CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL: UMA ANÁLISE DAS DISPARIDADES NO RASTREIO SEGUNDO A ESCOLARIDADE
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v5i9.5604Palavras-chave:
Saúde, Colo do Útero, BrasilResumo
O Sistema de Informações do Câncer de Colo do Útero (SISCOLO) é uma importante ferramenta de acompanhamento da prevenção e tratamento do câncer de colo uterino (CCU), todavia, muitas mulheres ainda não são plenamente aderidas. Método: Estudo ecológico com dados secundários referentes ao motivo de realização do exame (rastreamento, repetição e seguimento) em brasileiras de 25 a 69 anos e fatores associados (2013-2022). Dados coletados no site do DataSUS. Resultados: Analisando a escolaridade, foi percebida diferença estatística entre realização de exames de mulheres com ensino médio completo e analfabetas (p=0,040). Segundo as regiões, o número total de exames não apresentou diferenças estatísticas. A maioria dos exames realizados é de Rastreamento e não foi encontrada correlação estatisticamente significativa entre escolaridade e motivo de Rastreamento em nenhuma das regiões (p > 0,05). Discussão: É possível inferir que a escolaridade não está diretamente relacionada com a taxa de realização de exames de citologia oncótica, diferente do que cita Garbanati e colaboradores (2019) ao citarem que a realização de exames é menor em mulheres com menor escolaridade e baixa renda. Além disso, o exame de papanicolaou como forma de rastreamento do CCU se mostrou eficaz quando comparado aos outros. Conclusão: Conclui-se que a citologia oncótica é a principal ferramenta de rastreamento de CCU e deve ser amplamente difundida para as mulheres pelo Brasil, já que a escolaridade não está relacionada com a realização da citologia e que sua realização é eficaz se comparado aos exames de repetição e seguimento.
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