POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DEMOCRATIZAÇÃO DAS OPORTUNIDADES: UMA ANÁLISE INTERSECCIONAL SOBRE AS DESIGUALDADES NO MERCADO DE TRABALHO
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i5.3126Palavras-chave:
Mercado de trabalhoResumo
Este trabalho objetiva analisar os fatores que determinam uma posição subalterna para as mulheres negras no mercado de trabalho brasileiro, a despeito dos lentos avanços que o movimento feminista conquistou nas últimas décadas no que se refere à inserção e à gradual promoção delas a postos de comando dentro das organizações. Também será analisado o surgimento do Movimento Feminista Negro enquanto resposta de resistência a esse lugar preterido marcado pela exclusão e/ou sub-representação. Compreender os processos que determinam essas desigualdades é de extrema importância para a criação de soluções que guiem ao combate efetivo. Constatou-se que a principal causa desta exclusão é a discriminação, fundamentada em um processo social e histórico de diferenciação social, racial e de gênero, que ao interligar-se limita esse contingente à informalidade ou a cargos de baixa hierarquia no mercado formal. Em 2016, reduziam-se a 0,4% no nível Executivo das 500 principais organizações empresariais brasileiras.
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