REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NOS TEMPOS ATUAIS: PRECISAMOS DE EDUCADORES OU STREAMERS?
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i2.2651Palavras-chave:
Educação, Universidade, EaDResumo
Os últimos 20 anos foram transformadores. Desde que a humanidade presenciou as revoluções industriais, nunca houve evolução tecnológica (agora agregada à digital) em escala de tempo tão curto. A redução de custos para produção de dispositivos eletrônicos e o surgimento de um mercado de trabalho na área de tecnologia de informação foram fatores imprescindíveis para imersão de grande parte da sociedade global na era digital. Empresas tecnológicas começaram a ocupar espaços até então pouco explorados. Com a informatização dos dados, muitos processos tornaram-se mais ágeis e fáceis de serem monitorados e geridos. Sistemas financeiros eliminaram parte de seus postos de trabalho físico, substituindo-os por inteligência artificial. Os meios de comunicação e empresas de diversos segmentos, mais adeptos aos algoritmos capazes de direcionar conteúdo personalizado a cada usuário, experimentam um novo ciclo de venda. A disseminação de redes de comunicação baseadas em tecnologias 5G permitem maior acesso a conteúdos na internet, que não são poucos. As pessoas estão mais expostas e, também, dispostas a se expor. No âmbito educacional, nota-se um aumento no consumo de informação que, não necessariamente, está relacionado à qualidade. Canais abertos em plataformas não institucionais vendem metodologias ‘milagrosas’ para aprendizagem de vários temas, desde as engenharias até a área do direito. Mas será esse o caminho para modernizar a educação? O presente artigo objetiva refletir sobre o atual cenário tendo como realidade o contexto brasileiro, país emergente e com elevado índice populacional.
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