ENTRELAÇANDO SABERES: CULTURA INDÍGENA E MATEMÁTICA LÚDICA NA APRENDIZAGEM DO POVO KARUAZU
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v5i8.5607Palavras-chave:
Saber matemático, Ensino lúdico, Povo Karuazu, CLIND/UNEALResumo
O saber matemático é algo que está em constante transformação, procurando sempre se aprimorar frente ao novo. Assim, seus entendimentos precisam ser lapidados para que o ensino da matemática no contexto da cultura indígena do povo Karuazu, possa alcançar a aprendizagem de mais alunos através de estratégias pedagógicas. Essa investigação resultou de uma investigação no Curso de Licenciatura Intercultural Indígena em Matemática integrante do Programa de Licenciatura Intercultural Indígena de Alagoas - CLIND/AL desenvolvido pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL. A pesquisa traz como objetivo verificar a interligação do saber matemático escolar com a cultura indígena Karuazu na perspectiva do ensino matemático através do lúdico. Assim, a diversidade étnica Karuazu pode ser trabalhada nas aulas de matemática com a prática de atividades lúdicas, abrindo espaços para a formação da identidade destes alunos diante das novas aprendizagens da matemática com ações planejadas e repensadas para que todos possam ser incluídos no processo de aprendizagem. Para o desenvolvimento deste, inicialmente, foi realizada uma revisão bibliográfica abrangendo conceitos fundamentais do saber matemático e a relação com o ensino lúdico da matemática direcionados ao povo Karuazu. O aporte teórico tomou como ponto de partida D'Ambrósio (2000) e (2002). O trabalho teve uma abordagem qualitativa do tipo descritiva participante e usou, para alcançar os objetivos, uma pesquisa de campo tendo como instrumento um questionário semiestruturado. Os resultados demonstraram que a integração de saberes matemáticos com o ensino lúdico é uma abordagem pedagógica que busca tornar a aprendizagem da matemática mais envolvente e significativa.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação Lúdica, Técnicas e Jogos Pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1995.
ANDRADE, Ugo Maia. Dos estigmas aos emblemas de identidade: os percursos da formação de um povo, Revista de Estudos e Pesquisas, Brasília, v. 1, n. 1, p. 99-139, jul. 2004.
ARANÃO, Ivana Valéria Denófrio. A Matemática através de brincadeiras e jogos. Campinas, SP: Papirus, 1996.
BARRETTO, Juliana Nicolle Rebelo. Corridas do Imbu: rituais e imagens entre os índios Karuazu. Recife: O Autor, 2010.
BIEMBENGUT, Maria Salett. Mapeamento na Pesquisa Educacional. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2008.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2017. Disponível em: https://portal.mec,gov.br. Acesso em: 28 mar. 2024.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais - Matemática. Brasília, 1997. Vol. 3. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro03.pdf. Acesso em: 24 jan. 2024.
BRASIL. Plano Nacional de Educação - PNE - LEI N° 13.005/2014. Disponível em: https://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-de-educacao-lei-n-13-005-2014. Acesso em: 10 jan. 2024.
DARIO, Fabio Rossano. Uso de plantas da caatinga pelo povo indígena Pankararu no estado de Pernambuco, Brasil. Revista Geotemas, Pau dos Ferros, v. 8, n. 1, p. 60–76, 2018.
DENZIN, Norman; LINCOLN, Yonna et al. Introdução à disciplina e prática da pesquisa qualitativa. In: O Planejamento da Pesquisa Qualitativa. Trad. Sandra Regina Nertz. Porto Alegre: Artmed, 2006. p.15-47.
FONSECA, Maria da Conceição Reis Ferreira. In: BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Alfabetização Matemática. Brasília: MEC, 2014. CADERNO 4.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: Um reencontro com a pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
FRIEDMANN, Adriana. O Direito de Brincar. São Paulo: Fundação ABRINQ, 2000.
FUNARI, Pedro Paulo e PIÑÓN, Ana. A temática indígena na escola: subsídios para os professores. São Paulo: Contexto, 2016.
GERLIC, Sebastian. Cantando as culturas indígenas. [S. l.: s. n.], 2012. 44 p. (Coleção Índios na Visão dos Índios).
GRASSI, Tania Mara. Oficinas Psicopedagógicas. 2. ed. Curitiba: Ibpex, 2008.
HOOKS, bell. Ensinando pensamento crítico: sabedoria prática; tradução Bhuvi Libanio. São Paulo: Elefante, 2020.
KISHIMOTO, Tikuzo Morchida. Jogos enquanto recurso do desenvolvimento. [S. l.: s. n.], 2003. Disponível em: https://semanaacademica.org.br. Acesso em 28 mar. 2024
LEAL, Florência de Lima. A importância do lúdico na educação infantil. 2011. 42f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em Pedagogia) - Universidade Federal do Piauí, Picos (PI), 2011.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2013.
LIMA, Débora Alves. Os gêneros literários Karuazu. [S. l.: s. n.], 2019. Disponível em: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/riufal/5136. Acesso em: 03 jan. 2024.
LIMA, Paulo Figueiredo; BELLEMAIN, Paula Moreira Baltar. Grandezas e Medidas In: CARVALHO, João Bosco Pitombeira Fernandes de. (Coord.). Matemática: Ensino Fundamental. Brasília: MEC, 2010.
MACHADO, Nilson José. Ensino de matemática: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2014.
MARINHO, Cristiane. bell hooks: pedagogia engajada, pensamento crítico e prática da liberdade. Kalagatos, v. 19, n. 1, p. eK22016-eK22016, 2022.
MATTA, Priscila. Dois elos da mesma corrente: uma etnografia da corrida do imbu e da penitência dos Pankararus. 2005. 203f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
MAY, Tim. Pesquisa Social: questões, métodos e processo. Traduação: Carlos Silveira Netto Soares. 3. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
MODESTO, Monica Cristina; RUBIO, Juliana de Alcântara Silveira. A Importância da Ludicidade na Construção do Conhecimento. São Paulo: São Roque. 2014.
OLIVEIRA, João Pacheco de. Ensaios em Antropologia Histórica. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1999.
PIAGET, Jean. A Formação do símbolo na criança, imitação, jogo, sonho, imagem e representação de jogo. São Paulo: Zahar, 1971.
PIAGET, Jean. O conhecimento em Jean Piaget e a educação escolar. Bebedouro, SP: UNIFAFIBESP, 1973. Disponível em: http://www2.dbd.puc-rio.br. Acesso em: 28 mar. 2024.
ROQUE, Tatiana. História da matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. A construção do conhecimento em sala de aula. 16 ed. São Paulo: Libertad, 2005
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. 7. ed. São Paulo: Libertad, 2000.
VIANNA, Carlos Roberto. Tempo cabeça, tempo mão. In: BRASIL. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Grandezas e Medidas. Brasília: MEC, SEB, 2014. p. 53-62.
VYGOTSKY, Lev Semionovitch. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
VYGOTSKY, Lev Semionovitch. Psicologia Pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 RECIMA21 -Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.
Clique para ver detalhes 
