O CONHECIMENTO QUE A VIDA ENSINA E A ESCOLA PRECISA RECONHECER
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v6i8.6557Palavras-chave:
Educação de Jovens e Adultos. Saberes da vida. Conhecimento prévio. Aprender com sentido. Respeito à trajetória.Resumo
Este artigo nasceu da escuta atenta e do olhar sensível sobre a trajetória de tantos jovens e adultos que, mesmo diante de tantos obstáculos, decidiram voltar a estudar. A pesquisa, de caráter exclusivamente bibliográfico, buscou compreender como os saberes da experiência aqueles aprendidos na vida, no trabalho, nas relações e nas lutas diárias podem (e devem) ser valorizados na Educação de Jovens e Adultos. A partir do diálogo com autores como Paulo Freire, Miguel Arroyo, Maurice Tardif e António Nóvoa, o estudo defende que o conhecimento não começa na escola, mas sim na vida. Os resultados apontam que reconhecer o que o aluno já sabe é uma forma de dar sentido ao que ele ainda pode aprender, tornando a aprendizagem mais significativa, respeitosa e verdadeira. Quando a escola acolhe as vivências dos estudantes e constrói o saber com base nelas, ela se transforma em um espaço de reencontro com a dignidade e com o prazer de aprender.
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