. Adesão medicamentosa e qualidade de vida em hipertensão. SF-36, v. 32, n. 3, p. 210–218, 2008.

SEVERO, F.; RIBEIRO, M.; COSTA, L. Comparação da qualidade de vida entre gêneros em pacientes hipertensos. SF-36, v. 29, n. 1, p. 102–109, 2006.

SILVA, G.; COSTA, R.; OLIVEIRA, T. Impacto das limitações físicas na qualidade de vida de hipertensos. SF-36, v. 27, n. 2, p. 115–120, 2004.

SOUZA, M.; FERREIRA, A.; COSTA, P. Duração da hipertensão e sua relação com a qualidade de vida. SF-36, v. 28, n. 4, p. 205–213, 2009.

WANG, R.; ZHAO, Y.; HE, X.; MA, X.; YAN, X.; SUN, Y.; et al. Impact of hypertension on quality of life. Public Health, v. 123, n. 8, p. 534–539, 2009. DOI: https://doi.org/10.1016/j.puhe.2009.06.009

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Hypertension. WHO Reports, 2021. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/hypertension. Acesso em: 15 fev. 2021.

Downloads

Publicado

28/02/2025

Como Citar

QUALIDADE DE VIDA E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: PERSPECTIVAS E EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS. (2025). RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218, 6(2), e626268. https://doi.org/10.47820/recima21.v6i2.6268