SILÊNCIOS E CONTRAPOSIÇÕES CULTURAIS EM THE JUMPING MONKEY HILL DE CHIMAMANDA ADICHIE
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i8.3850Palavras-chave:
Análise Literária Pós-colonial, Silêncio e resistência , Mulherismo AfricanaResumo
Durante a pesquisa proposta, objetiva-se analisar em The Jumping Monkey Hill, como as construções de diversos silêncios na obra perpetuam ou quebram as relações de racismo e sexismo em África, resultantes do modelo deficiente do patriarcalismo eurocêntrico. A análise parte dos pressupostos dos estudos relacionados à Mulherismo Africana e ao silêncio, especificamente nos trabalhos de Dove (1998), Hudson-Wemms (2020), Davis (2013 - 2016),de Orlandi (2007) e de Perrot (2005), que englobam tanto o teórico quanto o aplicável à análise literária pós-colonial e ao estudo do silêncio. O objetivo consiste em observar como o sistema patriarcal possui déficits de estruturação e instaura silêncios diversos e como através da observação feita no silêncio, é possível alterar a norma que este sistema apresenta como natural. Às pessoas subjugadas à condição de exclusões por sua cor e sexualidade, irrompem sentimentos de angústia e despertencimento, que moldam prisões sociais que oprimem e silenciam suas vozes. É então, a partir da escuta dessas vozes, e principalmente dos sentidos possibilitados pelos seus silêncios, que se torna possível revelar um processo autêntico e profundo de identidade, de autoconhecimento e de resistência no qual a luta anti-patriarcal e diversas dimensões dos silêncios movem-se juntos.
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