PERFIL DEMOGRÁFICO E EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA DE CHAGAS AGUDA
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i11.4239Palavras-chave:
Doença de Chagas Aguda, transmissão oral, epidemiologia.Resumo
A doença de Chagas aguda (DCa) é uma zoonose negligenciada que acarreta danos socais e econômicos diversos, por isso este artigo objetiva conhecer o perfil epidemiológico atual dessa doença. Realizou-se estudo descritivo, documental e retrospectivo, tendo como bases as notificações de DCa registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação entre 2007 e 2018. A DCa apresenta incidência anual de 0,11 casos / 100.000 habitantes, sendo mais frequente na região Norte do país. Durante o período, foi mais relatada na zona urbana e nas faixas etárias de crianças e adolescentes e jovens adultos, sendo os principais casos registrados de agosto a dezembro. Os óbitos foram raros, contudo, houve muitos segmentos ignorados. O presente estudo revela a mudança epidemiológica da DCA, apresenta-se como fatores primordiais a via oral, o meio urbano e adultos em idade laboral. Além disso, os meses com maiores índices de notificações foram de agosto a dezembro, consequente a safra do açaí no Pará. No Brasil, há alta incidência do acometimento da doença, entretanto, há uma perda da notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), consequente as altas taxas de assintomáticos, os quais não são contabilizados nas estatísticas. Portanto, é válido ressaltar a modificação na disseminação da DCA, assim como os impactos socioeconômicos e advindos à saúde pública.
Downloads
Referências
Bern C, Martin DL, Gilman RH. Acute and congenital Chagas disease. Adv Parasitol.
;75:19-47. doi: 10.1016/B978-0-12-385863-4.00002-2.
Pinto AYN, Valente SA Valente VC, Ferreira Junior AG, Coura JR. Fase aguda da doença de Chagas na Amazônia brasileira: estudo de 233 casos do Pará, Amapá e Maranhão observados entre 1988 e 2005. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2008 Dec; 41(6): 602-614. doi:10.1590/S0037-86822008000600011.
Rassi A Jr, Rassi A, Marin-Neto JA. Chagas disease. Lancet. 2010 Apr 17;375(9723):1388-402. doi: 10.1016/S0140-6736(10)60061-X.
Andrade DV, Gollob KJ, Dutra WO. Acute chagas disease: new global challenges for an old neglected disease. PLoS Negl Trop Dis. 2014;8(7):e3010. Published 2014 Jul 31. doi:10.1371/journal.pntd.0003010
Barry MA, Murray KO, Hotez PJ, Jones KM. Impact of vectorborne parasitic neglected tropical diseases on child health. Arch Dis Child. 2016 Jul;101(7):640-7. doi: 10.1136/archdischild-2015-308266. Epub 2016 Feb 26. PMID: 26921274.
DIAS, João Carlos Pinto. Globalização, iniqüidade e doença de Chagas. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 23, supl. 1, p. S13-S22, 2007 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 311X2007001300003&lng=en&nrm=iso>. access on 16 Apr. 2021.
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007001300003.
Coura JR. The main sceneries of Chagas disease transmission. The vectors, blood and oral transmissions-a comprehensive review. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2015;110(3):277– 282. doi:10.1590/0074-0276140362
Doença de Chagas. Boletim Epidemiológico, Secretaria de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde, Abr. 2021, número especial. Disponível em: < https://www.gov.br/saude/pt- br/media/pdf/2021/abril/14/boletim_especial_chagas_14abr21_b.pdf>. Acesso em: 28, maio, 2021.
https://www.revistas.ufg.br/iptsp/article/viewFile/10738/7137
DIAS, João Carlos Pinto et al . II Consenso Brasileiro em Doença de Chagas, 2015. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 25, n. esp, p. 7-86, jun. 2016 . Disponível em
<http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679- 49742016000500007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 30 maio 2021. Epub 30-Jun-2016. http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742016000500002.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2023 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.