CARACTERISTICAS CLÍNICAS E EPIDEMIOLOGICAS DA DOENÇA DE HAFF NO AMAZONAS
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v6i2.6270Palavras-chave:
Doença de notificação, Epidemiologia, SaúdeResumo
A doença de Haff é um tipo de rabdomiólise em humanos, caracterizada pelo início súbito e inexplicável de rigidez muscular, associado com uma elevação no nível da enzima creatina quinase (CK) em até 24 horas após o consumo de produtos cozidos de mar ou água doce. Objetivo: Descrever as características clínicas e epidemiológicas da doença de Haff no Amazonas. Metodologia: Trata-se de um levantamento de dados públicos existentes em sites governamentais (boletim epidemiológico-FVS/RCP). Resultados: No ano de 2023, foram 70 casos compatíveis com a Doença de Haff distribuídos em 8 municípios do Amazonas, dos quais 67,6% destes eram residentes do município de Itacoatiara, seguido de 13,2% de Manaus, 7,3% de Parintins, 4,4% de Manacapurú, 2,9% do Careiro Várzea e os demais casos ocorreram em residentes de Silves (1,5%), Nova Olinda do Norte (1,5%), Borba (1,5%). Com relação à zona de residência, 63,2% dos casos eram da zona urbana e 36,8% na zona rural. A maioria (57,6%) eram do sexo masculino. Nos meses de agosto e setembro ocorreu o maior número de notificações. Quanto às espécies de peixes consumidas envolvidas nos casos compatíveis com a doença de Haff, o Tambaqui (Colossoma macropomum) foi o peixe mais ingerido (45,6%), seguido de Pacú (Piaractus mesopotamicus) 41,2%), bem como outras espécies comerciais (11,8%). Considerações: deve haver intensificação das ações de educação e comunicação nesse agravo para fortalecer e promover a educação continuada de profissionais de saúde que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) e na iniciativa privada.
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