MUSEU BRASILEIRO DA CANNABIS
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v6i8.6724Palavras-chave:
Cannabis; Museu; Epistemologias do Sul; Mitologia; Política de Drogas; Cura Ancestral.Resumo
Este artigo propõe uma investigação multidisciplinar, histórico-filosófica e etnobotânica sobre a constituição do Museu Brasileiro da Cannabis, abordando seus pressupostos políticos, epistemológicos e ancestrais. A partir de um diálogo entre estudos canábicos, epistemologias do Sul, mitologia comparada, filosofia da ciência e crítica cultural, o trabalho reconstrói genealogias esquecidas da cannabis no Brasil e propõe uma reflexão crítica sobre o papel do museu como espaço contra-colonial. São discutidas as narrativas proibicionistas, os usos tradicionais da planta, suas relações com práticas espirituais e medicinais, bem como os riscos atuais de apropriação corporativa e epistemicida das biotecnologias canábicas. Trata-se de um esforço por compreender a cannabis como signo de resistência, memória e cura.
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