IMPORTÂNCIA DA CORRETA ASSOCIAÇÃO DE EXAMES CLÍNICOS, IMAGINOLÓGICOS E HISTOPATOLÓGICOS NO DIAGNÓSTICO DE OSTEOSSARCOMA
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i2.2702Palavras-chave:
Radiografia panorâmica, osteossarcomaResumo
O osteossarcoma, neoplasia maligna caracterizada pela produção de tecido osteóide e osso imaturo que se prolifera através do estroma celular, é uma doença rara de alta agressividade associada a quadros severos de morbidade e mortalidade. Em relação à região craniofacial, os osteossarcomas pertencem a menos de 1% de todas as neoplasias malignas, sendo a mandíbula o principal osso afetado. No processo diagnóstico há semelhança com lesões benignas, o que exige análise clínica detalhada e exames complementares para o diagnóstico definitivo. O tratamento baseia-se na remoção cirúrgica radical da lesão com margens de segurança, associada ou não à radioterapia e/ou quimioterapia. Os osteossarcomas de cabeça e pescoço afetam normalmente indivíduos entre a terceira e quarta década de vida, com maior prevalência para o gênero feminino. Este trabalho tem como objetivo esclarecer os métodos empregados para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de paciente com osteossarcoma em mandíbula Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 35 anos, compareceu ao Centro de Estomatologia e de Pacientes com Alterações Sistêmicas (CEPAS) queixando-se de dor intermitente, mobilidade dentária com secreção purulenta e assimetria facial. O processo do diagnóstico consistiu em exames clínico, radiográfico, tomográfico e histopatológico, numa abordagem transdisciplinar. Como tratamento foi realizada a mandibulectomia parcial, quimioterapia e radioterapia. Conclusões: Este estudo vislumbra a discussão da complexidade do diagnóstico e prognóstico de pacientes com osteossarcoma, assim como a necessidade da atuação humanizada das equipes de saúde, para proporcionar uma assistência ao paciente sem focar apenas na doença.
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