USO INDISCRIMINADO DA PREDNISOLONA: RISCOS E CONSEQUÊNCIAS À SAÚDE HUMANA
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v5i11.5945Palavras-chave:
Risco à saúde, AutomedicaçãoResumo
O uso indiscriminado de medicamentos é tido como uma problemática bastante discutida na cultura médico-farmacêutica. Dentro desse contexto, o uso indiscriminado da prednisolona se enquadra como um fenômeno que pode levar a sérias consequências como efeitos indesejáveis, enfermidades iatrogênicas, mascaramento de doenças evolutivas, além da ampliação de custos para o paciente e para o sistema de saúde. Objetivo Geral: conhecer os riscos e consequências do uso indiscriminado da prednisolona à saúde humana. Metodologia: Para a elaboração desta revisão foram percorridas seis fases: 1 - elaboração da questão norteadora; 2 – pesquisa nas bases de dados adotando critérios de inclusão e exclusão; 3 - extração dos dados relevantes; 4 - avaliação dos estudos; 5 - interpretação dos resultados; 6 - apresentação da revisão. Resultados e Discussão: Frente às buscas nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO foram encontrados 123 estudos, após aplicação de critérios de inclusão e exclusão restaram 10 artigos do tipo primários, disponíveis on-line, publicados entre 2014 e 2024, nos idiomas português, inglês e espanhol. Não foram incluídos teses, dissertações, monografias, relatos de experiências, manuais e editoriais. Considerações: Ficou evidenciado que o uso excessivo e prolongado da prednisolona no Brasil está relacionado, em sua maioria, à facilidade no acesso à medicação e aos hábitos culturais da sociedade quanto à indicação por profissionais não qualificados, levando a consequências na saúde e na qualidade de vida de quem o faz, sobretudo quando os usuários são portadores de alguma comorbidade.
Downloads
Referências
ALMEIDA, A. A. B.; CHAVES, A. C. T. A. Uso indiscriminado dos corticosteroides no manejo de doenças respiratórias em uma drogaria em Feira de Santana - BA: Ênfase na rinite alérgica. Textura, Governador Mangabeira- BA, v.11, n. 20, p.56-64, jan./jun, 2018. DOI: https://doi.org/10.22479/244799342018v11n20p57-65
AMARAL, S.; PIMENTA, F.; SANT'ANA, C. Asma infantil e estresse familiar: revisão de literatura sobre intervenções familiares. Actas de Psicologia da Saúde, Lisboa, p. 741-749, jan. 2018.
BUSFIELD J. Assessing the overuse of medicines. Soc Sci Med, v. 131, p. 199-206, 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2014.10.061
CAIXA, M. et al. Corticoterapia nasal em crianças com rinite alérgica - que efeito no eixo hipotálamo-hipófise-supre-renal e no crescimento. Serviço de Otorrinolaringologia, Portugal, v. 52, n. 3, p.155-157, set. 2014.
CAMPOS, H. Corticoterapia. Arq Asma Alergia e Imunologia, v. 2, n. 3, p. 324-334, 2018. DOI: https://doi.org/10.5935/2526-5393.20180037
COSTA, M. C. V. et al. Assistência, atenção farmacêutica e a atuação do profissional farmacêutico na saúde básica. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 4, n. 2, p. 6195-6208 mar./abr. 2021. DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv4n2-174
DOMINGUES, P. H. F. et al. Prevalência e fatores associados à automedicação em adultos no Distrito Federal: estudo transversal de base populacional*. Epidemiologia e Serviços de Saúde, [S. l.], v. 26, n. 2, p.319-330, mar. 2017. DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000200009
ESTHER, A. et al. Uso racional de medicamentos, farmaceuticalização e usos do metilfenidato. Ciênc. saúde colet., v. 22, n. 8, ago. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232017228.08622017
FILLER, L. N. et al. Caracterização de uma amostra de jovens e adultos em relação à prática de automedicação. Psicologia e Saúde em debate, v. 6, n. 2, p. 415–429, 2020. DOI: https://doi.org/10.22289/2446-922X.V6N2A27
HAHN, D. et al. Corticosteroid therapy for nephrotic syndrome in children. Cochrane Database Syst Rev., v. 18, p. CD001533, 2015. DOI: https://doi.org/10.1002/14651858.CD001533.pub5
LEBADA, O. C.; MĂEREAN. E. T.; INȚA Roxana-Flofina. Efeitos colaterais da terapia com glicocorticoides: Relato de Caso. AMT, v. 26, n. 2, p. 23, 2021.
