O USO DO CARBONATO DE LÍTIO NO TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR - UMA REVISÃO ATUALIZADA
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v2i9.774Palavras-chave:
Lítio; , Carbonato de Lítio; , Transtorno Bipolar.Resumo
O lítio é um metal encontrado nas rochas de magma, descoberto pelo sueco Arfwedson e possui diversas funcionalidades, dentre elas está a elaboração de baterias e lubrificantes, assim como na indústria farmacêutica, como agente no Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), mostrando-se o mais eficaz dentre os fármacos para esse distúrbio, na forma de carbonato. O TAB se caracteriza pela alternância de humor, com episódios de mania, hipomania e depressão, o que afeta consideravelmente a vida do indivíduo em caráter social, principalmente, podendo ocorrer também tendências suicidas. O carbonato de lítio é, então, o mais indicado para o TAB, pois pode ser utilizado em várias fases da doença. Foram pesquisados artigos nas bases de dados como Google Acadêmico, Ministério da Saúde, E-book, Teses e Artigos Acadêmicos e National Library of Medicine (Pubmed), ProQuest Databases, entre 2012 e 2021, utilizando como descritores: “carbonato de lítio no TAB”, “transtorno afetivo bipolar”, “lítio/lithium” e “mecanismo de ação do carbonato de lítio”. O mecanismo de ação sugere que há a diminuição nas concentrações de Inositol e Diacilglicerol (DAG), que atuam como mensageiros em vários mecanismos de sinalização intracelulares, visto que a concentração dessas substâncias é maior em bipolares e a diminuição leva à atenuação sintomática. Evidenciou-se, também, outras ações terapêuticas importantes, como o seu protagonismo na prevenção de suicídio, e em estudos mais recentes, na neuroproteção e neuroplasticidade, ligadas à demência. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura geral sobre o lítio, buscando informações, que salientaram o seu indispensável uso na farmacoterapia bipolar.
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