EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PERSPECTIVAS E INTEGRAÇÃO NO CURRÍCULO ESCOLAR

Resumo

Este artigo analisa a prática da educação ambiental no ensino formal brasileiro, ressaltando sua relevância como estratégia essencial para a formação cidadã e para a promoção da sustentabilidade em um cenário marcado por graves desafios socioambientais. A pesquisa qualitativa, de caráter exploratório é baseada em revisão bibliográfica e documental, foi conduzida nos bancos de dados SciELO, Google Scholar e Portal CAPES, contemplando publicações entre 2014 e 2024, além de documentos oficiais brasileiros e obras tradicionais sobre metodologias pedagógicas e políticas educacionais. Como critérios de inclusão, foram considerados apenas trabalhos voltados à realidade brasileira, com ênfase na educação ambiental em sua dimensão metodológica, normativa e curricular. Os resultados evidenciam que a educação ambiental, embora reconhecida legalmente como prática transversal, apresenta-se de forma periférica nas escolas, com dificuldades de aplicação efetiva e lacunas na formação docente. Persistem desafios como fragmentação curricular, superficialidade na abordagem, falta de recursos e desmotivação institucional. Verificou-se, ainda, que a implementação de um componente curricular específico é defendida como possibilidade de fortalecer a temática, mas pode gerar tensões adicionais, como sobrecarga curricular ou isolamento do caráter transversal. Conclui-se que a consolidação da educação ambiental demanda estratégias combinadas: formação continuada de professores, ambientalização curricular e metodologias contextualizadas que articulem ações transversais a espaços específicos de discussão. Apenas por meio dessa integração será possível transformar práticas educativas, aproximando alunos de suas realidades e contribuindo para a construção de uma cidadania ambiental crítica e comprometida.