SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS: AVALIAÇÃO NA OPTOMETRIA
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i3.2913Palavras-chave:
Zika, Virus, Optometria, Transtornos, VisuaisResumo
No final do ano de 2015, surgem os primeiros casos de recém-nascidos com microcefalia relacionada ao vírus da Zika, em Pernambuco. Diante da forma severa, do baixo volume encefálico e do potencial destrutivo do vírus, especialistas sugerem o termo Síndrome Congênita do Zika vírus. O presente estudo objetiva analisar os transtornos visuais e as alterações motoras associadas em crianças com a Síndrome Congênita do Zika vírus. A pesquisa adotou a abordagem quantitativa, longitudinal, sendo que do ponto de vista dos objetivos se apresenta como descritiva e analítica, com procedimentos técnicos de estudo de caso coletivo. A investigação contou com 16 crianças atendidas num Centro de Reabilitação de Pernambuco; diagnosticadas e confirmadas pela infecção do Zika vírus. O trabalho pode contribuir cientificamente para esta temática que conta com poucos estudos. Através das análises pode-se afirmar que as crianças com Síndrome Congênita do Zika vírus apresentaram um desenvolvimento atípico para a idade, e que a partir do olhar da Optometria demonstram suas potencialidades em várias áreas do desenvolvimento visuo motor. Os achados mostraram evolução em todas as crianças no conjunto das avaliações. A maioria das crianças apresentou alterações motoras graves as quais estão associadas às alterações e dificuldades visuais também graves. A caracterização desses achados poderá orientar o planejamento e as condutas terapêuticas visuais e multidisciplinares adotadas pela Optometria, possibilitando sugerir algumas orientações na reabilitação visual, bem como para pais e cuidadores.
Downloads
Referências
ALBUQUERQUE, M.F.P.M. et.al. Epidemia de microcefalia e vírus Zika: a construção do conhecimento em epidemiologia. Cad. Saúde Pública, 34(P), 2018.7
BRASIL, Cadernos de Educação Especial. CAVALCANTE, T.C.F. A pessoa com deficiência motora frente ao processo da alfabetização. MEC/SEB: Brasília 2012, cap. 2, p. 10.
BRAVO, A.D.; DUGNANI, K.C.B. Análise de Artigos em Periódicos Nacionais. In: Costa, M.P.R. Múltiplas Deficiências: Pesquisa & intervenção. São Carlos: Pedro & João Editores. p. 19-26. 2009.
COSTA, M.P.R.(Org.) Múltipla Deficiência: Pesquisa e Intervenção. São Carlos: Pedro &João Editores, 2009.
COSTA, M.P.R.; RANGNI, R.A. (Org.). Surdocegueira: estudos e reflexões. São Carlos: Pedro & João Editores, 2015.
DINIZ, D. Zika: do sertão nordestino à ameaça global. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1ª edição, 2016.
DUFFY, et al. Surto de vírus Zika na Ilha Yap, Estados Federados da Micronésia. 2009. The new england journal o f medicine 360;24 nejm.org june 11, 2009 Disponível em: http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa0805715
EICKMANN, S.H., et al. Síndrome da Infecção Congênita pelo vírus Zika. Cad. Saúde Pública, Rio de janeiro, 32(7) e 00047716, jul., 2016. https://doi.org/10.1590/0102-311X00047716
FEITOSA, I.M.L.; FACCINI, L.S.; SANSEVERINO, M.T.V. Aspectos importantes da Síndrome da Zika Congênita para o pediatra e o neonatologista. Boletim Científico de Pediatria, v. 5, n.3. 2016. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13139
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, Apoio Psicossocial para mulheres grávidas e famílias com microcefalia e outras complicações neurológicas no contexto do Zika vírus; Guia preliminar para provedores de cuidados à saúde. WHO/ZIKV/MOC/16.6, 2016. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/204492/WHO_ZIKV_MOC_16.6_por.pdf;sequence=5
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE, 2015 a. SZC – Síndrome da Zika. Cartilha para Profissionais de Saúde da Atenção Básica. Brasília, DF: OPAS, 2017.
SALGE, A.K.M., et al. Infecção pelo vírus Zika na gestação e microcefalia em recém-nascidos: revisão integrativa de literatura. Rev. Eletr. Enf.[Internet]. 2016;18:e1150. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v18.39888.
SOUZA, A. M. C. P.; et al. Perspectivas atuais e prognóstico motor sobre a Síndrome Congênita do Zika vírus. Rev. Eletrôn. Atualiza. v.7, n.7, p.33 – 44. Salvador. 2018. Disponível em: https://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2022/05/perspectivas-atuais-e-prognostico-motor-sobre-a-sindrome-congenita-do-zika-virus-v-7-n-7-1.pdf Acesso em: 28/12/2022.
VENTURA, C.V., MAIA, M., BRAVO-FILHO, V., GOIS A.L., BELFORT, R. Jr. Zika virus in Brazil and macular atrophy in a child with microcephaly. Lancet [Internet]. 2016a [acesso em: 31 mar. 2016]; 387(10015):228. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(16)00006-4 .
VENTURA, C.V., MAIA M., VENTURA, B.V., VAN DER LINDEN, V., ARAUJO, E.B., RAMOS, R.C., et al. Ophthalmological findings in infants with microcephaly and presumable intra-uterus Zika virus infection. Arq. Bras. Oftalmol. [Internet]. 2016b [acesso em: 31 mar. 2016];79(1):1-3. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5935/0004-2749.20160002 .
Prefeitura do Município de São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Desenvolvimento da Gestão Descentralizada – COGest Área Temática de Assistência Farmacêutica CENTRO DE INFORMACÕES SOBRE MEDICAMENTOS Teratogenicidade e uso de medicamentos na Gravidez e Amamentação. Disponível em: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/assistenciafarmaceutica/medgrav.pdf Acesso em 03/07/2019
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2023 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.