VULNERABILIDADES DIGITAIS E ENGENHARIA SOCIAL NAS GERAÇÕES Z E ALPHA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v6i1.6589Palavras-chave:
Geração Z; Geração Alpha; redes sociais; letramento digital; vulnerabilidade cognitiva; engenharia social.Resumo
Neste artigo, discutimos criticamente como as gerações Z e Alpha — nascidas entre meados da década de 1990 e 2010 — experienciam a era da modernidade líquida, caracterizada pela fluidez das relações sociais e pela hiperconectividade tecnológica. Abordamos as vulnerabilidades cognitivas e emocionais dessas gerações diante da engenharia social digital, com base em estudos recentes. Fundamentamos nossa análise em obras como Modernidade Líquida e Amor Líquido, de Bauman; A Geração Ansiosa, de Haidt; e A Fábrica de Cretinos Digitais, de Desmurget, além de pesquisas empíricas (2020–2025) sobre processos cognitivos juvenis, o papel dos criadores de conteúdo, a integração entre neurociência e inteligência artificial, o letramento digital e a influência das redes sociais na construção da subjetividade. A pesquisa utilizou revisão bibliográfica sistemática, identificando que o uso intenso de smartphones e redes sociais (YouTube, TikTok, Instagram) está associado à piora da atenção, da memorização e da saúde mental entre os jovens. Conclui-se que o letramento digital crítico e políticas de uso ético da tecnologia (por exemplo, limites de tempo de tela no ambiente escolar) são essenciais para mitigar os riscos de desinformação e promover uma cidadania digital resiliente. As recomendações incluem a introdução precoce da educação digital e o aumento da consciência crítica sobre o uso das mídias sociais.
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