PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE NA PREVENÇÃO CONTRA O BULLYING E O CYBERBULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47820/recima21.v4i9.4084

Palavras-chave:

Educação em saúde, Bullying, Estratégias de saúde, Cyberbullying

Resumo

Introdução: A violência escolar é um problema complexo relacionado aos contextos socioeconômicos e culturais. Nas áreas urbanas desfavorecidas, a violência prevalece devido à presença estatal limitada e baixa qualidade de vida. Objetivo: descrever as estratégias pedagógicas utilizadas com vistas à atenção, prevenção e enfrentamento das situações de violência no ambiente escolar. Metodologia: Estudo qualitativo e reflexivo do tipo relato de experiência feito a partir das vivências das ações educativas realizadas pelos residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família (PRMSF) em três escolas estaduais do Município de Cascavel-PR. Foram realizadas reuniões com diretores e coordenadores das escolas para alinhar as estratégias de ações de educação em saúde a serem realizadas nos espaços escolares. Foram utilizadas metodologias ativas na realização das ações educativas. Resultados e Discussões: A experiência envolveu estudantes de 11 a 19 anos de idade, e foi realizada no período de outubro/2022 a maio/2023, com 71 turmas e aproximadamente 2.130 alunos. Comportamentos de bullying, cyberbullying e preconceito surgiram como situações recorrentes. A abordagem com os estudantes incorporou direitos legais e discussões interativas, fomentando a sensibilização sobre a violência e suas consequências. Considerações finais: A articulação e o envolvimento entre a saúde e educação, pelo PRMSF, abordou eficazmente a violência escolar. Desafios incluem a normalização da violência e o ceticismo em abordá-la. No entanto, essa iniciativa demonstrou potencial para promover mudanças, melhorando a compreensão dos estudantes sobre a violência e os sistemas de suporte disponíveis pela rede intersetorial.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Lara Gouveia Studzinski

Assistente Social. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Escola de Saúde Pública Municipal, Cascavel/PR, Brasil.

Luan Gomes de Camargo

Assistente Social. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Escola de Saúde Pública Municipal, Cascavel/PR, Brasil.

Vitória Beserra Marcone

Assistente Social. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Escola de Saúde Pública Municipal, Cascavel/PR, Brasil.

Donátila Cristina Lima Lopes

Enfermeira. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Escola de Saúde Pública Municipal, Cascavel/PR, Brasil.

Gleyceane Pinheiro de Oliveira

Enfermeira. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Escola de Saúde Pública Municipal, Cascavel/PR, Brasil.

Jeanne Gomes da Silva Nogueira

Enfermeira. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Escola de Saúde Pública Municipal, Cascavel/PR, Brasil.

Christiani Cassoli Bortoloto Lopes

Assistente Social. Mestra em Educação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Tutora de Serviço Social do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Escola de Saúde Pública Municipal, Cascavel/PR, Brasil. 

Gilson Fernandes da Silva

Enfermeiro. Gerente da Escola de Saúde Pública Municipal. Tutor do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Mestre e Doutorando em Biociências e Saúde pela Unioeste. Escola de Saúde Pública Municipal, Cascavel/PR, Brasil.

