GÊNERO, FILOSOFIA E EDUCAÇÃO: O ENSINO DE FILOSOFIA E OS DESAFIOS FRENTE À QUESTÃO DE EXCLUSÃO DAS FILÓSOFAS BRASILEIRAS
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v3i8.1787Palavras-chave:
Gênero, Filosofia, EducaçãoResumo
O presente artigo “O lugar da mulher “filósofa” no ensino de Filosofia” é uma reflexão sobre os primórdios dos movimentos feministas na luta em torno da emancipação das mulheres filósofas que ainda não são reconhecidas enquanto seres pensantes. Nessa reflexão, priorizamos discutir a formação da mulher, frente às questões de gênero, desde os primórdios antigos até a contemporaneidade, a fim de diagnosticar como esses estudos podem contribuir para o resgate dos textos de autoria feminina na sala de aula, já que nos livros de Filosofia não existe nenhum texto escrito por mulheres filósofas, nem sequer elas são citadas. Busca-se, assim, uma melhor compreensão desses estudos em torno da mulher, a partir da primeira mulher filósofa que irá iniciar os estudos na área de gênero, a filósofa Edith Stein. Para tanto, na metodologia optou-se pela pesquisa qualitativa de levantamento bibliográfico, devido à necessidade urgente de marcar os primeiros tateios da mulher nessa terra incógnita, marcada pelo preconceito e pelo machismo dos homens. Concluímos, através desse estudo, que dentre todas as possibilidades é possível repensar na proposta de resgatar essa história esquecida, pois ainda há um universo feminino a ser investigado, repleto de lutas e realizações, mas que se faz necessário provocar uma reflexão mais aprofundada sobre os escritos de autoria feminina na área da Filosofia.
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