CINGULOTOMIA NO TRATAMENTO DA DOR REFRATÁRIA: UMA ABORDAGEM CONTEMPORÂNEA
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v6i2.6214Palavras-chave:
Cingulotomia, Dor, Dor crônica, Dor refratária, Cingulotomia AnteriorResumo
A dor pode ser definida como uma experiência subjetiva que pode estar associada a uma lesão real ou potencial nos tecidos, podendo ela ser descrita tanto em termos destas lesões quanto por ambas as características. Em relação ao tratamento da dor, os procedimentos neurocirúrgicos são indicados para a abordagem terapêutica da dor refratária ao tratamento farmacológico, terapia física, psicoterapia e aos bloqueios anestésicos. Estudos experimentais constataram que o córtex cingulado anterior está envolvido na percepção da dor, principalmente no componente afetivo. Dessa forma, a cingulotomia anterior é caraterizada por um procedimento neurocirúrgico ablativo do córtex cingulado anterior, utilizado principalmente no tratamento da dor crônica refratária à farmacoterapia. Assim, o presente estudo foi obtido por meio da seleção de artigos entre julho e agosto de 2024 nas seguintes bases de dados eletrônicos: Periódicos CAPES, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Virtual Health Library (PubMed) e ScienceDirect. Foram utilizados os descritores: “cingulotomy”, “pain” e “pain refractory”. Após a triagem, foram selecionados 5 artigos para o estudo. Os resultados deste estudo indicam uma correlação significativa entre a cingulotomia e a redução da dor crônica. Os dados revelam uma diminuição no escore VAS após o procedimento cirúrgico, sugerindo que a cingulotomia é eficaz para pacientes com dor refratária. No que tange às limitações, destaca-se o número limitado de artigos. Isto posto, futuras investigações devem focar na ampliação das amostras de estudo.
Downloads
Referências
(1) De Santana JM, Perissinotti DMN, Junior JOO, Correia LMF, Oliveira CM, Fonseca PRB. Revised definition of pain after four decades. BrJP. 2020 Jul;3(3):197-8. doi:10.5935/2595-0118.20200191. DOI: https://doi.org/10.5935/2595-0118.20200191
(2) Basbaum AI, Bautista DM, Scherrer G, Julius D. Cellular and molecular mechanisms of pain. Cell. 2009;139(2):267-284. doi:10.1016/j.cell.2009.09.028 DOI: https://doi.org/10.1016/j.cell.2009.09.028
(3) Scascighini L, Toma V, Dober-Spielmann S, Sprott H. Multidisciplinary treatment for chronic pain: a systematic review of interventions and outcomes. Rheumatology (Oxford). 2008;47(5):670-678. doi:10.1093/rheumatology/ken021. DOI: https://doi.org/10.1093/rheumatology/ken021
(4) Díaz FP. Tipos de dolor y escala terapéutica de la O.M.S.: Dolor iatrogénico. Oncología (Barc.) 2005 Mar;28(3):33-37. Available from: https://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0378-48352005000300006. DOI: https://doi.org/10.4321/S0378-48352005000300006
(5) North RB. Treatment of spinal pain syndromes. N Engl J Med. 1996;335(23):1763-1764. doi:10.1056/NEJM199612053352310. DOI: https://doi.org/10.1056/NEJM199612053352310
(6) Foltz EL, White LE. Pain "relief" by frontal cingulumotomy. J Neurosurg. 1962;19:89-100. doi:10.3171/jns.1962.19.2.0089. DOI: https://doi.org/10.3171/jns.1962.19.2.0089
(7) Rolls ET, O'Doherty J, Kringelbach ML, Francis S, Bowtell R, McGlone F. Representations of pleasant and painful touch in the human orbitofrontal and cingulate cortices. Cereb Cortex. 2003;13(3):308-317. doi:10.1093/cercor/13.3.308. DOI: https://doi.org/10.1093/cercor/13.3.308
(8) Yen CP, Kung SS, Su YF, Lin WC, Howng SL, Kwan AL. Stereotactic bilateral anterior cingulotomy for intractable pain. J Clin Neurosci. 2005;12(8):886-890. doi:10.1016/j.jocn.2004.11.018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jocn.2004.11.018
(9) Foltz EL, White LE. The role of rostral cingulumotomy in "pain" relief. Int J Neurol. 1968;6(3-4):353-373.
(10) Cetas JS, Saedi T, Burchiel KJ. Destructive procedures for the treatment of nonmalignant pain: a structured literature review. J Neurosurg. 2008;109(3):389-404. doi:10.3171/JNS/2008/109/9/0389. DOI: https://doi.org/10.3171/JNS/2008/109/9/0389
(11) Quiñones-Hinojosa A. Schmidek & Sweet: Operative Neurosurgical Techniques: Indications, Methods and Results. 6th ed. Amsterdam: Elsevier; 2012. doi:10.1016/C2011-1-05132-9. DOI: https://doi.org/10.1016/B978-1-4160-6839-6.10289-8
(12) Rangel CC, Marin G, Chiguer DLD, López FAV, Ramírez-Rodriguez R, Ibarra AG, Aguilar-Velazquez R, Abraham JES. Radiofrequency Cingulotomy as a Treatment for Incoercible Pain: Follow-Up for 6 Months. Healthcare (Basel). 2023;11(19):2607. doi:10.3390/healthcare11192607. DOI: https://doi.org/10.3390/healthcare11192607
(13) Strauss I, Berger A, Moshe SB, Arad M, Hochberg U, Gonen T, Tellem R. Double Anterior Stereotactic Cingulotomy for Intractable Oncological Pain. Stereotact Funct Neurosurg. 2017;95(6):400-408. doi:10.1159/000484613. DOI: https://doi.org/10.1159/000484613
(14) Wang GC, Harnod T, Chiu TL, Chen KP. Effect of an Anterior Cingulotomy on Pain, Cognition, and Sensory Pathways. World Neurosurg. 2017;102:593-597. doi:10.1016/j.wneu.2017.03.053 DOI: https://doi.org/10.1016/j.wneu.2017.03.053
(15) Allam AK, Larkin MB, Katlowitz KA, Shofty B, Viswanathan A. Case report: MR-guided laser induced thermal therapy for palliative cingulotomy. Front Pain Res (Lausanne). 2022;3:1028424. doi:10.3389/fpain.2022.1028424. DOI: https://doi.org/10.3389/fpain.2022.1028424
(16) Kollenburg L, Kurt E, Arnts H, Vinke S. Cingulotomy: the last man standing in the battle against medically refractory poststroke pain. Pain Rep. 2024;9(2):e1149. doi:10.1097/PR9.0000000000001149. DOI: https://doi.org/10.1097/PR9.0000000000001149
(17) Sharim J, Pouratian N. Anterior Cingulotomy for the Treatment of Chronic Intractable Pain: A Systematic Review. Pain Physician. 2016;19(8):537-550. DOI: https://doi.org/10.36076/ppj/2016.19.537
(18) Agarwal N, Choi PA, Shin SS, Hansberry DR, Mammis A. Anterior cingulotomy for intractable pain. Interdiscip Neurosurg. 2016 Dec;6:80-83. doi:10.1016/j.inat.2016.10.005. DOI: https://doi.org/10.1016/j.inat.2016.10.005
Downloads
Publicado
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 RECIMA21 -Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.