PROFESSOR UNIVERSITÁRIO E ESTRESSE PERCEBIDO: COMPORTAMENTOS RELACIONADOS À SAÚDE E CONDIÇÕES DE TRABALHO
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i2.2649Palavras-chave:
Estresse ocupacional. Docentes. Satisfação no emprego.Resumo
No âmbito educacional, as demandas de trabalho a que professores universitários são submetidos diariamente tornam-se fatores propensos a desencadear alterações comportamentais de cunho psicofisiológicas. Nessa perspectiva, o estresse pode ser um dos eventos que mais desencadeiam comportamentos de riscos e o ambiente de trabalho, ocasionalmente, torna-se o principal fator envolvido no surgimento de desequilíbrios comportamentais que impactam diretamente a produtividade, a efetividade e a vida profissional. O objetivo deste estudo foi correlacionar o estresse percebido com comportamentos relacionados à saúde e condições de trabalho de professores universitários. Trata-se de um estudo observacional transversal, descritivo, de abordagem quantitativa, constituída por 45 professores dos cursos de ensino superior de uma universidade privada em São Luís do Maranhão. O instrumento de coleta de dados foi um questionário com dados sociodemográficos e a Escala Estresse Percebido (PSS 10). Os resultados apontaram que o estresse percebido foi maior nas mulheres do que nos homens e ainda, que se relaciona significativamente e positivamente com a satisfação no trabalho, pois quanto maior percepção de estresse, maior a insatisfação no trabalho. Ou o contrário, quanto menor a satisfação, mais estresse percebido. Desse modo, o ambiente de trabalho influencia diretamente no ensino e na qualidade de vida dos professores quando não está associado com a insatisfação destes. Logo, resultados sugerem a implementação de programas e ações para proporcionar um ambiente de trabalho menos estressante, especialmente para as mulheres, como forma de prevenir o adoecimento mental dos docentes.
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