FARMACOTERAPIA APLICADA ÀS REAÇÕES IMUNOLÓGICAS DA HANSENÍASE
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v3i4.1340Palavras-chave:
Hanseníase, Farmacoterapia, Sistema imunológicoResumo
A hanseníase é uma patologia infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, ao qual é uma bactéria gram-positiva resistente e que pode infectar os nervos periféricos. Sendo assim, a hanseníase é considerada uma doença com um alto poder infeccioso e baixo nível patogênico, e por isso, associada a 95% de imunidade na maioria das populações de ocorrência. Nesse contexto, o modelo mais eficaz a ser adotado para o controle da hanseníase baseia-se na complementariedade das ações; com início no diagnóstico precoce, tratamento especializado e contínuo dos casos diagnosticados, prevenção de incapacidades, vigilância aos contatos domiciliares do paciente, até a alta por cura. Contudo, alguns pacientes podem apresentar reação hansênica tipo 1, reação essa que ocorre frequentemente logo após o início do tratamento, apresentando reações inflamatória granulomatosa e necrose tecidual concomitante ao possível comprometimento neurológico sintomático. Em contrapartida alguns pacientes podem apresentar a reação hansênica tipo 2, reação essa que ocorre geralmente durante e após o tratamento e é determinado pela manifestação de nódulos na pele de aparecimento súbito. Assim, o tratamento da hanseníase é poliquimioterápico, ambulatorial e utiliza esquemas terapêuticos padronizados, preconizados pela Organização Mundial da Saúde. Valendo lembrar que a hanseníase é uma doença curável, controlável e de tratamento gratuito.
Downloads
Referências
BRASIL, Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde. Portaria Conjunta N.º 125, de 26 de março de 2009. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/2009/poc0125_26_03_2009.html. Acesso em: 06 de Jul de 2021.
BOECHAT, Nubia; PINHEIRO, Luiz CS. A Hanseníase e a sua Quimioterapia. Revista Virtual de Química, v. 4, n. 3, p. 247-256, 2012.
BORGES, Larissa de Godoy; FRÖEHLICH, Pedro Eduardo. Talidomida: novas perspectivas para utilização como antiinflamatório, imunossupressor e antiangiogênico. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 49, p. 96-102, 2003.
DRUMMOND, Paula Lana de Miranda et al. Adverse events in patients with leprosy on treatment with thalidomide. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 52, 2019.
EICHELMANN, K. et al. Leprosy. An Update: Definition, Pathogenesis, Classification, Diagnosis, and Treatment. Servicio de Dermatología, Hospital Universitario José Eleuterio González. Vol. 104. Issue 7. pages 554-563. 2013.
FREITAS, Thais Helena Proença de; SOUZA, Daniella Abbruzzini Ferreira de. Corticosteróides sistêmicos na prática dermatológica. Parte I: Principais efeitos adversos. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 82, n. 1, p. 63-70, 2007.
GARRISON JR, Louis P. et al. The cost‐effectiveness of initial treatment of multiple myeloma in the US with bortezomib plus melphalan and prednisone versus thalidomide plus melphalan and prednisone or lenalidomide plus melphalan and prednisone with continuous lenalidomide maintenance treatment. The oncologist, v. 18, n. 1, p. 27-36, 2013.
GONÇALVES, H. S. Esquema único de tratamento da Hanseníase: influências das formas clínicas nos efeitos indesejáveis dos fármacos. 2010. 144 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, UFC, Fortaleza, CE, 2010.
GOULART, Isabela Maria Bernades et al. Efeitos adversos da poliquimioterapia em pacientes com hanseníase: um levantamento de cinco anos em um Centro de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 35, p. 453-460, 2002.
GOUVÊA, Aline Russomano et al. Interrupção e abandono no tratamento da hanseníase. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 4, p. 10591-10603, 2020.
KRETZSCHMAR, Gabriela Canalli. Estudo de associação entre o receptor 1 do complemento e a hanseníase. 2016.
LEITE, Cleber Queiroz et al. Guia prático da Hanseníase na atenção básica. São José dos Pinhais: Editora Brazilian Journals, v.1 p. 1-35 2022.
LEITE, Cleber Queiroz; SANTOS, Brian França dos. Educação em saúde frente ao preconceito da hanseníase e seus estigmas sociais.. In: COSTA, Ana Carolina Messias de Souza Ferreira (Org.). Internacional Saúde Única (Interface Mundial) Recife: Even3, 2021.
MENDONÇA, Vanessa Amaral et al. Imunologia da hanseníase. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 83, p. 343-350, 2008.
MINISTÉRIO DA SAÚDE – SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Portaria conjunta nº 125 de 26 de março de 2009. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/2009/poc0125_26_03_2009.html. Acesso em: 16 de julho de 2021.
MINISTÉRIO DA SAÚDE - SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE - DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA E DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS. Guia prático sobre a hanseníase, Brasília, 2017. Disponível em: <https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/22/Guia-Pratico-de-Hanseniase-WEB.pdf>. Acesso em 21 de Julho de 2021.
SANTOS, Dyana Verena dos Anjos. Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes cadastrados no Programa Nacional de Controles a Hanseníase (PNCH) no Município de Santo Antonio de Jesus-Bahia. 2013.
SOUSA, Adriana Alves et al. Adesão ao tratamento da hanseníase por pacientes acompanhados em unidades básicas de saúde de Imperatriz-MA. SANARE-Revista de Políticas Públicas, v. 12, n. 1, 2013.
TEIXEIRA, M. A. G. et al. Características epidemiológicas e clínicas das reações hansênicas em indivíduos paucibacilares e multibacilares, atendidos em dois centros de referência para hanseníase, na Cidade de Recife, Estado de Pernambuco. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 43(3): 287-292.
TRINDADE, Luciana Cavalcante et al. JOÃO PESSOA, ESTADO DA PARAÍBA. Cad. Saúde Colet, v. 17, n. 1, p. 51-65, 2009.
URA,Somei. Tratamento e controle das reações hansênicas. Hansenologia Internationalis: hanseníase e outras doenças infecciosas, v. 32, n. 1, p. 67-70, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2022 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.