RESISTÊNCIA À VACINA: AS POLÊMICAS DO PASSADO E DO PRESENTE
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i2.2835Palavras-chave:
Vacinação. Resistência. Contexto HistóricoResumo
Este artigo tem como objetivo principal analisar as motivações que impulsionam a resistência de atores sociais perante a vacinação, tendo como relevo os diferentes contextos sociopolíticos da Revolta da Vacina, em 1904, e dos protestos decorrentes de grupos da extrema direita na conjuntura contemporânea. Por conseguinte, esta pesquisa tem como principal tarefa sublinhar as discrepâncias observadas entre as prerrogativas dos primeiros republicanos e dos cidadãos engajados nas manifestações de 2020, embora possam ser levantadas algumas confluências no vasto campo das ideias disseminadas e vulgarizadas. Com isso, o leitor pode inferir que esse trabalho não reitera as análises históricas atuais que colocam as reações contra a vacina, manifestadas no passado e no presente, no lugar comum de um mero protesto engendrado por setores violentos da classe média. A fim de salvaguardar as diferentes circunstâncias e desígnios dos atores sociais inseridos nos diferentes contextos, alguns objetivos tornam-se capitais para o desdobramento desse estudo: primeiramente, cumpre investigar o cenário político e social da Primeira República onde despontou a Revolta da Vacina, com a mentalidade científica da época e as atuações autoritárias do governo e dos sanitaristas. Em seguida, serão examinadas as relutâncias contrárias às medidas de proteção ao combate da SARS-Cov2, geradora do coronavírus, lideradas por segmentos extremistas da contemporaneidade, verificando seus argumentos e posicionamentos políticos.
Downloads
Referências
BELLINGHINI, Ruth Helena. “Antivacinas e antiquarentena se encontram no negativismo científico”. Disponível em: revistaquestaodeciencia.com.br/artigo/2020
CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
GOTTSCHALL, Carlos A. M. “Coronavírus: muitos erros, nenhum acerto, e o paroxismo da estupidez”. Disponível em: mises.org.br/article/3264
LACERDA, Gustavo Biscaia de. Laicidade na I República Brasileira: Os Positivistas Ortodoxos. Curitiba: Appris, 2016
MARITAIN, Jacques. A Filosofia Moral. Rio de Janeiro: Agir, 1973.
MENDONÇA, Maria Gusmão de. Progresso e Autoritarismo no Brasil. São Paulo: Pensieri, 1992.
SANTINHO, Renato. “Estudo conclui que imunidade ‘de rebanho natural’ contra Covid-19 é inviável”. Disponível em: olhardigital.com.br/coronavírus/noticia/estudo
TEIXEIRA MENDES, Raimundo. Contra a vacinação obrigatória. Rio de Janeiro: Templo da Humanidade, 1904.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2023 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.