UTILIZAÇÃO DA VÁLVULA ENDOBRÔNQUICA EM PACIENTES COM DOENÇA OBSTRUTIVA CRÔNICA FENÓTIPO ENFISEMATOSO
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v5i10.5671Palavras-chave:
Válvula endobrônquica, DPOC, Válvula pulmonar, enfisema.Resumo
A DPOC causa restrição funcional e redução da qualidade de vida devido a sintomas como dispneia, fadiga, tosse produtiva e exacerbações, resultando em hospitalizações frequentes. Nos casos mais graves, a sensação de falta de ar é intensificada, agravando o desequilíbrio entre a carga imposta e a capacidade muscular respiratória. Uma abordagem conservadora para tratar essa condição é a aplicação de válvulas endobrônquicas. Essas válvulas unidirecionais, inseridas por broncoscopia nas vias aéreas do pulmão afetado pelo enfisema, promovem a deflação pulmonar ao reduzir a hiperinsuflação, permitindo a eliminação de ar e secreções enquanto impedem a entrada excessiva de ar. Método: Revisão integrativa de ensaios clínicos randomizados que tem por desfecho principal analisar a eficácia das válvulas endobrônquicas na sintomatologia e no prognóstico associados ao fenótipo enfisematoso da DPOC. Resultados: Os estudos sugerem que o uso da válvula endobrônquica (EBV) reduz a hiperinsuflação pulmonar e a dispneia, além de proporcionar uma melhora significativa no VEF1 e na redução da hiperinsuflação estática. Esses benefícios resultam em uma melhora na dispneia, na qualidade de vida e na capacidade de exercício. Conclusão: A utilização da válvula endobrônquica (EBV) mostrou-se eficaz na redução dos sintomas da DPOC. Quanto à segurança, o tratamento apresentou um perfil aceitável, apesar de eventos adversos relatados na maioria dos estudos; é importante destacar que nenhum óbito foi associado ao procedimento. Recomenda-se a realização de mais estudos para avaliar os efeitos adversos da EBV e identificar maneiras de preveni-los, especialmente em relação ao pneumotórax precoce, que foi associado ao procedimento.
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