BIOECONOMIA E PERFORMANCE GEOECONÔMICA NO CENÁRIO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O CASO DE BAILIQUE/AP - BRASIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47820/recima21.v4i10.4231

Palavras-chave:

Vulnerabilidade, Ilha de Bailique, Mudanças climáticas

Resumo

As mudanças climáticas são uma realidade inegável, e a ilha de Bailique encontra-se em uma posição vulnerável, sofrendo efeitos das marés do Oceano Atlântico, inundações do rio Amazonas e a influência das hidrelétricas. Nos últimos anos, observou-se um aumento nos períodos de inundações, com o avanço do oceano sobre as ilhas do arquipélago, e uma redução na vazão do rio Amazonas, causada pela construção de hidrelétricas no rio Araguari, resultando na salinização da água doce do rio Amazonas, afetando a principal atividade econômica: o cultivo do açaí, que é realizado por famílias que se organizam na cooperativa Amazonbai. A salinização prejudica o desenvolvimento e a produtividade dessa cultura. A situação é preocupante, uma vez que as comunidades dependem economicamente da cadeia produtiva do açaí, considerada uma das mais sustentáveis do Brasil. Através de pesquisa, observou-se que os impactos causados por fenômenos naturais decorrentes da proximidade com o Atlântico e com o rio Amazonas, intensificaram ao decorrer dos anos naquela região. Foi constatado em períodos de cheia, quando a ilha é invadida pelas águas do oceano, ocorre uma crise hídrica, tornando a população vulnerável à falta de água doce para o consumo. A situação da ilha requer políticas públicas destinadas a atender as necessidades da população em relação à infraestrutura, saneamento básico, como também estudos direcionados a minimizar os impactos socioambientais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Raylene Cameli

Universidade Federal do Acre - Ufac.

Cristovão Henrique Ribeiro da Silva

Universidade Federal do Acre - Ufac.

Referências

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Panorama da Erosão Costeira No Brasil [recurso eletrônico] / Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental, Departamento de Gestão Ambiental Territorial; Organização Dieter Muehe - Brasília, DF: MMA, 2018. 759 p.

CARNEIRO, M. A. Salinidade do solo, produtividade e qualidade de frutos de mangueira fertirrigada com fontes e doses de potássio. 2016. 71f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) - Universidade Federal do Vale do São Francisco, Juazeiro-BA, 2016.

CORRÊA, M. Laboratório flutuante na Foz do Rio Amazonas vai produzir açaí em pó extraído de açaizal certificado. Diposnivel em: < https://g1.globo.com/ap/amapa/natureza/amazonia/noticia/2022/12/11/laboratorio-flutuante-na-foz-do-rio-amazonas-vai-produzir-acai-em-po-extraido-de-acaizal-certificado.ghtml > Acesso em 09 de abril de 2023.

ESTEVES, B. S. dos; SUZUKI, M. S. Efeito da Salinidade Sobre as Plantas. Oecol. Bras., 12 (4): 662-679, 2008.

EULER, A. M. C.; FRANCO, D. O.; GUABIRABA, I. R.; SANTOS, T. T. L. dos; LOPES, D. M.; LOPES, J. C. dos S. Açaí – do roçado à floresta A história do sistema agroflorestal da Comunidade do Arraiol do Bailique, AP. In: ALMEIDA, J. S. S. E.; UDRY, M. C. F. V. (Ed.). Sistemas agrícolas tradicionais no Brasil. Brasília, DF: Embrapa, 2019. p. 239-258.

EULER, A. M. C; AMORIM, J; GUABIRABA, I. Diagnóstico socioeconômico e do sistema de agricultura tradicional praticado na comunidade Arraiol do Bailique (Amapá). Cadernos de Agroecologia – ISSN 2236-7934 – Anais do VI CLAA, X CBA e V SEMDF – Vol. 13, N° 1, Jul. 2018.

EXAME. Arquipélago da Amazônia tem a produção de açaí mais sustentável do país. Disponivel em < https://exame.com/negocios/producao-de-acai-mais-sustentavel-do-pais/ > Acesso em 12 de março de 2023.

FELLET, J. Avanço do mar saliniza rio Amazonas e deixa comunidades em estado de emergência. Disponivel em: < https://www.bbc.com/portuguese/brasil-58935047 > Acesso em 10 de abril de 2023.

IBGE. Produção de Açaí (cultivo). Disponivel em < https://www.ibge.gov.br/explica/producao-agropecuaria/acai-cultivo/br > Acesso em 03de abril de 2023.

MAISONNAVE, F. VIZONI, A. Avanço do mar deixa açaí salgado e ribeirinhos sem água na foz do Amazonas. Disponivel em: < https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2022/01/avanco-do-mar-deixa-acai-salgado-e-ribeirinhos-sem-agua-na-foz-do-amazonas.shtml > Acesso em 12 de abril de 2023.