LEEUW, S. V. D. et al. The minimal clinically important difference of the control of allergic rhinitis and asthma test (CARAT): cross-cultural validation and relation with pollen counts. Npj Primary Care Respiratory Medicine, v. 25, n. 1, p. 01-06, jan. 2015. DOI: https://doi.org/10.1038/npjpcrm.2014.107
LOPES, W. F. L. et al. A prática da automedicação - PI. Revista Interdisciplinar, v. 7, n. 1, p.17-24, mar. 2014.
MALIK, M. et al. Self-medication during Covid-19 pan - demic: challenges and opportunities. Drugs Ther Perspect, v. 36, p. 565-7, 2020. DOI: https://doi.org/10.1007/s40267-020-00785-z
MELO, D. N. S. Efeitos do uso de glicocorticoides sobre metabolismo da glicose em ratos estudo comparativo entre dexametasona e predinisona. 2016. 57f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2016.
NEAL, W. A.; JOHN, C. C. Disorders of lipoprotein metabolism and transport. In: KLIEGMAN, R. M.; STANTON, B. F.; ST-GEME, J. W.; SCHOR, N. F. (editors). Nelson textbook of pediatrics. 20th ed. Philadelphia: Saunders, 2016. p. 691-715.
OLIVEIRA, J.; PAIM, R. S. P. Consumo de medicamentos por automedicação entre acadêmicos de enfermagem: um revisão bibliográfica. Fsg, Caxias do Sul, p.1- 3 out. 2017.
PANERARI, J.; GALENDE, S. B.. Corticosteroides usados no tratamento da asma brônquica. Revista Unigá, v. 24, n. 1, p. 50-55, out. 2015.
PARRÉIRA, N. S. M. et al. Automedicação prolongada de corticoides: riscos e motivações. Rev. Cient. do Tocantins ITPAC Nacional Porto, v. 1 n. 1 p. 1-11 dez. 2021.
PEREIRA, G. F. et al. Uso de corticoide inalado e sua implicação nível de eosinófilos periféricos. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia, v. 3, n. 4, p. 465- 459, 2019. DOI: https://doi.org/10.5935/2526-5393.20190062
PIZZOL, T. S. D. et al. Use of medicines and other products for therapeutic purposes among children in Brazil. Rev Saude Publica, v. 50, n. Supl. 2, p. 12s, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2016050006115
RIANELLI, T. M. S.; ANDRADE, L. G. O uso indiscriminado de corticosteroídes no manejo das doenças respiratórias em crianças. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, São Paulo, v. 8, n. 03, mar. 2022. DOI: https://doi.org/10.51891/rease.v8i3.4755
RIBEIRO, D. et al. Effect of glucocorticoids on growth and bone mineral density in children with nephrotic syndrome. Eur J Pediatr., v. 174, p. 911-7, 2015. DOI: https://doi.org/10.1007/s00431-014-2479-z
SILVA, L. S. et al. Incidência da automedicação no uso indiscriminado de antiinflamatórios esteroidais e não esteroidais entre universitários de ImperatrizMA. Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 2, p. 862-887, mar./apr. 2019.
SOTERIO, K. A.; SANTOS, M. A. Automedicação no brasil e a importância do farmacêutico na orientação do uso racional de medicamentos de venda livre: uma revisão. Revista da Graduação PUCRS, Rio Grande do Sul, p.1-15, abr. 2016.
SOUSA, A. A. H. et al. Prevalência e fatores relacionados com a automedica. RevInter Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, v. 7, n. 3, p. 140-149, out. 2014. DOI: https://doi.org/10.22280/revintervol7ed3.188
VALAVI, E. et al. Efeito da prednisolona sobre o crescimento linear em crianças com síndromenefrótica. J. Pediatr., (Rio J.), v. 96, n. 1, jan./feb. 2020.
VALENTE, O.; SUSTOVICH, D. R.; ATALLAH, A. N. Efeitos metabólicos e manuseio clínico dos corticosteroides. In: BORGES, Durval Rosa. Atualização terapêutica: manual prático de diagnóstico e tratamento. Porto Alegre: Artes Medicas, 2016. p. 1322-1323.
Downloads
Publicado
Como Citar
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 RECIMA21 -Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.