USO POPULAR DE PLANTAS MEDICINAIS EM UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA NO INTERIOR DA BAHIA
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v5i6.5309Palavras-chave:
Cultura, Farmacologia, QuilomboResumo
Desde os primórdios da humanidade, as plantas medicinais são popularmente utilizadas como método alternativo para o tratamento paliativo de algumas enfermidades, sendo essa prática fortemente influenciada pela herança cultural africana. Nas comunidades tradicionais, de fato, os moradores apresentam modos de vida e cultura diferenciados, fortemente ligados ao meio natural e aos ciclos que a terra passa. A fitoterapia é uma abordagem terapêutica que se baseia no emprego de plantas medicinais, das quais podem ter o seu cultivo destinado exclusivamente para o tratamento de doenças. Essas espécies vegetais podem estar em seu estado natural, sendo corriqueiramente consumidas como um todo, ou podem estar divididas em partes específicas, como a raiz ou as folhas. O presente estudo busca relacionar o uso dessas plantas com a cultura quilombola e o seu efeito na vida diária dos moradores dessa localidade. Objetivos. Conhecer o uso popular de plantas medicinais dentro da comunidade, bem como sua eficácia e benefícios. Metodologia. Refere-se a um estudo descritivo e exploratório, com aspectos quantitativos, baseado em procedimentos técnicos provenientes de um levantamento de campo, realizado no quilombo de Thiagos, em Ribeirão do Largo - BA. Resultados. Com base no levantamento de dados 25 plantas foram apontadas como sendo utilizadas pela população, sendo de uso mais frequente entre os moradores da localidade a Melissa officinalis, Pimpinella anisum e Plectranthus barbatus, e outras se destacaram pelas finalidades citadas, como a Pereskia aculeata e a Copaifera langsdorffii. As plantas tiveram seu uso relacionado corriqueiramente à problemas gastrointestinais e dores de cabeça.
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