COMO A FISIOPATOLOGIA DA SÍNDROME DE GILBERT AFETA O DIA A DIA DOS PACIENTES PORTADORES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v5i10.5731Palavras-chave:
Síndrome de Gilbert, UDP-glicuroniltrasnferase, SíndromeResumo
A Síndrome de Gilbert (SG) configura-se como uma patologia hereditária, na qual ocorre uma mutação no gene UGT1A1, reduzindo a atividade da enzima UDP-glicuroniltransferase, cuja consequência é alterar os níveis de bilirrubina não conjugada no sangue, gerando hiperbilirrubinemia. Esse excesso de bilirrubina indireta sérica pode levar a diversas manifestações clínicas. Através do presente estudo, observou-se que os sintomas da SG podem ter tanto efeitos prejudiciais quanto benéficos. Dentre os malefícios, destacam-se icterícia, dor epigástrica e falta de energia. Por outro lado, proteções cardiovasculares e efeitos antioxidantes caracterizam alguns dos benefícios dessa mutação. O diagnóstico requer, além de exames complementares, uma avaliação dos níveis séricos de bilirrubina total. Nota-se que o aumento exacerbado da bilirrubina indireta é influenciado por diversos fatores, como etnia, tabagismo, hábitos alimentares, genética e sexo. Ademais, configura-se como uma molécula com efeitos anti-inflamatórios, antiaterogênicos, antitrombóticos e imunomoduladores, porém relata-se um aumento no risco de desenvolver diabetes mellitus, câncer de cólon e de mama. A SG é prevalente no sexo masculino e não requer tratamento farmacoterápico ou dietético, entretanto deve ser realizado um acompanhamento especializado periodicamente.
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