EFICIÊNCIA COMPARATIVA DOS MODELOS DE TELEMEDICINA: UMA ANÁLISE DO MODELO HÍBRIDO VERSUS O MODELO 100% REMOTO NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v6i7.6582Palavras-chave:
Humanização, Saúde pública, TelemedicinaResumo
Este estudo comparou a eficiência de dois modelos de telemedicina — o 100% remoto e o híbrido — em dois municípios do estado de São Paulo. O objetivo foi avaliar qual modelo apresenta maior eficiência em termos de utilização de vagas, engajamento dos pacientes e redução de perdas. Foram analisados dados mensais de vagas ofertadas, agendamentos, atendimentos realizados, faltas e perda primária, coletados entre fevereiro e outubro de 2024. Os resultados demonstraram que o modelo híbrido foi significativamente mais eficiente, com uma taxa de utilização média de 74,5% (contra 6,5% no modelo 100% remoto), uma perda primária média de 12,4% (contra 93,8%) e uma taxa de faltas média de 18,5% (contra 35,2%). Além da eficiência operacional, os achados ressaltam a importância do suporte presencial, oferecido no modelo híbrido, na humanização do atendimento. Conclui-se que o modelo híbrido é uma estratégia mais viável e inclusiva para a telemedicina, especialmente em contextos de desigualdades sociais e tecnológicas, alinhando-se aos princípios de universalização do acesso à saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Recomenda-se a expansão desse modelo para outras regiões do país, com foco em populações vulneráveis e áreas de difícil acesso.
Downloads
Referências
BECKER, S. ADAMS, E. et al. Digital interventions for older people experiencing homelessness: systematic scoping review. Journal of Medical Internet Research, v. 27, e63898, 21 fev. 2025. DOI: https://doi.org/10.2196/63898. DOI: https://doi.org/10.2196/63898
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual técnico de gestão da qualidade de vida no trabalho no SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2023. Disponível em: https://digisusgmp.saude.gov.br/storage/conteudo/W2jOMcLWqx1wLMZMqx7Y6MMVFCjxGgR1WzGIcOqC.pdf. Acesso em: 27 set. 2024.
CAETANO, R. et al. Desafios e oportunidades para telessaúde em tempos da pandemia pela COVID-19: uma reflexão sobre os espaços e iniciativas no contexto brasileiro. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, n. 5, e00088920, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00088920. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00088920
CHU, M. et al. Telemedicine-based integrated management of atrial fibrillation in village clinics: a cluster randomized trial. Nature Medicine, 21 fev. 2025. DOI: https://doi.org/10.1038/s41591-025-03511-2. DOI: https://doi.org/10.1038/s41591-025-03511-2
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (Brasil). Resolução CFM nº 2.314, de 20 de outubro de 2022. Brasilia: CFM, 2022. Disponível em: https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/resolucoes/BR/2022/2314_2022.pdf. Acesso em: 6 out. 2024.
GEORGE, J. M. et al. Collaboration between a tertiary pain centre and community teams during the pandemic. British Journal of Community Nursing, v. 25, n. 10, p. 480–488, 2 out. 2020. DOI: https://doi.org/10.12968/bjcn.2020.25.10.480. DOI: https://doi.org/10.12968/bjcn.2020.25.10.480
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo demográfico 2022: resultados da população por município. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/. Acesso em: 9 jul. 2025.
KAROS, K. et al. The social threats of COVID-19 for people with chronic pain. Pain, v. 161, n. 10, p. 2229–2235, out. 2020. DOI: https://doi.org/10.1097/j.pain.0000000000002004. DOI: https://doi.org/10.1097/j.pain.0000000000002004
LISBOA, K. O. et al. A história da telemedicina no Brasil: desafios e vantagens. Saúde e Sociedade, v. 32, n. 1, e210170pt, 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902022210170pt. DOI: https://doi.org/10.1590/s0104-12902022210170pt
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Objetivos de desenvolvimento sustentável. Brasília, DF: ONU–Brasil, 2017. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs. Acesso em: 23 fev. 2025.
PEREZ, C. Telemedicine offers solutions for the rural disparities in infectious disease (ID) care delivery. Open Forum Infectious Diseases, v. 12, n. 2, ofaf052, 4 fev. 2025. DOI: https://doi.org/10.1093/ofid/ofaf052. DOI: https://doi.org/10.1093/ofid/ofaf052
SALMON, C. et al. An analysis of telehealth in a post-pandemic rural, Midwestern community: increased comfort and a preference for primary care. BMC Health Services Research, v. 25, n. 1, p. 270, 18 fev. 2025. DOI: https://doi.org/10.1186/s12913-025-12413-5. DOI: https://doi.org/10.1186/s12913-025-12413-5
SENGUPTA, A.; PETTIGREW, S.; JENKINS, C. R. Telemedicine in specialist outpatient care during COVID-19: a qualitative study. Internal Medicine Journal, v. 54, n. 1, p. 54–61, jan. 2024. DOI: https://doi.org/10.1111/imj.16288. DOI: https://doi.org/10.1111/imj.16288
SILVA, Í. S. et al. Digital health interventions and quality of home-based primary care for older adults: a scoping review protocol. Frontiers in Public Health, v. 10, 1022587, 9 jan. 2023. DOI: https://doi.org/10.3389/fpubh.2022.1022587. DOI: https://doi.org/10.3389/fpubh.2022.1022587
SILVA, Í. S. et al. Digital home care interventions and quality of primary care for older adults: a scoping review. BMC Geriatrics, v. 24, n. 1, p. 507, 10 jun. 2024. DOI: https://doi.org/10.1186/s12877-024-05120-z. DOI: https://doi.org/10.1186/s12877-024-05120-z
TOENNE, R. et al. Exploring the viability of telehealth integration into specialised paediatric palliative care. International Journal of Palliative Nursing, v. 31, n. 2, p. 58–67, 2 fev. 2025. DOI: https://doi.org/10.12968/ijpn.2025.31.2.58. DOI: https://doi.org/10.12968/ijpn.2025.31.2.58
WANKAH, P. et al. Improving digital cancer care for older Black adults: qualitative study. Journal of Medical Internet Research, v. 27, e63324, 19 fev. 2025. DOI: https://doi.org/10.2196/63324. DOI: https://doi.org/10.2196/63324
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Recommendations on digital interventions for health system strengthening. Geneva: WHO, 2019. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK541905/. Acesso em: 27 set. 2024.
XAVIER, P. B. et al. Impact of digital health on the quality of primary care for people with chronic noncommunicable diseases: a scoping review protocol. PLoS ONE, v. 20, n. 2, e0316278, 21 fev. 2025. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0316278. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0316278
ZHONG, C. et al. Digital health interventions to improve mental health in patients with cancer: umbrella review. Journal of Medical Internet Research, v. 27, e69621, 21 fev. 2025. DOI: https://doi.org/10.2196/69621. DOI: https://doi.org/10.2196/69621
Downloads
Publicado
Licença
Copyright (c) 2025 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.