Referências

ALVES, M. N. T. et al. Metodologias Pedagógicas Ativas na Educação em Saúde. Revista Multidisciplinar e de Psicologia, 10 (33). p. 112-125. 2017. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/659/927. Acesso em: 3 set. 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria n° 1.570, 21 de dezembro de 2017. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2017-pdf/78631-pcp015-17-pdf/file. Acesso em: 24 ago. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: MS; 2012. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acesso em: 3 set. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Resolução n. 510, de 07 de abril de 2016. Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam a utilização de dados diretamente obtidos com os participantes ou de informações identificáveis ou que possam acarretar riscos maiores do que os existentes na vida cotidiana, na forma definida nesta Resolução. Brasília: MS; 2016. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf. Acesso em: 3 set. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. e-Gestor Atenção Básica. Informação e Gestão da Atenção Básica. Relatório de cobertura da atenção primária do município de Cascavel/PR. 2023. Disponível em: https://egestorab.saude.gov.br/paginas/acessoPublico/relatorios/relCoberturaAPSCadastro.xhtml. Acesso em: 3 set. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Nota Técnica nº 2/2022. Atualiza as recomendações aos profissionais de saúde para o atendimento de adolescentes no âmbito da Atenção Primária à Saúde, contidas na Nota Técnica nº 04 de 03 de abril de 2017. Brasília-DF. 2022. Disponível em: https://egestorab.saude.gov.br/image/?file=20220318_N_NOTATECNICAn2-2022-COSAJ_3407892645107799912.pdf. Acesso em: 3 set. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Interministerial nº 1.055, de 25 de abril de 2017. Redefine as regras e os critérios para adesão ao Programa Saúde na Escola - PSE por estados, Distrito Federal e municípios e dispõe sobre o respectivo incentivo financeiro para custeio de ações. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/pri1055_26_04_2017.html. Acesso em: 3 set. 2023.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto Nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola - PSE, e dá outras providências. 2017. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6286.htm. Acesso em: 3 set. 2023.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 13.185, de 6 de novembro de 2015. Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm. Acesso em: 22 ago. 2023.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 23 ago. 2023.

FERREIRA, S. M. S. P. et al. Periferia, violência e estigma sob o enfoque da promoção da saúde: relato de experiência na comunidade de Mata Escura, Salvador/Bahia. Pesquisas e Práticas Psicossociais. v. 16, n. 1, p. 1-12, mar. 2021. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ppp/v16n1/08.pdf. Acesso em: 29 jun. 2023.

FLÔRES, F. N. et. al. Cyberbullying no contexto escolar: a percepção dos professores. Psicologia Escolar e Educacional. v. 26. 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pee/a/h7Z9LHtRc67rsWrqmXXpn3w/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 4 set. 2023.

KRUG, E. G. et al. World report on violence and health. World Health Organization, 2002. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/42495/9241545615_eng.pdf. Acesso em: 4 set. 2023.

MALTA, D. C. Bullying entre adolescentes brasileiros: evidências das Pesquisas Nacionais de Saúde do Escolar, Brasil 2015 e 2019. Revista Latino Americana de Enfermagem. v. 30, n. spe. 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rlae/a/4JGXvg5rJcjcZkv6PqYR8gM/abstract/?lang=pt#. Acesso em: 5 set. 2023.

MARQUES, W. R.; ALVES, L. B. M. A psicologia da educação e a prevenção/intervenção ao bullying no ambiente escolar: revisão da literatura por meio de etnografia virtual. RECIMA21 – Revista Cientifica Multidisciplinar. v. 3, n. 12, 2022. Disponível em: https://recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/2314/1826. Acesso em: 3 set. 2023.

PIGOZI, P. L. A produção subjetiva do cuidado: uma cartografia de bullying escolar. Physis: Rev Saúde Coletiva, 28 (3). 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/s0103-73312018280312. Acesso em: 3 set. 2023.

SANTOS, H. K. M.; SILVA JUNIOR, J. B. Diversidade sexual e bullying na escola: desafios e possibilidades. Revista Educação Pública. 2015. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/15/23/diversidade-sexual-e-bullying-na-escola-desafios-e-possibilidades. Acesso em: 3 set. 2023.

SILVA, C. S. Saúde na escola: intersetorialidade e promoção da saúde. 23 ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2019.

SOUZA, G. M. A intervenção pedagógica sobre o bullying no ambiente escolar. RECIMA21 – Revista Cientifica Multidisciplinar. v. 3, n. 4, 2022. Disponível em: https://recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/1278/1011. Acesso em: 3 set. 2023.

STARFIELD, B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Unesco, Ministério da Saúde, 2002.

TEIXEIRA, G. Manual antibullying: para alunos, pais e professores. 1 ed. Rio de Janeiro: Bestseller, 2011.

Publicado

15/09/2023

Como Citar

Gouveia Studzinski, L., Gomes de Camargo, L., Beserra Marcone, V., Lima Lopes, D. C., Pinheiro de Oliveira, G., Gomes da Silva Nogueira, J., … Fernandes da Silva, G. (2023). PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE NA PREVENÇÃO CONTRA O BULLYING E O CYBERBULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR. RECIMA21 -Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218, 4(9), e494084. https://doi.org/10.47820/recima21.v4i9.4084