REVISÃO DE ESTUDOS SOBRE A ETNOMATEMÁTICA E A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA: COMO AS COMUNIDADES QUILOMBOLAS UTILIZAM E ENSINAM MATEMÁTICA EM SEUS CONTEXTOS CULTURAIS
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v6i1.6164Palavras-chave:
Educação quilombola. Etnomatemática. Educação ativa.Resumo
Este artigo tem como objetivo realizar uma revisão de estudos sobre a etnomatemática e a educação quilombola, com foco em como as comunidades quilombolas utilizam e ensinam matemática em seus contextos culturais. A metodologia utilizada possui abordagem qualitativa, usando a pesquisa bibliográfica como instrumento de coleta de dados. Destaca-se que a educação quilombola integra práticas culturais e conhecimentos tradicionais das comunidades quilombolas, porém, enfrenta desafios significativos na valorização e inclusão dessas práticas no currículo escolar formal. Nesse cenário de dificuldades, a etnomatemática oferece uma abordagem promissora para conectar a matemática com contextos culturais específicos. A revisão dos estudos sobre a etnomatemática e a educação quilombola revela a riqueza e a complexidade dos conhecimentos matemáticos presentes nas comunidades quilombolas, destacam a importância de integrar esses saberes no currículo escolar, promovendo uma educação mais inclusiva e relevante para esses contextos culturais. Como resultados, vemos que as semelhanças entre os textos revisados, como o uso de teóricos como Ubiratan D’Ambrosio e Paulo Freire, indicam um consenso sobre a importância da etnomatemática como ferramenta pedagógica para a valorização sociocultural. No entanto, as diferenças metodológicas e de foco entre os estudos apontam para a diversidade de abordagens possíveis e a necessidade de contínua investigação e diálogo entre pesquisadores e educadores. As limitações metodológicas identificadas, como a superficialidade em alguns aspectos e a necessidade de maior profundidade em outros, reforçam a importância de uma pesquisa cuidadosa e rigorosa e a necessidade de maiores estudos e pesquisas na área, os quais possibilitam novas abordagens.
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