A MULHER NA TI: UMA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE SUA PARTICIPAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL PARA OS ANOS 2020 A 2024
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v6i7.6654Palavras-chave:
Mulher, Mercado de Trabalho, Tecnologia da Informação, DesigualdadesResumo
Este artigo analisa a participação das mulheres no mercado de trabalho formal na área de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil, entre 2020 e 2024, com foco nas ocupações de Engenheiros em Computação, Administradores de Tecnologia da Informação e Analistas de Tecnologia da Informação. A pesquisa adota abordagem quantitativa e descritiva, com base em dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED). Foram analisados os indicadores de admissões, desligamentos e saldos de emprego desagregados por sexo. Os resultados mostram que, embora as admissões femininas tenham crescido, a participação das mulheres permaneceu abaixo de 23% nas ocupações analisadas, com saldos de emprego inferiores e taxas de desligamento proporcionalmente mais elevadas. Tais padrões revelam a persistência de barreiras estruturais associadas a estereótipos de gênero, baixa retenção e dificuldade de ascensão profissional. Conclui-se que o avanço da presença feminina na TI segue limitado por desigualdades que vão além do acesso ao emprego, exigindo políticas públicas e institucionais voltadas à permanência e valorização das mulheres no setor. A análise contribui ao evidenciar, com base empírica recente, os limites das transformações quantitativas diante das assimetrias de gênero que ainda moldam a dinâmica ocupacional em setores tecnológicos.
Downloads
Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Boletim Mulheres no Mercado de Trabalho. Brasília: MTE, 2025b. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/estatisticas-trabalho/publicacoes/boletim_mulheres_8m_20250307.pdf . Acesso em: 02 jul. 2025.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Classificação Brasileira de Ocupação. Brasília: MTE, 2023. Disponível em https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/cbo/informacoes-gerais. Acesso em: 02 jul. 2025.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Novo CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Brasília, DF: Ministério do Trabalho e Emprego, 2025a. Disponível em: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNWI5NWI0ODEtYmZiYy00Mjg3LTkzNWUtY2UyYjIwMDE1YWI2IiwidCI6IjNlYzkyOTY5LTVhNTEtNGYxOC04YWM5LWVmOThmYmFmYTk3OCJ9&pageName=ReportSectionb52b07ec3b5f3ac6c749. Acesso em: 01 mar. 2025.
BRASSCOM - Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais. Relatório de Diversidade no Setor TIC: Relatório de Inteligência e Informação BRI2-2022-013. São Paulo: BRASSCOM, dez. 2023. Disponível em: https://brasscom.org.br/wp-content/uploads/2024/03/BRI2-2023-013-Diversidade-v18-1.pdf. Acesso em: 05 abr. 2025.
BRASSCOM - Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais. Setor tecnológico cresce, registrando R$ 707,7 bilhões em 2023. Brasília: BRASSCOM, 2024. Disponível em: https://brasscom.org.br/setor-tecnologico-cresce-registrando-r-7077-bilhoes-em-2023/. Acesso em: 02 jul. 2025.
BRUSCHINI, Maria Cristina Aranha. Trabalho e gênero no Brasil nos últimos dez anos. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 137, p. 537–572, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/KybtYCJQvGnnFWWjcyWKQrc/?format=pdf. Acesso em: 02 jul. 2025. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742007000300003
CARVALHO, Alexandre. Mulheres sofrem rejeição no processo seletivo para área de TI. VOCÊRH - Brasil, 27 dez. 2023. Disponível em https://vocerh.abril.com.br/mercado-vagas/mulheres-sofrem-rejeicao-no-processo-seletivo-para-area-de-ti. Acesso em: 05 abr. 2025.
FACHIN, Melina Girardi. Discriminação de mulheres no mercado de trabalho: desafios persistentes exigem mudança cultural. Fórum CNN Brasil, 8 mar. 2023. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/forum-opiniao/discriminacao-de-mulheres-no-mercado-de-trabalho-desafios-persistentes-exigem-mudanca-cultural/. Acesso em: 05 abr. 2025.
FUNDAÇÃO LEMANN. Mulheres na liderança: desconstruindo barreiras para a equidade de gênero. São Paulo: Fundação Lemann, 14 mar. 2024. Disponível em: https://fundacaolemann.org.br/noticias/mulheres-na-lideranca-desconstruindo-barreiras-para-a-equidade-de-genero/. Acesso em: 05 abr. 2025.
G1. Em 132 anos de história, STF teve 168 ministros homens e apenas 3 mulheres. G1, 2023. Disponível em: https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/08/08/em-132-anos-de-historia-stf-teve-168-ministros-homens-e-apenas-3-mulheres.ghtml. Acesso em: 01 jul. 2025.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/. Acesso em: 01 jul. 2025.
PINHEIRO, Maria Lidiane. A participação feminina nas esferas política e judiciária: uma análise da realidade brasileira. Brasilia: Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, 2008. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/politicas-para-mulheres/arquivo/assuntos/poder-e-participacao-politica/referencias/genero-e-poder-judiciario/a_participacao_feminina_nas.pdf. Acesso em: 02 jul. 2025.
RODRIGUES JÚNIOR, Ed Wilson; RODRIGUES, Aurelinda Conceição; RODRIGUES SILVA, Izabelli Aparecida; FERREIRA, Gleice Marques. A inserção da mulher no mercado de trabalho na área da tecnologia. Revista Invest, v. 3, n. 1, 2021. Disponível em: http://revista.institutoinvest.edu.br/index.php/revistainvest/article/view/32. Acesso em: 05 abr. 202
Downloads
Publicado
Licença
Copyright (c) 2025 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.