PIRES, S. M. P; ORSINI, A. G. de S. Comunidade Ribeirinha do Bailique: A Hermenêutica Diatópica Como Instrumento de Reconhecimento de Identidade. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), (ISSN: 2359-0831 - on line), Belém, v. 04, n. 01, p. 250-266, jan./jun. 2017.

PROST, M. T. R da C; RABELO, B. V. Variabilidade Fito-Espacial De Manguezais Litorâneos e Dinâmica Costeira: Exemplos da Guiana Francesa, Amapá e Pará. Boi. Mus. Para. Emilio Goe/di, sér. Ciênc. da Terra 8, 1996.

QUEIROZ, J. A. L. de. Fitossociologia e distribuição diamétrica em floresta de várzea do estuário do Rio Amazonas no Estado do Amapá. 2004. 101f. Dissertaçao mestrado. Curitiba, PR, 2004.

RIBEIRO SILVA, C. H. Política Industrial Brasileira e a Industrialização do Mato Grosso do Sul no Século XXI. Tese (Doutorado em Geografia) UFGD – Universidad Federal de Grande Dourados. 2016 278p.

_______. Os desafios da era geoeconômica para a América Latina.Contribuições para as Ciências Sociais, v. 05, p. 01-11, 2017.

______. M.D.A.; Aspectos geopolíticos e geoeconômicos das relações bilaterais entre Brasil e Argentina na pandemia de COVID-19.2022. Monografia – Graduação em Geografia – Universidade Federal do Acre, Rio Branco, 2022.

RIBEIRO SILVA, C. H. Política Industrial Brasileira e a Industrialização de Mato Grosso do Sul no Século XXI. Tese (Doutorado em Geografia) UFGD – Universidade Federal da Grande Dourados. 2016a 278p.

______. Reflexões sobre a geoeconomia da montanha russa dos preços das commodities. Mundorama - Revista de Divulgação Científica em Relações Internacionais, v. 1, p. 1-5. 2016b [acessado em 09/02/2017]. Disponível em: https://goo.gl/CdDjtX

RIBEIRO-SILVA, C. H. SILVA, A. A. P. DA.; SILVA, J. DOS S.; FRANQUELINO, A.R.; FONTES, D.M. Performance GEOECONÔMICO DAS SUB-REGIÕES DA AMÉRICA DO SUL: ELEMENTOS PARA UMA NOVA REGIONALIZAÇÃO.Revista World Time, n. 27, pág. 247-272, 18 de março. 2022.

_______.GRANDE DEMAIS PARA QUEBRAR? UMA NOTA GEOECONÔMICA SOBRE A DESINDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA. REVISTA DA ANPEGE, v. 12, p. 7-28, 2020.

SANTOS, A. A; CRUZ, J. L; REINHARDT, D. H. R. C. Efeito da Salinidade Sobre a Fotossíntese e Acúmulo de Massa Seca da Bananeira 'Prata Anã Gorutuba. In: XXVI Congresso Brasileiro de Fruticultura. 30 de set. a 04 de out 2019. Juazeiro-BA/Petrolina-PE.

SANTOS, R. Arquipélago do Bailique corre risco de sumir do mapa. Disponivel em: < https://amazoniareal.com.br/bailique-extincao/ > Acesso em 07 de abril de 2023.

TAVARES, R. F. M. Crescimento e Fisiologia de Mudas De Açaí E Juçara Cultivadas Sob Estresse Hídrico. 2017. 88f. Dissertação mestrado. Campos dos Goytacazes, RJ, 2017.

TESSLER, M. G; GOYA, S. C. Y. Processos Costeiros Condicionantes do Litoral Brasileiro. Revista do Departamento de Geografia, 17 (2005) 11-23.

VIEIRA, I. M. ARAÚJO NETO, M. D. de. Aspectos da Socioeconomia dos Pescadores de Camarão da Ilha do Pará (Pa) e Arquipélago do Bailique (Ap). Boletim do Laboratório de Hidrobiologia, 19:85-94. 2006.

VIZONI, A. Avanço do mar deixa açaí salgado e ribeirinhos sem água na foz do Amazonas. Disponivel em: < https://revistacenarium.com.br/avanco-do-mar-deixa-acai-salgado-e-ribeirinhos-sem-agua-na-foz-do-amazonas/ > Acesso em 28 de março de 2023.

WILLADINO, L. CAMARA, T. R. Tolerância das Plantas à Salinidade: Aspectos Fisiológicos e Bioquímicos. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.6, N.11; 2010.

Publicado

26/10/2023

Como Citar

Cameli, R., & Ribeiro da Silva, C. H. (2023). BIOECONOMIA E PERFORMANCE GEOECONÔMICA NO CENÁRIO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O CASO DE BAILIQUE/AP - BRASIL. RECIMA21 -Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218, 4(10), e4104231. https://doi.org/10.47820/recima21.v4i10.4231